sexta-feira, 23 de novembro de 2012

"Macarrão foi protagonista", afirma promotor ao relatar morte de Eliza Samudio


Ele pediu aos jurados que condenem os acusados e chamou Fernanda de "dissimulada"

Depois de chamar Fernanda Castro de "dissimulada", o promotor Henry Wagner Vasconcelos continuou suas alegações com a proposta de convencer os jurados de que a acusada teve participação no desaparecimento e morte da modelo Eliza Samudio. Segundo ele, "ela tomou a iniciativa de se implicar nos fatos".

— Ela foi envolvida por ambos [Bruno e Macarrão] e se jogou nos acontecimentos. Ela também se envolveu porque quis. Que mãe iria abandonar seu filho na mão de uma loira exuberante, uma rival amorosa? Como alguém consegue ter tantas lágrimas hipócritas como aquela mulher?

Segundo o promotor, a ré estava "no controle das ações". Ele ainda reafirmou que ela mentiu no depoimento ao júri, pois Macarrão realizou ligações para seu celular e de Jorge na noite do dia 4 para o dia 5 de junho de 2010. Também afirmou que, conforme os autos, os carros só fizeram uma parada na viagem para Minas Gerais e não duas, como alegou a acusada.

— Eles vieram juntos. Eles não foram de imediato para o sítio porque havia receio de que Dayanne estaria no sítio. Como Bruno ia chegar lá com Fernanda?

Logo, a acusação quis provar que Eliza não esteve no jogo de futebol do time 100% no dia 6 de junho de 2010, ao contrário do que contam os réus. Ele afirmou que a única mulher no local era Fernanda.

— Sérgio, quando foi ouvido pela polícia, disse o seguinte: "A moça de nome Eliza estava sentada quietinha no sofá, com o filho no colo". Sabe qual era a interação? De hierarquia, de controle, de domínio. Parecendo que obedecia às ordens de Jorge e Macarrão.

Sérgio Rosa Sales, primo do goleiro, contou ainda que a ex-modelo tinha um machucado na cabeça. Sobre a mudança do depoimento na Justiça, o promotor alegou que ele foi assediado, coagido por advogados. O vídeo da reconstituição do crime foi citado para provar que "não houve tortura" para que Sales confessasse um crime que não existiu.

Aos jurados, o promotor acusou os advogados que passaram pelo caso a orientar os acusados a esconder o crime. Segundo ele, Ércio Quaresma não teria deixado o corpo aparecer e disse que ensinou Bola, outro réu no processo, a atirar.

Relato da morte

Vasconcelos falou do dia 8 de junho de 2010, quando houve uma partida de futebol do time 100% e muitos foram impedidos de entrar no sítio do jogador, pois "Eliza estava lá dentro". O motorista de Bruno confirmou que ninguém pôde entrar na casa e pediu que ele deixasse ela ir embora. Bruno respondeu que "já havia feito m..." e iria resolver. Na viagem para o Rio, Sergio disse que "Eliza já era".

— O motivador desses delitos é o Bruno, envolvendo os amigos, os funcionários, as mulheres, os primos, os carros, os imóveis. Como o Bruno não poderia estar envolvido?

Por fim, a promotoria disse que Macarrão, por medo, preferiu entregar o amigo a falar sobre o executor, o ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, pois registros telefônicos provam que eles se falaram antes do sequestro.

— Eles se encontraram às 20h52 daquela noite. Está provado nos autos. Bola diz: "Você não vai mais apanhar, você vai morrer". Bola dá uma gravata enquanto Macarrão chuta as pernas dela para viabilizar que a morte se viabilizasse com mais rapidez. Peço simplesmente justiça. Peço que condenem Macarrão e Fernanda. Apesar de termos um homicídio sem corpo, temos um homicídio repleto de provas.

Luiz Henrique Romão, o Macarrão, ficou no plenário todo o tempo e prestou atenção na fala do promotor. Já Fernanda saiu no início do debate e não voltou ao tribunal. A magistrada passou a palavra para a assistência de acusação.

R7

Um comentário:

  1. A Desordem dos Advogados continua deixando a defesa armar um circo e nada faz.

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