quinta-feira, 30 de abril de 2009

Casamento de menina saudita de 8 anos teria terminado


A Arábia Saudita vive sob as regras severas do islamismo sunita
A imprensa da Arábia Saudita informou que o casamento de uma menina de oito anos com um homem de 50 foi anulado.
O jornal Saudi Gazette afirmou que a anulação do casamento foi conseguida por meio de um acordo entre as duas partes.
O caso atraiu críticas do mundo todo e levou o Ministério da Justiça saudita a afirmar que vai aplicar regulamentos para o casamento de meninas.
Grupos de defesa dos direitos humanos afirmam que algumas famílias sauditas casam suas filhas ainda na infância em troca de dinheiro.

Puberdade

O primeiro juiz a cuidar do caso na cidade de Unaiza se recusou a conceder o divórcio, pedido pela mãe da criança. Mas, ele estipulou que o noivo não poderia manter relações sexuais com a menina até que ela chegasse à puberdade.
O pai da menina teria casado a criança com um amigo para conseguir pagar uma dívida.
Um novo juiz foi então apontado para o caso e a anulação do casamento finalmente teria sido divulgada depois de o marido desistir das alegações de que o matrimônio era legal.
A Arábia Saudita aplica uma forma mais severa do islamismo sunita, que proíbe a associação livre entre os sexos e dá aos pais o direito de casar seus filhos com quem eles escolherem.
Analistas sauditas afirmaram que o casamento entre a menina de oito anos e o homem de 50 ocorreu na província de Qaseem, uma província no centro da Arábia Saudita que é conhecida por ser uma região de fundamentalistas.
No começo de 2009 a mais importante autoridade religiosa da Arábia Saudita, o grande Mufti Sheikh Abdul Aziz al-Shaikh, afirmou que não é desrespeito às leis islâmicas o casamento de meninas de 15 anos ou menos.
No dia 15 e abril, depois deste caso ter gerado muita publicidade negativa para o país, o ministro da Justiça Muhammad Issa afirmou que queria encerrar a forma "arbitrária" como os pais e responsáveis podiam arrumar casamentos para meninas.
No entanto, ele não chegou a afirmar se a prática seria proibida.

Fonte: BBCBrasil

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Verbratec© Desktop.