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sábado, 8 de outubro de 2011
Depois de dois anos em cativeiro, gavião-real voa pela primeira vez em liberdade
Graças a iniciativa do ICMBio, Vale e Inpa, gavião ameaçado de extinção
Depois de dois anos e meio vivendo em cativeiro, finalmente a liberdade. Uma fêmea de Gavião-Real (Harpia harpya) voou pela primeira vez na natureza na Floresta Nacional de Carajás, em Paraupebas, sudeste do Pará.
A ave foi entregue por um morador da região ao Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), em março de 2009, cheia de ferimentos - a harpia passou meses amarrada pela pata, o que quase provocou mutilação. Desde então, o animal vinha recebendo cuidados especiais no Parque Zoobotânico Vale e pelo Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), que já desenvolve o Programa de Conservação do Gavião-real.
Segundo André Mourão, veterinário do Parque Zoobotânico Vale, o animal precisou reaprender a caçar e a viver na floresta. “Incluímos atividades para que ela desenvolvesse habilidades de caça”, disse. O envolvimento com a história da ave foi tão grande que 680 estudantes de escolas municipais de Parauapebas participaram de um concurso que elegeu Upiara – que significa luta com o mal – como o nome do gavião.
Antes da soltura, Upiara recebeu um colete com rádio transmissor via satélite. O acessório possibilitará às equipes monitorar a vida do animal durante três anos. “O objetivo do monitoramento é ter a certeza de que o bicho está bem, se adaptando à mata e caçando para que possa desempenhar seus instintos sem precisar da ajuda do homem”, afirma Tânia Saianotti, coordenadora do projeto Gavião-real.
A Floresta Nacional de Carajás, novo lar da harpia, tem mais de 400 mil hectares e possui uma grande diversidade de fauna e flora.
Época
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