RIO - O Governo do Estado lançou, na manhã desta segunda-feira, a campanha do programa 'Rio sem Homofobia', que busca combater a discriminação e a violência contra a comunidade LGBT (lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais). Durante a cerimônia, o governador Sergio Cabral autorizou os policiais e bombeiros homossexuais a participarem da próxima Parada Gay uniformizados e usando as viaturas. Cabral também assinou um documento com 125 metas para combater a homofobia até 2014, além de exibir as peças publicitárias que integram a campanha. Participaram da cerimônia o vice-governador Luiz Fernando Pezão, o secretário estadual de Assistência Social e Direitos Humanos, Rodrigo Neves, o coordenador do programa, Cláudio Nascimento, e a senadora Marta Suplicy, entre outras autoridades.
Segundo o coordenador do programa, a luta, agora, é para o Congresso Nacional aprovar a lei que criminaliza a homofobia:
"Um passo importantíssimo que nós demos foi a aprovação, no STF, da legalização da união civil de pessoas do mesmo sexo. Uma vitória que foi conseguida por meio de uma ação do governo do estado. Isso dá orgulho ao Rio de Janeiro, que sempre foi vanguarda na história das transformações sociais do país. A próxima etapa é fazer com que o Congresso saia da letargia, da sua covardia em relação a esse debate, e assuma de forma objetiva e sincera um setor da sociedade que está excluído dos direitos plenos de cidadania. É preciso ter uma legislação que torne crime a prática da homofobia", disse, através de nota.
O lançamento da campanha acontece um dia depois de um homossexual ser encontrado morto, por espancamento, em um terreno baldio em Barra Mansa, no Sul Fluminense. Nas mãos de Jonatas Lopes Ferreira, de 23 anos, a polícia encontrou fios de cabelos. No local, os PMs apreenderam um preservativo, ainda na embalagem, que estava próximo ao corpo.
Visita íntima para casais homossexuais já foi regulamentada
No dia 29 de abril, o governador já havia anunciado a regulamentação da visita íntima para casais homossexuais em presídios fluminenses. A ação já fazia parte do conjunto de iniciativas do programa 'Rio sem Homofobia'. Ainda esse mês, uma cartilha será lançada com informações para policiais e agentes penitenciários, além de seminários e encontros de capacitação, para orientar a recepção e abordagem dos detentos e de companheiros. A ideia é garantir que a aplicação da resolução seja eficaz.
Antes das visitas, lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais deverão entrar em contato com o Disque Cidadania LGBT (0800 0234567), para marcar uma entrevista no Centro de Referência LGBT. A partir deste encontro com assistentes sociais, psicólogos e advogados será emitido um ofício a ser enviado para a direção do presídio, para que a visita possa ser realizada.
O Globo
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