quarta-feira, 10 de agosto de 2011

O ORGULHO GAY, O ORGULHO HÉTERO E O ORGULHO DE SER IDIOTA.


O mundo debate o estranho projeto de lei aprovado em São Paulo, pela Câmara de Vereadores, que cria o tal do “Dia do Orgulho Hétero”.

Celebridades se manifestam contra ou a favor. Políticos aproveitam a oportunidade para arrecadar votos de um ou de outro lado. Artistas soltam seus pitacos aqui e ali. A imprensa internacional mete o pau (com razão) e critica a medida, que claramente disfarça o preconceito contra os homossexuais, e ocupa o espaço do debate de questões muito mais importantes.

Mas, se olharmos mais profundamente a questão, veremos com clareza repentina que essa excrescência é fruto do exagero das tais “ações afirmativas” propostas recentemente por lideranças homossexuais ávidas em garantir para si os holofotes e angariar poder político ou sair do anonimato.

O preconceito contra os homossexuais é algo muito arraigado em nossa sociedade e é fortemente abraçado por instituições religiosas que moldam a cabeça da grande maioria de nossa população. No entanto, essa era uma visão que vinha mudando lentamente, de forma natural e progressiva, com a evolução do pensamento social e a proximidade de nossa sociedade com culturas mais tolerantes.

Infelizmente, essa não é uma mudança que ocorra “da noite para o dia” e pode levar gerações para que o pensamento preconceituoso regrida a um patamar “aceitável”. Antes que você me crucifixe; o “aceitável” aqui expressa a verdade universal de que o preconceito é fruto da ignorância e do medo. Portanto, ele é inerente ao ser humano e jamais terminará.

Sempre haverá os que odeiam os “crioulos”, os que odeiam “as bichas”, os que odeiam “as baleias”, os que odeiam “os sapatões” e os que odeiam qualquer coisa que seja diferente do mundo que os cerca ou da imagem de “normalidade” que eles têm do mundo.

Preconceito racial, sexual, estético ou de qualquer natureza se combate na sala de aula e em casa com educação de verdade. Com preparo para a convivência com o diferente e com a semente da tolerância e da compreensão de que cada um pode fazer de sua vida o que bem quiser, desde que não violente o próximo.

Por este aspecto devemos perceber as tais “ações afirmativas”, geralmente muito mal aplicadas e direcionadas, unicamente como um atalho que deseja impor um conceito que a sociedade simplesmente recusa ou não está preparada para assimilar.

Entender que homofobia não é contar uma piada sobre gays, não é imitar os trejeitos e exagerar na voz e nos modos para imitar um possível comportamento ou mesmo pregar que diante de Deus o homossexualismo é uma aberração (por mais idiota que isso possa soar, o pensamento religioso é criado num mundo próprio e arcaico ditado por preceitos muito mais arcaicos que podemos imaginar).

Homofobia é partir do pensamento para a ação. Homofobia é agredir física e psicologicamente com o intuito de causar dor e sofrimento em outro ser humano apenas porque você o odeia por ser diferente do que você imagina ser “normal”.

Por que a palavra usada é sempre “tolerância” quando o assunto é combater o preconceito seja qual for? Porque se parte do pressuposto que você pode não gostar de negros, de homossexuais e etc… contudo, socialmente, deve aprender a viver com as diferenças que a raça humana e o convívio social impõem. E, como isso é feito? Trabalhando o pensamento das pessoas para que percebam que o preconceito é algo infundado e fruto de sua própria ignorância.

Leis rígidas que punam fortemente os crimes de ódio e levem realmente os homofóbicos ou os racistas violentos para a prisão por longos períodos são muito mais eficientes do que impor a sociedade cartilhas de apologia ao homossexualismo para crianças de tenra idade, por exemplo.

Exageros como este, fortalecem os núcleos homofóbicos e apenas dão força às vozes preconceituosas para que se levantem e vomitem seu mal sobre todos nós. As últimas investidas de um deputado querendo “deixar seu nome na história” – como ele mesmo disse – serviram apenas para provocar e aumentar o ódio aos homossexuais e promover uma verdadeira (e uníssona) campanha antigay por todas as vertentes das religiões cristãs em nosso país (algo que nem mesmo o combate à fome conseguiu).

Enquanto o combate ao preconceito de qualquer natureza não for levado a sério e encampado por pessoas que não desejam ter o seu nome na história, mas sim mudar a sociedade de forma responsável e através de uma mudança de pensamento – que só vem com uma abordagem científica e desapaixonada da coisa – calcada em uma educação verdadeiramente de qualidade e voltada para todos; nosso país deverá pensar seriamente na criação do “Dia do Orgulho de Ser Idiota” para fazer valer a enorme massa de imbecis que desejam apenas se promover e lançar nossa sociedade nas trevas da exacerbação dos preconceitos e no caos completo de conflitos que deveriam ter sido encerrados desde o fim do século XIX.

Pense nisso


Visão Panorâmica

Um comentário:

  1. O preconceito inicia pela diferenciação, a separação metódica do que seria "normal" ou não. Não sou a favor do preconceito, da discriminação em hipótese alguma, mas acho extremista o "dia do orgulho gay". Não acho conveniente essa separação também metódica por parte dos homossexuais. Eu acredito que não deveria de existir dia algum voltado para orgulho "sexual" vou chamar assim. Porque as pessoas devem se aceitar, ter orgulho do que são sim, veja bem, do que são, não do que desejam entre quatro paredes. O governo está contaminado com isso, porque criam guerras a respeito dessa inconveniência que agride a moralidade tanto dos homossexuais, como dos heterossexuais.

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