sábado, 16 de outubro de 2010

Bruno se emociona em audiência sobre caso Eliza na Grande BH


O goleiro chorou baixinho no início do segundo depoimento desta sexta.
A juíza Marixa Rodrigues deve ouvir sete pessoas até o fim do dia.

O goleiro Bruno se emocionou na retomada da audiência sobre o desaparecimento e morte de Eliza Samudio em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, às 14h50 desta sexta-feira (15). Bruno chorou, contidamente, na sala da audiência onde estão oito dos nove réus. Somente Sérgio Rosa Sales, primo do goleiro, não está presente. Ele foi dispensado pelo Tribunal de Justiça de Minas Gerais das audiências depois de um pedido do advogado dele, de que Sales estaria sendo assediado por outros defensores.
A segunda testemunha desta sexta-feira (15) foi uma amiga da mãe de Wemerson Marques, o Coxinha. A senhora disse que conhece o rapaz desde a infância e que não sabe se ele tem envolvimento de droga. A mulher, que depôs por cinco minutos, diz que Coxinha é uma boa pessoa que estava recebendo seguro-desemprego quando foi preso por suspeita de envolvimento no desaparecimento de Eliza Samudio.
Em seguida, a juíza Marixa Fabiane Lopes Rodrigues, em Contagem, chamou a terceira testemunha a depor. Ela trabalha como diarista no motel onde Bruno e Fernanda, segundo inquérito da Polícia Civil, teriam passado uma noite com Luiz Henrique Ferreira Romão, o Macarrão; o adolescente envolvido no desaparecimento; e o filho de Eliza.
O primeiro a falar foi o porteiro do condomínio do síto do goleiro Bruno, em Esmeraldas, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Ele falou sobre o controle de entrada das pessoas ao condomínio fechado.
Estão no fórum o goleiro Bruno Fernandes; Dayanne Souza; Fernanda Gomes de Castro; Luiz Henrique Romão, o Macarrão; Marcos Aparecido dos Santos, o Bola; Flávio Caetano; Wemerson Marques; e Elenilson Vítor da Silva. Sérgio Rosa Sales, primo do jogador, havia sido dispensado da audiência desta quinta-feira (14) e não compareceu nesta sexta-feira (15). O advogado Marco Antônio Siqueira alegou nos últimos dias que o cliente está sendo assediado por outros advogados e pressionado a trocar de representante.
Nesta quinta-feira (14), foram ouvidos uma funcionária do jogador e um policial civil que participou das primeiras diligências no sítio de Bruno, em Esmeraldas, após a primeira denúncia de que um crime teria sido cometido no local. Outro investigador da Polícia Civil, que também esteve no imóvel, deve ser chamado para depor, segundo a juíza.
A pedido da defesa, os delegados Edson Moreira, Ana Maria dos Santos e Alessandra Wilke seriam ouvidos em audiência, mas a juíza determinou que eles não sejam testemunhas e nem informantes no processo que investiga o desaparecimento de morte de Eliza. Marixa acatou o pedido do Ministério Público Estadual (MPE), feito pelo promotor de Justiça Gustavo Fantini. Os investigadores estiveram presentes no fórum nesta quinta-feira (14) e apenas responderam a algumas perguntas da magistrada sobre uma acusação dos advogados dos réus de que os delegados teriam torturado Dayanne Souza, durante o testemunho dela em julho, no Departamento de Investigações em Belo Horizonte
Pedido de desculpas
Ao fim do depoimento da funcionária do sítio de Bruno, o advogado Ércio Quaresma pediu a palavra à juíza e se desculpou ao advogado de Sérgio Rosa Sales, Marco Antonio Siqueira, por qualquer desentendimento que eles tenham tido em outras audiências. Após o pedido de desculpas, Siqueira disse que aceita o pedido de desculpas de Quaresma e que considera “o caso como encerrado”.
Nesta quarta-feira (13), o advogado Marco Antônio Siqueira havia anunciado que iria renunciar à defesa do cliente no processo que investiga o desaparecimento de Eliza Samudio. O advogado alegava que foi ameaçado por Ércio Quaresma, que representa o goleiro Bruno. Segundo Siqueira, o motivo dessas ameaças seria porque ele não faz parte do ‘bloco de advogados’ que está defendendo os réus.
Siqueira afirma que decidiu deixar o caso na sexta-feira (8) e conta que, durante uma discussão, Quaresma teria dito que “ele podia esperar, pois o que era dele estava guardado”. Ele disse ainda, que os familiares de seu cliente dizem estar sendo ameaçados para que Sérgio troque de advogado. “Todos vocês viram o Ércio Quaresma me ameaçar. Se algo acontecer vocês já sabem quem foi”.

Audiências anteriores
Nesta quarta-feira (13), um caseiro do sítio do goleiro, em Esmeraldas, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, foi o primeiro a responder às questões da juíza. Na sequência, a mulher dele começou a prestar depoimento que foi interrompido.
O Tribunal de Justiça disse, anteriormente, que a juíza iria ouvir quatro delegados da investigação sobre o desaparecimento e morte de Eliza Samudio, mas, no início da tarde de ontem, Marixa informou que os quatro delegados devem ser ouvidos nesta quinta (14), também no Fórum de Contagem.
Segundo o Tribunal de Justiça de Minas Gerais, essas audiências estão sendo realizadas para que a juíza Marixa, de Contagem, tome conhecimento de todos os fatos do processo apresentado pelo Ministério Público e decida se os réus serão pronunciados ou não. De acordo com o TJMG, a magistrada pode decidir julgamentos diferentes para os acusados. Dessa forma, se houver uma decisão por um julgamento no Tribunal do Júri, pode ser que nem todos sejam julgados por este tribunal. E os crimes pelos quais os réus são acusados podem sofrer alterações no julgamento. O Tribunal de Justiça explicou que esta fase do processo não tem prazo definido.
Na entrada do fórum de Contagem, o advogado de Bruno, Ércio Quaresma, disse "eu não ameaço, eu faço", em referência à denúncia do Fantástico sobre possíveis ameaças que o defensor estaria fazendo ao goleiro Bruno e a amigos e familiares. A dentista Ingrid Oliveira, noiva do goleiro, disse que defensor orientou Bruno a tentar suicídio na cadeia. “Ele falou que teria sido orientado pelo advogado a cortar os pulsos pra ver se ele conseguiria algum tipo de regalia”, contou.
O delegado Júlio Wilke, que participou das investigações, foi ouvido por mais de 13 horas na sexta-feira (8). Na mesma sessão, o adolescente envolvido no desaparecimento de Eliza Samudio também respondeu às perguntas da juíza Marixa. Em seu depoimento, o menor afirmou que o homem indicado como Bola pelo inquérito, e que está preso, não é o Bola que ele conhece. O adolescente ainda pediu desculpas por apontar o ex-policial Marcos Aparecido dos Santos como o responsável pela morte de Eliza. O delegado Wilke disse, em seguida, que o menor indicou com detalhes a casa do ex-policial, em Vespasiano, e que o adolescente sabia até como eram os cômodos da casa.
Em Vespasiano, na quinta (7), nove testemunhas de defesa, que conhecem o ex-policial prestaram depoimento à juíza Ana Paula Lobo Pereira de Freitas. Todas foram unânimes ao dizerem que nunca viram o ex-policial Santos ser chamado de Bola.
Em Ribeirão das Neves, na quarta (6), cinco testemunhas foram ouvidas. Na sessão, Bruno passou mal e precisou ser levado à Policlínica da cidade, e depois, para o Pronto-Socorro João XXIII, em Belo Horizonte, após desmaiar duas vezes.


G1

2 comentários:

  1. Será que eles pensam que estão trabalhando em novela?
    A coisa é muito séria e essa cambada está tentando enganar à JUSTIÇA.
    Está na hora de parar essa brincadeira.

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  2. Essa foto ficou ótima nessa notícia.
    Ele está é rindo por dentro.

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