Bando da Rocinha suspeitou do envolvimento de modelo no desaparecimento de carga de haxixe avaliada em R$ 30 mil
Rio - O suposto desvio de carga de haxixe, avaliada em mais de R$ 30 mil, pode ter sido o estopim para o desaparecimento da modelo Luana Rodrigues de Sousa, de 20 anos. Segundo moradores da Rocinha, a droga ficava na casa que a moça dividia com a amiga Andressa, que também está sumida desde o dia 9. Para os traficantes, a moça seria a principal suspeita pelo sumiço do entorpecente.
Luana estaria na mira dos traficantes desde que a polícia apreendeu, mês passado, 2,5 toneladas de maconha, numa casa onde a jovem morou com um ex-namorado. Na época, a quadrilha da Rocinha desconfiou que a modelo teria repassado informações sobre a maconha para um policial, com quem ela estaria se encontrando.
Depois que o haxixe sumiu, os traficantes decidiram chamar Luana para dar explicações. Mesmo sem saber se a modelo realmente havia passado informações sobre a droga, ela e Andressa foram ‘condenadas’ pelo ‘tribunal’ do crime. Segundo informações de moradores, o chefão da Rocinha, Antônio Francisco Bonfim Lopes, o Nem, teria participado diretamente do ‘julgamento’ das jovens.
'Desenrolo'
Ainda de acordo com os relatos, o namorado de Andressa — identificado apenas como Thiago — chegou a ser suspeito pelo desvio da carga. Ele também foi chamado no ‘tribunal’, mas teve destino diferente das duas moças: as informações dão conta de que ele foi espancado pelos traficantes e depois liberado.
Desde o dia 9, quando Luana ligou para uma amiga dizendo que iria subir a Rocinha para um ‘desenrolo’, o paradeiro da modelo e de Andressa é desconhecido. A polícia tem feito buscas na Rocinha e trabalhado na tentativa de encontrá-las. Esta semana, a Justiça autorizou a quebra do sigilo telefônico da moça, para tentar desvendar o mistério.A polícia já sabe para quem a jovem fez algumas das últimas ligações. Apesar de o caso estar sendo investigado como desaparecimento, parentes e amigos de Luana celebraram até missa de sétimo dia em homenagem à moça.
Alheio a crime, Nem promove festança
Principal suspeito pelo desaparecimento da modelo, o traficante Nem parece alheio ao crime. Terça-feira à noite, o chefão do tráfico da Rocinha promoveu uma grande festa, que parou a localidade Vila Verde, para comemorar o seu aniversário de 35 anos.
Há cinco anos e meio, o traficante controla de forma cruel o crime na maior favela da Zona Sul. Como O DIA mostrou no domingo, desde que Nem assumiu o domínio das bocas de fumo da Rocinha, em novembro de 2005, pelo menos 18 pessoas desapareceram. A maior parte dos casos deu origem a inquéritos abertos pela polícia, mas as vítimas jamais foram localizadas.
O DIA ONLINE
Rio - O suposto desvio de carga de haxixe, avaliada em mais de R$ 30 mil, pode ter sido o estopim para o desaparecimento da modelo Luana Rodrigues de Sousa, de 20 anos. Segundo moradores da Rocinha, a droga ficava na casa que a moça dividia com a amiga Andressa, que também está sumida desde o dia 9. Para os traficantes, a moça seria a principal suspeita pelo sumiço do entorpecente.
Luana estaria na mira dos traficantes desde que a polícia apreendeu, mês passado, 2,5 toneladas de maconha, numa casa onde a jovem morou com um ex-namorado. Na época, a quadrilha da Rocinha desconfiou que a modelo teria repassado informações sobre a maconha para um policial, com quem ela estaria se encontrando.
Depois que o haxixe sumiu, os traficantes decidiram chamar Luana para dar explicações. Mesmo sem saber se a modelo realmente havia passado informações sobre a droga, ela e Andressa foram ‘condenadas’ pelo ‘tribunal’ do crime. Segundo informações de moradores, o chefão da Rocinha, Antônio Francisco Bonfim Lopes, o Nem, teria participado diretamente do ‘julgamento’ das jovens.
'Desenrolo'
Ainda de acordo com os relatos, o namorado de Andressa — identificado apenas como Thiago — chegou a ser suspeito pelo desvio da carga. Ele também foi chamado no ‘tribunal’, mas teve destino diferente das duas moças: as informações dão conta de que ele foi espancado pelos traficantes e depois liberado.
Desde o dia 9, quando Luana ligou para uma amiga dizendo que iria subir a Rocinha para um ‘desenrolo’, o paradeiro da modelo e de Andressa é desconhecido. A polícia tem feito buscas na Rocinha e trabalhado na tentativa de encontrá-las. Esta semana, a Justiça autorizou a quebra do sigilo telefônico da moça, para tentar desvendar o mistério.A polícia já sabe para quem a jovem fez algumas das últimas ligações. Apesar de o caso estar sendo investigado como desaparecimento, parentes e amigos de Luana celebraram até missa de sétimo dia em homenagem à moça.
Alheio a crime, Nem promove festança
Principal suspeito pelo desaparecimento da modelo, o traficante Nem parece alheio ao crime. Terça-feira à noite, o chefão do tráfico da Rocinha promoveu uma grande festa, que parou a localidade Vila Verde, para comemorar o seu aniversário de 35 anos.
Há cinco anos e meio, o traficante controla de forma cruel o crime na maior favela da Zona Sul. Como O DIA mostrou no domingo, desde que Nem assumiu o domínio das bocas de fumo da Rocinha, em novembro de 2005, pelo menos 18 pessoas desapareceram. A maior parte dos casos deu origem a inquéritos abertos pela polícia, mas as vítimas jamais foram localizadas.
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