segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Corpo de arquiteto assassinado em Ipanema é sepultado no Caju

Cachorrinha do arquiteto, que estava dentro do carro no momento do crime, foi levada ao sepultamento | Foto: Paulo Alvadia / Agência O Dia

Rio - O corpo do arquiteto Rômulo Castro Ramos Tavares, morto durante tentativa de assalto no último sábado, em Ipanema, foi sepultado no fim da manhã desta segunda-feira no Memorial do Carmo, no Caju, Zona Portuária da cidade. O corpo estava sendo velado na capela 1 do Memorial do Carmo desde 18h de domingo.

Cerimônia

Os familiares do arquiteto levaram para o velório a cachorrinha do arquiteto, que estava com ele no carro no momento do crime. As paredes da capela foram cobertas com poemas de Cecília Meireles. Entre as pessoas presentes estava o cenógrafo Gringo Cardia, que era muito amigo de Rômulo.

"Como pode uma pessoa ser assassinada na porta de casa por nada? Com tantas famílias acontece isso o tempo todo. É preciso dar condições mais dignas às pessoas para acabar com essa guerra na qual vivemos. Ele foi mais um mártir da cidade mais linda do mundo, mas que tem tanta brutalidade", lamentou. A coreógrafa Débora Colker também estava no enterro.

Imagens de câmeras de segurança devem ajudar a polícia a identificar os assassinos do arquiteto Rômulo Castro Ramos Tavares, 33 anos, morto sábado, às 11h, em Ipanema. As gravações dos prédios vizinhos já foram solicitadas pela Divisão de Homicídios. Ele morreu durante tentativa de assalto na Rua Prudente de Morais, na altura do número 680, um dos locais mais badalados do bairro, perto do bar Vinicius.

No momento do assalto, Rômulo, que usava um relógio Rolex, entrava na garagem do edifício com o vidro do carro aberto. Ele foi rendido por um homem armado, com capacete. Um comparsa acompanhava a ação em uma motocicleta, também com o rosto coberto. Ao ser abordado, Rômulo teria descido do veículo e caminhado em direção ao bandido, que atirou.

Segundo vizinhos, Rômulo, que completou 33 anos na última sexta-feira, era uma rapaz tranquilo e morava no prédio há dois anos.

A família do arquiteto que mora na Bahia veio para o Rio. Os criminosos não levaram o veículo e nenhum pertence da vítima. O primo do arquiteto, o jornalista Francisco Loffredi soube do crime pelo noticiário na televisão e correu para o local. “Era um jovem cheio de vida, querido por todos e um profissional muito bem sucedido”, contou. Rômulo sofreu paradas cardiorrespiratórias e morreu a caminho do Hospital Miguel Couto, na Gávea.

Moradores de Ipanema se queixam da falta de segurança no bairro. Os crimes praticados por motoqueiros e gangues de bicicleta assustam quem frequenta a região.“Apontaram a arma para minha esposa e levaram o celular”, criticou o síndico do prédio onde morava Rômulo, André Luis Saldanha, que planeja instalar câmeras no prédio. O 23º BPM, do Leblon, confirmou o aumento, em agosto, de assaltos praticados por bandidos em motos e disse que faz operações diárias para abordar motoqueiros.

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