segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Perícia encontra sangue em elevador de prédio de jogador da Portuguesa


Exames deverão apontar se sangue é mesmo de Rafael Silva.
Depoimentos nesta segunda foram interrompidos por falta de luz em DP.


Uma nova perícia realizada na manhã desta segunda-feira (8) achou manchas de sangue no elevador do prédio onde o jogador da Portuguesa Rafael Silva, de 20 anos, vivia com a adolescente Flávia Anay de Lima, de 16, na Vila Carrão, Zona Leste de São Paulo, de acordo com Elisabete Sato, titular da 5ª Seccional. As manchas foram detectadas com luminol, produto químico que reage ao sangue.

De acordo com a delegada, é preciso esperar o resultado de exames para saber se o sangue no elevador é mesmo do jogador da Lusa, que diz ter sido ferido na nuca com uma caixa de som pela namorada durante uma discussão na noite de 31 de julho, quando ela morreu após cair do 15º andar do edifício.

Em imagens do circuito de segurança do prédio divulgadas na semana passada, Rafael aparece batendo a cabeça no elevador, demonstrando desespero, logo após a queda da adolescente. A família da adolescente rejeita a hipótese de suicídio. O jogador, tanto no depoimento à polícia como por meio de seu advogado, disse que a jovem se jogou da sacada e nega quaquer agresão.

A perícia no elevador e no apartamento do casal teve início às 10h desta segunda e durou cerca de três horas, de acordo com a delegada. No dia do ocorrido, foram encontradas manchas no apartamento e Silva disse à polícia que o sangue era dele. As cenas das câmeras do circuito de segurança do prédio foram gravadas às 2h27 de domingo (31). O jogador chegou de carro ao edifício. Em seguida, subiu de elevador. Dez minutos depois, Flávia chegou a pé e também pegou o elevador em direção ao apartamento.

Após 23 minutos, Rafael entrou no elevador e parecia desesperado. Flávia já havia caído do 15º andar. Ele sai do elevador rapidamente assim que a porta abre, anda pelo saguão e vê o corpo de Flávia caído no chão. A polícia chegou às 3h15 e constatou que Flávia estava morta.

Depoimentos
Na tarde desta segunda, estavam previstos os depoimentos da tia e da avó de Flávia, Larissa Kisy de Lima e Dirce de Lima, respectivamente, na 5ª Seccional. O avô da adolescente, João Luís de Lima, também compareceu à delegacia e foi o primeiro a ser ouvido pela delegada. Em seguida, quando Dirce de Lima prestava seu depoimento, a energia no distrito policial, localizado na Avenida Celso Garcia, foi interrompida, por volta das 16h20. Desta forma, Ademar Gomes solicitou o adiamento das oitivas, que foram remarcadas para as 14h de sexta-feira (12).

Ao deixar a delegacia, Larissa, tia de Flávia, disse não lembrar que havia afirmado à polícia na noite do ocorrido que a sobrinha ameaçava se jogar do apartamento caso Rafael a deixasse. As declarações de Larissa constam do boletim de ocorrência registrado no 10º DP, da Penha, naquela madrugada.

"Não afirmei que ela falou nada para mim. Nunca ouvi isso dela. Talvez eu tenha até falado (o que está no boletim de ocorrência), porque estava muito nervosa. Não acredito que ela teria se jogado", disse, nesta segunda-feira. No entanto, ela negou que esteja fazendo qualquer acusação contra Rafael Silva. Sobre o depoimento da próxima sexta, ela afirmou que apenas vai "responder o que a delegada perguntar".

G1

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