domingo, 25 de setembro de 2011

Interior do estado do Rio tem 10% na extrema pobreza


RIO - Marcelo, Júlia, Fernando, Bruno, Bruna, Ronaldo e Washington. Na casa de apenas dois cômodos, os sete filhos de Luciana Rodrigues, de 32 anos, vivem como podem. E podem pouco. Falta alimentação adequada e, para os mais novos, até mesmo a fralda, que a mãe improvisa utilizando um saco plástico amarrado ao quadril das crianças. Com renda inferior a R$ 70 reais per capita, essa família do município de Sumidouro, na Região Serrana, é o retrato daqueles que vivem abaixo da linha de extrema pobreza no Rio.

Sem emprego, Luciana depende do benefício federal pago a pessoas incapacitadas por algum tipo de deficiência e que não podem ter renda - o caso de dois dos seus filhos - e os ganhos do marido, que faz bico na lavoura. Ele recebe R$ 35 por dia, quando consegue serviço.

- Dependemos da ajuda de vizinhos ou de doações que a igreja faz. A situação é muito difícil porque falta de tudo. Aqui, almoçamos arroz e feijão. Carne, eu não me lembro quando comemos - diz Juliana.

Você concorda com a ideia de o Estado repassar recursos para famílias em situação de extrema pobreza?

A situação da extrema pobreza no estado (com exceção da capital) atinge cerca de 320 mil famílias - cerca de um milhão pessoas ou aproximadamente 10% da população do interior, segundo uma estimativa da Secretaria estadual de Assistência Social e Direitos Humanos. A partir de dados do IBGE e do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, a secretaria está elaborando o mapa da miséria, que vai identificar os mais pobres em cada cidade. Para chegar a esses dados, o órgão utiliza como base o estudo da União, que tem como critério a renda inferior a R$ 70 per capita. Mas, no estado, o parâmetro usado será o R$ 100 per capita.

- Os R$ 70 per capita utilizados pelo governo federal para identificar as famílias em extrema pobreza não servem como critério para o Rio. Aqui temos uma pobreza metropolitana, com um custo de vida maior que o do Nordeste. Por isso estamos utilizando o critério de R$ 100. Por esse parâmetro, a nossa estimativa é que 320 mil famílias se encontrem hoje nessa situação - explica o secretário de Assistência Social, Rodrigo Neves.
O Globo

Um comentário:

  1. Essas bolsas certamente beneficiam com prioridade o Nordeste.Ninguém poderia esperar diferente.
    Cabe agora a 'presidenta' rever.
    E o controle natalidade? A assostemte social ainda não falou sobre isso com o casal?

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