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quinta-feira, 9 de junho de 2011
Bebê encontrado morto em creche em MG estava desnutrido, diz polícia
Segundo a polícia, criança estaria sem alimentação há pelo menos 12 horas.
Delegado descartou possibilidade de crime doloso, com intenção de matar.
O bebê de quatro meses encontrado morto em uma creche em Guaxupé, na Região Sul de Minas Gerais, nesta segunda-feira (6), estava desnutrido e sem alimentação há pelo menos 12 horas, segundo a polícia. As informações foram divulgadas nesta quarta-feira (8) após resultado preliminar da necropsia realizada no corpo da criança. O bebê frequentava a creche há duas semanas.
“Ela estava altamente desnutrida pela falta de alimentação, tanto na residência, como na creche”, diz o delegado regional João Simões. O delegado informou ainda que, se for comprovada negligência de algum funcionário ou mesmo de algum parente da criança, eles podem responder por homicídio culposo, quando não existe intenção de matar.
A mãe do bebê afirma que o filho se alimentou normalmente nesta segunda-feira (6) e que estava saudável. “Eu dei de mamar pra ele. Na hora de sair, ainda dei um pouquinho de chá pra ele. Entreguei ele lá pra ela acordadinho, quietinho”, disse.
Segundo a Polícia Militar (PM), funcionários do centro de educação infantil disseram que, entre 8h às 10h, tentaram alimentar o bebê duas vezes, mas ele recusou. Cerca de duas horas depois, eles perceberam que a criança aparentava estar morta e a levaram para o hospital. Assim que deu entrada na unidade de saúde, os médicos confirmaram que o menino estava morto. Na certidão de óbito, é informado que ele teve asfixia.
O responsável pela creche, fundada em 1983, disse que não vai falar sobre o assunto. A entidade tem 11 funcionários que cuidam de 112 crianças.
A prefeitura de Guaxupé repassa para a creche R$ 124 mil por ano, alem de alimentação. “Nós fiscalizamos e acompanhamos a execução dessas despesas, a forma como eles gastam as verbas. E é esta a obrigação que o município tem, né. Não tem nenhum vínculo direto com a entidade, não há funcionários públicos, servidores lotados na creche, nem tampouco nenhum tipo de gerência ou administração por parte do município na entidade”, informou Ângelo Zampar, procurador do município.
G1
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