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quinta-feira, 22 de novembro de 2012
Macarrão confessa que Bruno decidiu matar Eliza Samudio
Braço-direito de goleiro diz que jogador foi mentor do crime e o chamou de "bundão"
Luiz Henrique Romão, o Macarrão, réu no julgamento do desaparecimento e morte de Eliza Samudio, apontou o goleiro Bruno como o mentor do assassinato de Eliza Samudio durante depoimento na madrugada desta quinta-feira (22). Segundo o braço-direito e amigo do jogador, Bruno teria decidido cometer o crime em uma quinta-feira e ainda pediu ajuda de Macarrão. Ainda de acordo com o réu, o atleta teria dito para que Macarrão parasse de ser "bundão" ao ter sido alertado do perigo pelo funcionário.
— Eu sou p..., deixa comigo, eu sou o Bruno.
Macarrão começou a chorar no momento em que começou a dar detalhes do diálogo entre ele e Bruno sobre a decisão de executar a jovem. De acordo com o réu, ele e Jorge Luiz Sales teriam levado Eliza até um local na Pampulha de onde ela foi retirada do carro por uma pessoa.
O depoimento de Macarrão começou na noite de quarta-feira (21) por volta das 23h, no fórum de Contagem, na Grande BH, e continuou na madrugada desta quinta-feira (22), terminando por volta de 4h. Chamando Bruno de “patrão” durante o interrogatório, o réu afirmou que as denúncias são “parcialmente” verdadeiras e contou que Eliza Samudio não foi sequestrada e levada para Minas. A jovem teria ido por vontade própria.
Macarrão afirmou também que o sangue achado na Land Rover do jogador foi provocado por uma cotovelada desferida por Jorge, menor de idade na época do crime. Segundo ele, Eliza teria irritado o jovem dentro do carro, usando um palavrão para se referir ao goleiro. Ele negou que tenha sido uma coronhada, como afirma a polícia.
— Nem eu, nem o menor, andávamos armados.
Em um momento do depoimento, Macarrão disse que Bruno teria conhecido Eliza em uma “orgia no apartamento” e teria “transado com ele apenas 15 min”. Depois, o réu ainda completou que a jovem teria tentado extorquir dinheiro do jogador.
— Meu patrão não tinha dinheiro nem para colocar gasolina no carro, tinha uma vida toda desorganizada.
Em outro momento, Macarrão disse que Eliza se ofereceu para viajar até Minas para garantir que receberia R$ 50 mil que pediu a Bruno. Ela teria dormido em um motel acompanhada do menor e de Macarrão e, depois seguido para o sítio.
Reviravolta
O terceiro dia de julgamento foi marcado pelo adiamento do júri do goleiro Bruno Fernandes, apontado como mandante do assassinato de Eliza Samudio. O julgamento dele, da ex-mulher, Dayanne de Souza e do ex-policial civil Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, será realizado no dia 4 de março de 2013.
Todas as testemunhas já foram ouvidas. E no início da noite de quarta-feira (21), acusação e defesa apresentaram as provas do caso.
R7
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