terça-feira, 2 de novembro de 2010

Psicóloga explica como encarar a morte desde a infância


O problema é que nem sempre o assunto é tratado com clareza pelos pais e educadores

O Bom Dia Pernambuco convidou a psicóloga Bianca Queiroz (foto) para falar de um tema que mexe com as famílias: como lidar com a morte junto às crianças? O problema é que nem sempre o assunto é tratado com clareza pelos pais e educadores.
“É sempre importante dizer a verdade. Dependendo da idade e do nível de entendimento da criança, é preciso apenas ver a forma como vai passar a informação do luto. Nós orientamos que a notícia seja dada pelos pais ou por uma pessoa de confiança. A partir dos dois, três anos de ávida, a criança já é capaz de ter discernimento”, explicou a psicóloga.
Segundo Bianca Queiroz, criar histórias para as crianças é extremamente prejudicial. “É importante dizer a verdade sempre. Atualmente, eu atendo o caso de um pai que, para proteger a criança, preferiu dizer que a mãe tinha virado uma estrela. A criança começou a trocar a noite pelo dia e acabou entrando em depressão. A informação desorganizou a vida dele. Nós tivemos que desconstruir essa história para o luto ter um novo significado”, disse.
No final da entrevista, a psicóloga disse, ainda, que luto dos adultos também precisa de um acompanhamento da família. “Nesse momento, é fundamental o convívio social. A pessoa também deve se permitir chorar”, falou.


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