O caso da ginasta Daiane dos Santos é um exemplo do desconhecimento por parte dos atletas e dirigentes brasileiros das regras que regem o esporte quando o assunto é doping.
Após o anúncio da Federação Internacional de Ginástica, ontem, de que a ginasta brasileira testara positivo para o diurético furosemida, Daiane, seu advogado Cristian do Carmo Rios, uma junta médica e os dirigentes do Esporte Clube Pinheiros fizeram uma reunião para discutir a estratégia de defesa.
A atleta alega que, após duas cirurgias no joelho, comunicou, por meio de carta oficial de seu clube, acompanhada de diagnóstico do médico Wagner Castropil, o seu afastamento dos treinos e competições.
Assim, no entendimento da defesa, a atleta não estaria apta para fazer o exame.
"Com base nestas informações, a Confederação Brasileira de Ginástica excluiu Daiane da seleção brasileira permanente, em 23 de outubro de 2008, data que a atleta se tornou inelegível para a realização de exames antidopings", comunicou ontem o Pinheiros. "Cumpria à confederação, também, notificar a Federação Internacional de Ginástica sobre o histórico e a situação da atleta", seguiu a nota.
Mas o fato de a atleta estar fora da seleção não a torna inelegível. Isso ocorre apenas em caso de aposentadoria.
"Não procede [ela estar inelegível]. Ela poderia apresentar, por meio de laudo médico, uma isenção de uso terapêutico à confederação e à federação", disse o advogado Thomaz Mattos de Paiva, da Agência Antidoping da Confederação Brasileira de Atletismo.
"A Daiane conhece bem as regras e não pode alegar que desconhecia a substância", diz Eliane Martins, que supervisionou a ginasta de 2002 a 2008.
A atual presidente da CBG, Maria Luciene Resende, afirmou que a atleta não informou a entidade de que estava fazendo uso de medicação dopante. "É triste. E espero que não seja verdade nem denigra a imagem dela. Sabíamos das cirurgias, mas não dessa medicação."
O advogado de Daiane diz que a atleta, no dia do exame, informou que estava fazendo uso de medicação. "A federação não flagrou Daiane. Só confirmou o que ela disse a eles."
Segundo Diego Hypólito, ele, Daiane e Jade Barbosa foram testados no mesmo dia, em julho.
"Coletaram só urina. Eu estava na academia, a Jade, no Flamengo, e a Daiane, em São Paulo. O estranho foi terem feito exame na Daiane, que não competia. Ela não fez para se dopar, tenho certeza disso."
Ingenuidade ou não, a atleta admite ter usado a substância em tratamento estético que faz, com médicos particulares, para reduzir gorduras localizadas.
Ela tem até o dia 13 para apresentar a sua defesa. Segundo o regulamento, ela pode ser punida com até dois anos de suspensão. "A carta do Pinheiros poderá ser apresentada em sua defesa e servir como um atenuante", afirmou Thomaz.
Neste primeiro momento, a ginasta goza de privilégio. No último mês, o Pinheiros rompeu contrato com a triatleta Mariana Ohata, que foi à Olimpíada de Pequim, após ter sido flagrada com a mesma substância.
Após o anúncio da Federação Internacional de Ginástica, ontem, de que a ginasta brasileira testara positivo para o diurético furosemida, Daiane, seu advogado Cristian do Carmo Rios, uma junta médica e os dirigentes do Esporte Clube Pinheiros fizeram uma reunião para discutir a estratégia de defesa.
A atleta alega que, após duas cirurgias no joelho, comunicou, por meio de carta oficial de seu clube, acompanhada de diagnóstico do médico Wagner Castropil, o seu afastamento dos treinos e competições.
Assim, no entendimento da defesa, a atleta não estaria apta para fazer o exame.
"Com base nestas informações, a Confederação Brasileira de Ginástica excluiu Daiane da seleção brasileira permanente, em 23 de outubro de 2008, data que a atleta se tornou inelegível para a realização de exames antidopings", comunicou ontem o Pinheiros. "Cumpria à confederação, também, notificar a Federação Internacional de Ginástica sobre o histórico e a situação da atleta", seguiu a nota.
Mas o fato de a atleta estar fora da seleção não a torna inelegível. Isso ocorre apenas em caso de aposentadoria.
"Não procede [ela estar inelegível]. Ela poderia apresentar, por meio de laudo médico, uma isenção de uso terapêutico à confederação e à federação", disse o advogado Thomaz Mattos de Paiva, da Agência Antidoping da Confederação Brasileira de Atletismo.
"A Daiane conhece bem as regras e não pode alegar que desconhecia a substância", diz Eliane Martins, que supervisionou a ginasta de 2002 a 2008.
A atual presidente da CBG, Maria Luciene Resende, afirmou que a atleta não informou a entidade de que estava fazendo uso de medicação dopante. "É triste. E espero que não seja verdade nem denigra a imagem dela. Sabíamos das cirurgias, mas não dessa medicação."
O advogado de Daiane diz que a atleta, no dia do exame, informou que estava fazendo uso de medicação. "A federação não flagrou Daiane. Só confirmou o que ela disse a eles."
Segundo Diego Hypólito, ele, Daiane e Jade Barbosa foram testados no mesmo dia, em julho.
"Coletaram só urina. Eu estava na academia, a Jade, no Flamengo, e a Daiane, em São Paulo. O estranho foi terem feito exame na Daiane, que não competia. Ela não fez para se dopar, tenho certeza disso."
Ingenuidade ou não, a atleta admite ter usado a substância em tratamento estético que faz, com médicos particulares, para reduzir gorduras localizadas.
Ela tem até o dia 13 para apresentar a sua defesa. Segundo o regulamento, ela pode ser punida com até dois anos de suspensão. "A carta do Pinheiros poderá ser apresentada em sua defesa e servir como um atenuante", afirmou Thomaz.
Neste primeiro momento, a ginasta goza de privilégio. No último mês, o Pinheiros rompeu contrato com a triatleta Mariana Ohata, que foi à Olimpíada de Pequim, após ter sido flagrada com a mesma substância.
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