sábado, 28 de abril de 2012

Prisões na Cracolândia crescem 1000% após operação da PM na área


Capitão diz que ainda não há previsão de operação no centro acabar

As prisão realizadas pela Polícia Militar na região da Cracolândia cresceram 1000% após a ação na região. De acordo com o Capitão Rogério Aparecido Nogueira, coordenador operacional do 13º Batalhão, as prisões feitas em flagrante pela corporação foram de 21 nos quatro primeiros meses de 2011 para 210 em 2012. Segundo o capitão, as prisões foram feitas principalmente por tráfico de drogas.

Ainda de acordo com dados do capitão, o número de foragidos recapturados pela PM também aumentou consideravelmente. Em 2011, foram 13. Já neste ano foram 99. O número de abordagens foram de 2.400 pessoas a 36.717.

A operação para retirar usuários de crack e traficantes do centro da cidade teve início no dia 3 de janeiro e, segundo o capitão, ainda não tem data para terminar. Apesar do alto número de prisões, de acordo com dados do capitão, a apreensão de crack na região da Nova Luz foi de 3,537 kg até o momento. O baixo número trouxe à tona a discussão sobre o perfil dos presos pela polícia. Segundo Nogueira, a intenção da ação é “combater primeiro os microtraficantes”.

— Nós temos serviço de inteligência que trabalha para coibir tanto o microtraficante quando o macro. A operação visa principalmente quebrar a logística do tráfico, mas vamos combater primeiro os microtraficantes. Nós tivemos também grandes apreensões em outras regiões de São Paulo.

Outro aspecto criticado é o “sumiço” dos usuários do centro. Sem ter local para ficarem, não é difícil encontrar os viciados em crack perambulam pelas ruas. Eles continuam formando pequenos grupos e consumindo a droga, especialmente entre a avenida Rio Branco e a alameda Barão de Limeira, inclusive próximos da polícia. A migração dos usuários também recebeu críticas, inclusive de policiais, que dizem que eles só mudaram de local. Sobre o assunto, o capitão admite a migração.

— A migração realmente ocorre. A partir do momento em que um usuário que está portando o entorpecente é levado [para o distrito], o grupo deixa o local e passa para outro. Dessa maneira, eles vão migrando até achar o local mais adequado onde momentaneamente, enquanto a polícia não está presente, possam fazer uso [da droga]. Infelizmente, a Polícia Militar vai agir desta forma a fim que quebrar a logistica do crack.

Ele admite que os policiais ficam "desmotivados", porque muitas vezes "vê o usuário sair do DP ao mesmo tempo em que eles".

Operação Centro Legal

De acordo com boletim divulgado pelo Governo de São Paulo, os principais dados da operção dão conta de que 401 pessoas foram presas em flagrante e 103 condenados capturados pela Polícia Militar, Polícia Civil e Guarda Civil Municipal. Além disso, 488 pessoas foram encaminhadas para iternações para tratamento de dependentes químicos e 4.227 foram encaminhadas para serviços de saúde.

Além disso, o policiamento na cidade apreendeu cerca de 14,3 mil pedras de crack, 17 kg de cocaína e 43,75 kg de maconha.

R7

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