Um enfermeiro britânico que fingia ser uma adolescente lésbica para se aproximar de meninas na internet foi condenado a seis anos e oito meses de prisão e vai ser monitorado pelo resto da vida.
Barry McCluskey, de 39 anos, admitiu ter tido contato com 49 meninas, com idades de 10 a 15 anos, entre 2007 e 2010.
Ele contatava as meninas na rede social Bebo e depois por MSN, dizendo se chamar Clare ou Missy, uma jovem que seria "gay ou bissexual".
Segundo a acusação, ele nunca teve contato pessoal com suas vítimas, mas manipulava as meninas para que elas se despissem ou fizessem atos sexuais para a câmera, enquanto ele gravava as imagens pelo computador.
"Àquelas que eram ou se tornavam relutantes, ele pedia que se exibissem mais, dizendo que se elas não o fizessem ele mandaria os vídeos que já tinha feito para amigos", afirmou a promotora Alison Di Rollo.
'Tendências suicidas'
Segundo as acusações feitas no tribunal, uma das vítimas ficou com tanto medo, que passou a ter tendências suicidas e seu cabelo começou a cair.
Outra menina, em idade escolar, implorou a McCluskey que não divulgasse as imagens, dizendo que sua mãe estava muito doente.
"Mais três vídeos e estou fora da sua vida", McCluskey respondeu a ela.
A polícia começou a investigar o comportamento do enfermeiro, que era casado e tem dois filhos, em fevereiro de 2010, após receber uma denúncia da mãe de uma menina de 13 anos.
Ela tinha sido forçada a realizar atos sexuais na frente de uma webcam.
Quando os policiais chegaram à casa de McCluskey, ele não estava. Ele foi encontrado em uma ponte, supostamente pensando em suicídio, dizendo ter "feito algo errado".
Acesso à rede
Mais tarde, uma investigação revelou detalhes do comportamento do enfermeiro.
McCluskey, que agora está separado da mulher, também filmava meninas enquanto elas faziam compras e mulheres no vestiário de um clube.
Mais de 10 mil imagens indecentes foram encontradas em seu computador.
"Espertamente, você manipulou seu caminho até as casas, quartos e mentes de crianças que você escolheu especificamente", disse a juíza no caso, Rita Rae.
Segundo ela, o caso ilustra a necessidade de os pais controlarem melhor o acesso dos filhos à internet.
"Elas (crianças) podem se comunicar, às vezes por câmera, com estranhos, alguns dos quais escondem sua verdadeira identidade. O risco é que crianças vulneráveis possam acabar em uma posição na qual elas são forçadas a fazer coisas dolorosas e que geram sentimentos de culpa, vergonha, degradação e humilhação."
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