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quarta-feira, 20 de agosto de 2014
Abdelmassih pode responder por comércio de embriões
Polícia precisa encontrar engenheiro que comercializava embriões
Um segundo inquérito policial que investiga o ex-médico Roger Abdelmassih por outros 26 estupros pode acusá-lo de crimes contra a lei de biossegurança, como a comercialização indevida de embriões humanos. Para isso, a Polícia Civil precisa encontrar o engenheiro Paulo Henrique Ferraz Bastos, ex-sócio de um casal de russos que fazia pesquisas na clínica de Abdelmassih, que também é suspeito de enganar as pacientes fertilizando-as com embriões de outros casais, segundo afirmou a delegada Celi Paulino Carlota, da 1ª Delegacia de Defesa da Mulher.
— Elas (as vítimas) achavam que ele comercializava os óvulos. Algumas mulheres também vieram relatar que as crianças nasceram defeituosas.
Ainda de acordo com a delegada, as vítimas disseram que o ex-médico fazia diversas coletas de óvulos, em vez de apenas uma. Carlota também afirmou que desses outros 26 casos, em pelo menos quatro deles houve má formação dos fetos.
Em um deles, a criança morreu no segundo mês de gestação e a vítima só foi abortar durante o quarto mês sem que soubesse que o feto já estava morto.
Após quase quatro anos como o criminoso mais procurado de São Paulo, o médico chegou na tarde desta quarta-feira à capital paulista.
Ele foi preso na terça-feira (19) em Assunção, no Paraguai, e trazido de avião pela Polícia Federal, após passar a noite em Foz do Iguaçu, e desembarcou por volta das 14h50 no Aeroporto de Congonhas, na zona sul.
R7
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