quarta-feira, 25 de maio de 2011

Agentes apreendem drogas e recolhem dezenas de pessoas em ação no Jacarezinho



RIO - A Secretaria de Assistência Social realizou, na manhã desta quarta-feira, uma operação contra a cracolândia do Jacarezinho. Ao todo, 76 pessoas foram recolhidas, sendo 60 adultos e 16 menores de idade. Além disso, 11 quilos de maconha, um quilo de cocaína e várias pedras de crack foram apreendidos. Durante a operação, as equipes receberem uma denúncia anônima. Os policiais da Divisão de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA) foram checá-la e apreenderam um fuzil AK-47, 70 quilos de maconha, munição e carregadores. O material estava escondido em um buraco no chão de um barraco na localidade conhecida como Concórdia, dentro da favela. Ninguém foi preso.

Os policiais suspeitam que uma das pedras apreendidas possa ser oxi. Segundo o comandante do 3º BPM (Méier), coronel Rui França, a polícia vai enviar o material para análise. O comandante do batalhão disse, no entanto, que viciados contaram que se tratava de uma pedra de maconha.

O valor da carga de maconha foi estimado em R$ 50 mil. E, segundo Rui França, o fuzil encontrado costuma ser vendido no mercado negro por R$ 70 mil.

Cerca de 90 agentes, entre eles policiais do 3° BPM, da DPCA e homens da Guarda Municipal, participaram da operação. Essa foi a nona ação do tipo desde março, e a terceira no Jacarezinho.

Segundo os agentes, hoje há outros quatro pontos onde usuários de crack se aglomeram na cidade. Os locais são considerados críticos são Avenida Leopoldo Bulhões, em Manguinhos; Rua São Luiz Gonzaga, em São Cristóvão; Rua Palas, na Pavuna; e Avenida Brasil, próximo ao viaduto de acesso à Ilha do Governador.

O secretário Rodrigo Bethlem lembrou da importância da parceria da polícia na ação da prefeitura.

- Esse é um problema difícil de ser combatido e requer ações permanentes - disse Bethlem.

A delegada Valéria de Aragão, da DPCA, disse que os menores encontrados na cracolândia serão levados para a delegacia, onde os policiais farão um levantamento de mandados de busca e apreensão pendentes. De acordo com ela, geralmente, o uso do crack pelos menores está relacionado com a prática de furtos.

- O crack não é um problema só de segurança pública: é social, de saúde e de educação. Cada órgão deve trabalhar com a sua estrutura para combater o uso do entorpecente.


O Globo

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