terça-feira, 29 de novembro de 2011

Mãe suspeita de queimar próprio filho é indiciada por tentativa de homicídio e tortura


Pena para o crime é de 12 a 30 anos de prisão; criança continua internada em estado grave

A mãe suspeita de atear fogo no corpo do próprio filho de dez anos, na região da Penha, na zona leste de São Paulo, no dia 22 deste mês, foi indiciada pela Polícia Civil e vai responder por tentativa de homicídio e tortura. A informação foi confirmada pelo delegado Renato Batista de Oliveira, do 24º DP (Distrito Policial), na tarde desta terça-feira (29).

- Agora vamos terminar o inquérito e levar ao juiz.

Segundo Oliveira, o médico e as enfermeiras que atenderam o garoto no hospital Tatuapé ainda disseram que o menino contou que a mãe jogou álcool em seu corpo e depois ateou fogo. Isso teria ocorrido, de acordo com o garoto, depois que ele rasgou o sofá da casa em que estavam.

Em sequencia, o menino ligou o chuveiro para tentar apagar as chamas. O menino ainda não prestou depoimento, já que continua internado em estado grave na UTI (Unidade de Terapia Intensiva).

A Secretaria Municipal de Saúde informou que o garoto teve 27% do corpo queimado. Ele sofreu ferimentos em toda a parte da frente do corpo, rosto, tronco e membros, além das vias respiratórias.

O soldado Marcelo de Melo, que atendeu a ocorrência, afirmou que a criança disse foi queimada pela mãe porque não quis desligar a TV e ir dormir. A versão do crime foi confirmada, ainda segundo o PM, pela irmã do garoto, de três anos.
Policiais militares que foram até o local disseram ter encontrado o padrasto dentro do carro com a criança pronto para levá-la ao hospital. A mulher tinha sinais de embriaguez e foi presa.

Versão da mãe

A suspeita contou que estava no quintal da casa quando ouviu o pedido de socorro do filho, que estava no quarto. O padrasto contou que estava dormindo e também teria despertado quando o menino começou a gritar.

A mulher não soube explicar o que teria acontecido com o filho. A polícia encontrou um frasco de álcool no quarto onde ele estava.

A mãe relatou ainda que levou a criança ao banheiro e jogou água no corpo dela. A mulher contou que quis passar uma pomada nos ferimentos, mas o marido achou melhor levar o menino ao hospital.

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