segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Garoto que se matou em SP pode ter tentado assustar professora, diz delegada


A delegada Lucy Fernandes disse em entrevista ao telejornal "SPTV", da TV Globo, que o garoto que atirou contra uma professora e depois se matou, em São Caetano do Sul (Grande SP), pode ter tentado fazer uma brincadeira.

Segundo depoimento da diretora da escola à polícia, um colega do menino disse a um psicólogo que ele queria brincar com a professora.

"Ele deve ter ouvido alguma coisa do garoto, talvez que ia assustar a professora, e no fim acabou atingindo a professora e na sequencia teria dado cabo da sua vida", afirmou a delegada.

O crime aconteceu na última quinta-feira (22), na escola municipal Professora Alcina Dantas Feijão, considerada a melhor pública de São Caetano do Sul.

Segundo a delegada, o aluno, de 10 anos, pediu para ir ao banheiro e, na volta, atirou contra a professora Rosileide Queirois de Oliveira, 38. Na sequência, o garoto se retirou da sala, sentou em uma escada e disparou ele próprio, na cabeça.

Ambos foram socorridos com vida. O aluno foi atendido no Hospital de Emergência Albert Sabin, em São Caetano. Ele teve duas paradas cardíacas e morreu às 16h50, de acordo com a prefeitura da cidade.

A professora permanece internada no Hospital das Clínicas, em São Paulo, sem previsão de alta. A delegada está em contato com o hospital para definir quando a professora poderá ser ouvida, mesmo que ainda na unidade.

Rosileide passou por uma cirurgia na noite da última quinta-feira --mesmo dia em que foi baleada-- para a retirada do projetil que ficou alojada entre o reto e o útero.

SALA DE AULA

A Prefeitura de São Caetano do Sul informou nesta segunda-feira que a sala de aula onde ocorreu o crime ficará desativada por tempo indeterminado.

De acordo com nota divulgada hoje, a ideia é que a sala em que funcionava o 4º ano C da seja transformada em algum laboratório ou sala de leitura. A aulas permanecem suspensas em toda a escola e devem ser retomadas na quarta-feira (28).

Os educadores e funcionários da escola começaram a receber atendimento psicológico hoje. Eles estão sendo atendidos por seis psicólogos que realizam terapias com grupos de até seis pessoas para esclarecer dúvidas e prepará-los para receber os alunos.

Pais e alunos também receberão atendimento psicológico. Com isso, as equipes vão, além de acolher e tranquilizar as pessoas, realizar uma triagem para determinar o grau do trauma e o estado emocional dos indivíduos. Se necessário, haverá acompanhamentos a longo prazo.

Folha OnLine

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