Foram 150 pares atendidos em São Paulo, o que mostra que a gravidez não é garantida na primeira inseminação
BRASÍLIA
Prevista no consenso terapêutico de aids de outubro, a oferta de técnicas seguras para casais com pelo menos um portador do HIV que querem ter filhos começa a dar resultado. Quatro dos 150 casais atendidos no Centro de Referência e Treinamento de Aids de São Paulo aguardam a chegada de seus filhos, com a segurança de que eles não terão o HIV.
Para que a gestação segura fosse possível, foi usada a inseminação artificial, precedida de uma técnica de "lavagem" do sêmen. O procedimento é indicado principalmente para casais sorodiscordantes, em que apenas o homem é portador do HIV.
"Nessa técnica, o espermatozoide é separado e, antes de ser usado na inseminação, ele é testado para nos certificarmos de que ele não está contaminado", afirma o coordenador do Projeto de Fertilidade do CRT-Aids, Waldemar Carvalho.
O médico, que também é do Centro de Reprodução Assistida em Situações Especiais da Faculdade de Medicina do ABC, conta que outra mulher também engravidou, mas poucos meses depois sofreu aborto.
"Informamos aos casais que não é garantida a gravidez já na primeira inseminação", afirma o médico. Dos 150 casais atendidos, nem todos foram submetidos à técnica. "É preciso que determinadas condições sejam adequadas. Entre os parâmetros está a quantidade de vírus presente no organismo, detectado pelo exame de carga viral", completou Carvalho.
Para ser atendido no serviço, é preciso que o casal seja fértil. "Fazemos a inseminação. Não submetemos a mulher a tratamento para aumentar a ovulação nem usamos técnicas de fertilização assistida", conta Rita Sarti, infectologista do CRT.
A inseminação artificial também é indicada quando dois parceiros estão contaminados. "O preservativo nunca deve ser abandonado, mesmo quando os dois integrantes têm HIV. Isso evita a superinfecção, quando um paciente tem contato com um vírus diferente do que o contamina", afirma Rita.
Também para esses casais, a técnica somente é indicada quando exames de carga viral e de CD4 - que identifica a quantidade de células de defesa do organismo - estão em quantidades consideradas ideais.
"A possibilidade de formar uma família retrata um novo momento para os pacientes. Eles não estão mais preocupados somente em preservar a vida, mas fazem planos, contam com futuro distante, o que é extremamente gratificante", afirma Rita.
Esperança
WALDEMAR CARVALHO
MÉDICO
"Nessa técnica, o espermatozoide é separado e, antes de ser usado na inseminação, ele é testado para nos certificarmos de que ele não está contaminado."
RITA SARTI
INFECTOLOGISTA
"O preservativo nunca deve ser abandonado."
BRASÍLIA
Prevista no consenso terapêutico de aids de outubro, a oferta de técnicas seguras para casais com pelo menos um portador do HIV que querem ter filhos começa a dar resultado. Quatro dos 150 casais atendidos no Centro de Referência e Treinamento de Aids de São Paulo aguardam a chegada de seus filhos, com a segurança de que eles não terão o HIV.
Para que a gestação segura fosse possível, foi usada a inseminação artificial, precedida de uma técnica de "lavagem" do sêmen. O procedimento é indicado principalmente para casais sorodiscordantes, em que apenas o homem é portador do HIV.
"Nessa técnica, o espermatozoide é separado e, antes de ser usado na inseminação, ele é testado para nos certificarmos de que ele não está contaminado", afirma o coordenador do Projeto de Fertilidade do CRT-Aids, Waldemar Carvalho.
O médico, que também é do Centro de Reprodução Assistida em Situações Especiais da Faculdade de Medicina do ABC, conta que outra mulher também engravidou, mas poucos meses depois sofreu aborto.
"Informamos aos casais que não é garantida a gravidez já na primeira inseminação", afirma o médico. Dos 150 casais atendidos, nem todos foram submetidos à técnica. "É preciso que determinadas condições sejam adequadas. Entre os parâmetros está a quantidade de vírus presente no organismo, detectado pelo exame de carga viral", completou Carvalho.
Para ser atendido no serviço, é preciso que o casal seja fértil. "Fazemos a inseminação. Não submetemos a mulher a tratamento para aumentar a ovulação nem usamos técnicas de fertilização assistida", conta Rita Sarti, infectologista do CRT.
A inseminação artificial também é indicada quando dois parceiros estão contaminados. "O preservativo nunca deve ser abandonado, mesmo quando os dois integrantes têm HIV. Isso evita a superinfecção, quando um paciente tem contato com um vírus diferente do que o contamina", afirma Rita.
Também para esses casais, a técnica somente é indicada quando exames de carga viral e de CD4 - que identifica a quantidade de células de defesa do organismo - estão em quantidades consideradas ideais.
"A possibilidade de formar uma família retrata um novo momento para os pacientes. Eles não estão mais preocupados somente em preservar a vida, mas fazem planos, contam com futuro distante, o que é extremamente gratificante", afirma Rita.
Esperança
WALDEMAR CARVALHO
MÉDICO
"Nessa técnica, o espermatozoide é separado e, antes de ser usado na inseminação, ele é testado para nos certificarmos de que ele não está contaminado."
RITA SARTI
INFECTOLOGISTA
"O preservativo nunca deve ser abandonado."
Posso dizer que quando conheci meu marido tive certeza que o motivo dele ser soro positivo não me impediria de ficar com ele.Hoje estando á 8 anos com eles quero sim ter um filho com ele.Quero muito DOutora Rita e Doutor Waldemar participar da reprodução assistida.Por favor me dê o endereço e telefone de vcs ou do hospital Obrigado!
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