O estado de saúde do ex-piloto de Fórmula 1 Michael Schumacher apresentou leve melhora após uma segunda operação para aliviar a pressão no cérebro, informaram os médicos que cuidam do alemão.
Uma nova ultrassonografia realizada nesta terça-feira indicou que Schumacher, de 44 anos, está "melhor do que ontem", mas ainda não está fora de perigo e continua em coma induzido.
No domingo, o heptacampeão de Fórmula 1 sofreu um acidente de esqui nos Alpes Franceses. Ele bateu com a cabeça em uma pedra enquanto esquiava com o filho de 14 anos no resort de Méribel.
Segundo os médicos, um exame realizado na noite de segunda-feira mostrou que a situação havia melhorado, abrindo "uma janela de oportunidade" para a segunda operação.
A família, então, teria tomado a "difícil decisão" de dar consentimento para cirurgia, que durou duas horas. A ultrassonografia que se seguiu teria apontado "uma leve melhora" no quadro de saúde do ex-piloto.
"Não podemos dizer que ele está fora de perigo, mas ganhamos tempo", disse o medico Jean-François Payen, acrescentando que "as próximas horas serão cruciais".
"Mas a família está consciente de que seu estado de saúde ainda é muito delicado e qualquer coisa pode acontecer".
'Chocados'Uma porta-voz da chanceler alemã, Angela Merkel, disse que ela e seu governo estavam, assim como milhões de alemães, "extremamente chocados" com o que aconteceu com Schumacher.
"Nós esperamos, juntamente com Michael Schumacher e sua família, que ele possa se recuperar dos ferimentos", disse o porta-voz.
Schumacher foi socorrido por dois patrulheiros do resort que chamaram um helicóptero para levá-lo ao hospital mais próximo, na cidade de Moutiers. Em estado grave, ele foi transferido para o Hospital Universitário de Grenoble.
Segundo o neurocirurgião Stephan Chabardes, o ex-piloto chegou a Grenoble em um estado agitado, com contorções incontroláveis, e piorou rapidamente.
Ele foi operado com urgência e ficou em estado crítico.
Schumacher ganhou sete títulos na Fórmula 1 e garantiu 91 vitórias ao longo dos 19 anos de carreira.
Ele se aposentou em 2006, mas voltou a competir três anos depois pela equipe Mercedes.
Após três temporadas, em que subiu ao pódio apenas uma vez, o alemão deixou as pistas definitivamente no ano passado.
BBC Brasil
notícias atuais sobre saúde, violência,justiça,cidadania,educação, cultura,direitos humanos,ecologia, variedades,comportamento
terça-feira, 31 de dezembro de 2013
terça-feira, 24 de dezembro de 2013
BOAS FESTAS E UM 2014 DE PAZ E AMOR
Desejamos a todos, amigos, seguidores um Natal maravilhoso e um Ano Novo de muita sorte, paz, felicidade e saúde...
Maria Célia e Carmen
Maria Célia e Carmen
sexta-feira, 20 de dezembro de 2013
Brasileiros adiam casamentos e divorciam-se mais cedo
Estatísticas de Registro Civil de 2012, divulgadas nesta sexta-feira pelo IBGE, mostram que homens e mulheres passaram a oficializar o matrimônio dois anos mais tarde ao longo da última década
Os casamentos no Brasil tornaram-se mais curtos ao longo da última década. Os dados apresentados na manhã desta sexta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) indicam que brasileiras e brasileiros casam-se mais tarde. Ao mesmo tempo, os divórcios passam a ocorrer após um período menor de oficialização da união. Os números das Estatísticas do Registro Civil de 2012 – estudo que compreende informações sobre nascimentos, óbitos, matrimônios e separações – servem para embasar políticas públicas de saúde e assistência social, e acabam também por expressar mudanças no comportamento da população e nos padrões de constituição de famílias ao longo do tempo.
De acordo com o instituto, em 2012 observou-se, em todas as unidades da federação, um aumento da faixa etária de homens e mulheres solteiros na data do casamento. As exceções nessa tendência são os Estados do Acre e do Amapá, nos quais as idades se mantêm estáveis desde 2002. De forma geral, no Brasil, ao longo da última década analisada, aumentou em dois anos a idade mediana dos solteiros que se casam. Entre os homens, passou de 26 para 28, entre 2002 e 2012. Já entre as mulheres, subiram de 23 para 25 anos. A “mediana” indica uma tendência, e representa a linha que separa a metade inferior da superior, no total da população estudada.
De acordo com o estudo, entre os fatores para esse adiamento do matrimônio estão as oportunidades educacionais e a procura por inserção no mercado de trabalho, especialmente dos mais jovens. A popularização da possibilidade de união consensual não formalizada também empurra para mais tarde a formalização dos casamentos. A taxa de nupcialidade – ou seja, de formalização do matrimônio – manteve-se estável em 2012, com 6,9 casamentos para cada 1.000 habitantes de 15 anos ou mais de idade. Foram registrados, no ano passado, 1.041.440 casamentos – 1,4% a mais que em 2011.
Divórcios – Depois de uma elevação acentuada no registro de divórcios, ocorrida em 2011, manteve-se estável a taxa de dissolução dos casamentos por esse mecanismo no país. No ano passado, houve 2,5 divórcios para cada 1.000 pessoas com 20 anos ou mais – a segunda maior taxa desde 2002, quando o índice foi de 1,2. Ao longo de 2012, foram realizados no país 341.600 divórcios, uma redução de 1,4% em relação ao ano anterior. A elevação nos últimos dois anos de pesquisa deu-se principalmente, em razão da aprovação da Emenda Constitucional 66, que alterou o artigo 226 da Constituição, extinguindo a necessidade de comprovação de um ano de separação de fato para que seja oficializado o divórcio. Ou seja, reduziu-se a interferência do Estado na vida privada dos casais.
Entre as unidades da federação, houve diferenças mais acentuadas no Distrito Federal (4,4%), em Rondônia (4%) e no Mato Grosso do Sul (4%), muito acima dos 2,5% da taxa nacional. Piauí e o Amapá tiveram as menores taxas – 1,3%, para ambos.
O estudo constatou que, em 2012, o tempo médio entre a oficialização do casamento e a concessão do divórcio passou de 17 anos, em 2007, para 15 anos, em 2012. A redução foi encontrada em todos os Estados. O IBGE também atribui essa mudança de comportamento à maior facilidade de oficializar a separação.
Entre 2007 e 2012, foi constatada ainda pequena elevação nas dissoluções de matrimônios em casais sem filhos: taxa que passou de 35,5% para 36,8%. Já entre os casais que tinham filhos maiores de idade houve uma inversão: de 15,1% para 23%, entre 2002 e 2007, e, no ano passado, um recuo para 20,3% do total de dissoluções. Entre os casais que se separaram e tinham apenas filhos menores de idade também houve uma mudança de comportamento. De 2002 a 2006, houve redução de 50,2% para 34,5%. E, em 2012, um aumento para 37%. Entre os casais que tinham filhos maiores e menores, a tendência, desde 2002, é de queda: 8,2% em 2002; 7% em 2017 e, no ano passado, 6%.
O grupo etário mais presente nos divórcios, entre as mulheres, é o de 30 a 49 anos. Os homens tendem a se divorciar mais velhos: a faixa que concentra a maior parte das separações é a dos 45 e 49 anos. Nos grupos mais jovens, até 34 anos, as mulheres têm taxas mais elevadas de divórcio que os homens. Já nos grupos acima de 35 anos, são os homens os que mais se separam.
Maternidade – Os registros de nascimento ao longo de 2012 confirmaram, mais uma vez, a tendência de redução da fecundidade no Brasil. Esse movimento foi identificado a partir de 1960, quando o Brasil tinha acima de seis filhos por mulher em idade fértil, para 1,9 filho, dado constatado no Censo de 2010. Diz o estudo: “Esta redução nos níveis de fecundidade nos últimos 50 anos é considerada a principal razão para a queda do ritmo de crescimento da população brasileira e fator primordial na mudança da estrutura etária populacional do país, a qual se apresenta mais envelhecida, em virtude da redução da quantidade de crianças e do aumento proporcional de idosos no seu conjunto”.
De forma geral, o que se dá no Brasil atualmente é uma redução do total de mães do grupo etário de 15 a 19 anos, com elevação dos porcentuais de nascimentos nos quais a mãe está no grupo entre 30 e 34 anos. As mães com idade acima de 30 anos estão concentradas principalmente nas regiões Sudeste e Sul.
As Estatísticas do Registro Civil também compreendem os óbitos. Mais uma tendência confirmada – e um dado preocupante para os gestores públicos – é o de causas externas de morte. No Brasil, as causas externas são o terceiro maior grupo de óbitos na população em geral, e o primeiro entre os jovens de 15 a 24 anos. As causas não naturais informadas são compostas principalmente por homicídios, acidentes de trânsito e suicídios, classificados pelo Ministério da Saúde como “mortes evitáveis”. Os Estados onde há maior concentração de mortes violentas no grupo de homens 15 a 24 anos são Sergipe (80,7% dos casos), Bahia (78,3%) e Alagoas (77,7%). Já entre as mulheres, as maiores concentrações de mortes por causas violentas foram observadas no Espírito Santo (47%) e no Tocantins (45,9%).
Veja
Os casamentos no Brasil tornaram-se mais curtos ao longo da última década. Os dados apresentados na manhã desta sexta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) indicam que brasileiras e brasileiros casam-se mais tarde. Ao mesmo tempo, os divórcios passam a ocorrer após um período menor de oficialização da união. Os números das Estatísticas do Registro Civil de 2012 – estudo que compreende informações sobre nascimentos, óbitos, matrimônios e separações – servem para embasar políticas públicas de saúde e assistência social, e acabam também por expressar mudanças no comportamento da população e nos padrões de constituição de famílias ao longo do tempo.
De acordo com o instituto, em 2012 observou-se, em todas as unidades da federação, um aumento da faixa etária de homens e mulheres solteiros na data do casamento. As exceções nessa tendência são os Estados do Acre e do Amapá, nos quais as idades se mantêm estáveis desde 2002. De forma geral, no Brasil, ao longo da última década analisada, aumentou em dois anos a idade mediana dos solteiros que se casam. Entre os homens, passou de 26 para 28, entre 2002 e 2012. Já entre as mulheres, subiram de 23 para 25 anos. A “mediana” indica uma tendência, e representa a linha que separa a metade inferior da superior, no total da população estudada.
De acordo com o estudo, entre os fatores para esse adiamento do matrimônio estão as oportunidades educacionais e a procura por inserção no mercado de trabalho, especialmente dos mais jovens. A popularização da possibilidade de união consensual não formalizada também empurra para mais tarde a formalização dos casamentos. A taxa de nupcialidade – ou seja, de formalização do matrimônio – manteve-se estável em 2012, com 6,9 casamentos para cada 1.000 habitantes de 15 anos ou mais de idade. Foram registrados, no ano passado, 1.041.440 casamentos – 1,4% a mais que em 2011.
Divórcios – Depois de uma elevação acentuada no registro de divórcios, ocorrida em 2011, manteve-se estável a taxa de dissolução dos casamentos por esse mecanismo no país. No ano passado, houve 2,5 divórcios para cada 1.000 pessoas com 20 anos ou mais – a segunda maior taxa desde 2002, quando o índice foi de 1,2. Ao longo de 2012, foram realizados no país 341.600 divórcios, uma redução de 1,4% em relação ao ano anterior. A elevação nos últimos dois anos de pesquisa deu-se principalmente, em razão da aprovação da Emenda Constitucional 66, que alterou o artigo 226 da Constituição, extinguindo a necessidade de comprovação de um ano de separação de fato para que seja oficializado o divórcio. Ou seja, reduziu-se a interferência do Estado na vida privada dos casais.
Entre as unidades da federação, houve diferenças mais acentuadas no Distrito Federal (4,4%), em Rondônia (4%) e no Mato Grosso do Sul (4%), muito acima dos 2,5% da taxa nacional. Piauí e o Amapá tiveram as menores taxas – 1,3%, para ambos.
O estudo constatou que, em 2012, o tempo médio entre a oficialização do casamento e a concessão do divórcio passou de 17 anos, em 2007, para 15 anos, em 2012. A redução foi encontrada em todos os Estados. O IBGE também atribui essa mudança de comportamento à maior facilidade de oficializar a separação.
Entre 2007 e 2012, foi constatada ainda pequena elevação nas dissoluções de matrimônios em casais sem filhos: taxa que passou de 35,5% para 36,8%. Já entre os casais que tinham filhos maiores de idade houve uma inversão: de 15,1% para 23%, entre 2002 e 2007, e, no ano passado, um recuo para 20,3% do total de dissoluções. Entre os casais que se separaram e tinham apenas filhos menores de idade também houve uma mudança de comportamento. De 2002 a 2006, houve redução de 50,2% para 34,5%. E, em 2012, um aumento para 37%. Entre os casais que tinham filhos maiores e menores, a tendência, desde 2002, é de queda: 8,2% em 2002; 7% em 2017 e, no ano passado, 6%.
O grupo etário mais presente nos divórcios, entre as mulheres, é o de 30 a 49 anos. Os homens tendem a se divorciar mais velhos: a faixa que concentra a maior parte das separações é a dos 45 e 49 anos. Nos grupos mais jovens, até 34 anos, as mulheres têm taxas mais elevadas de divórcio que os homens. Já nos grupos acima de 35 anos, são os homens os que mais se separam.
Maternidade – Os registros de nascimento ao longo de 2012 confirmaram, mais uma vez, a tendência de redução da fecundidade no Brasil. Esse movimento foi identificado a partir de 1960, quando o Brasil tinha acima de seis filhos por mulher em idade fértil, para 1,9 filho, dado constatado no Censo de 2010. Diz o estudo: “Esta redução nos níveis de fecundidade nos últimos 50 anos é considerada a principal razão para a queda do ritmo de crescimento da população brasileira e fator primordial na mudança da estrutura etária populacional do país, a qual se apresenta mais envelhecida, em virtude da redução da quantidade de crianças e do aumento proporcional de idosos no seu conjunto”.
De forma geral, o que se dá no Brasil atualmente é uma redução do total de mães do grupo etário de 15 a 19 anos, com elevação dos porcentuais de nascimentos nos quais a mãe está no grupo entre 30 e 34 anos. As mães com idade acima de 30 anos estão concentradas principalmente nas regiões Sudeste e Sul.
As Estatísticas do Registro Civil também compreendem os óbitos. Mais uma tendência confirmada – e um dado preocupante para os gestores públicos – é o de causas externas de morte. No Brasil, as causas externas são o terceiro maior grupo de óbitos na população em geral, e o primeiro entre os jovens de 15 a 24 anos. As causas não naturais informadas são compostas principalmente por homicídios, acidentes de trânsito e suicídios, classificados pelo Ministério da Saúde como “mortes evitáveis”. Os Estados onde há maior concentração de mortes violentas no grupo de homens 15 a 24 anos são Sergipe (80,7% dos casos), Bahia (78,3%) e Alagoas (77,7%). Já entre as mulheres, as maiores concentrações de mortes por causas violentas foram observadas no Espírito Santo (47%) e no Tocantins (45,9%).
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terça-feira, 17 de dezembro de 2013
No Dia da Pessoa com Deficiência Visual, especialista ressalta inclusão escolar como principal forma de garantir direitos
Desenvolver o ser humano por meio de inclusão. Essa é a principal forma para que pessoas com deficiência visual tenham uma vida considerada normal. A afirmação é da assessora de apoio à inclusão da Fundação Dorina Nowill para Cegos, Eliana Cunha. Que ressalta hoje, no Dia da Pessoa com Deficiência Visual, que a vida não acaba, mas se refaz. “Há dificuldades, mas a pessoa vai escrever a sua história e atingir as metas de uma outra forma. Nosso papel enquanto sociedade é garantir esses direitos para que todos tenham as mesmas oportunidades e garantias.”
De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a deficiência mais frequente entre a população brasileira é a visual. Cerca de 35 milhões de pessoas (18,8%) declararam ter dificuldade de enxergar, mesmo com óculos ou lentes de contato.
Para cumprir com esse dever social, a assessora da Fundação Dorina se apoia nas instituições de ensino como principal forma de garantir o direito à educação, previsto no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). “O espaço que mais precisa de investimento é o educacional em todos os níveis, desde a pré-escola até o nível universitário. Não se garante o direito ao estudo sem técnicas e maneiras corretas de educar e ensinar essas crianças e adolescentes.”
As maiores dificuldades para crianças deficientes visuais estão na aprendizagem. “O ser humano aprende observando, essa criança que não enxerga tem que receber ajuda específica de todas as pessoas à sua volta para mostrar o mundo através de sons e tato.” Em relação às diferenças entre crianças e adultos cegos, Eliana explica que um constrói um mundo sem a visão, enquanto o outro reconstrói. “As crianças precisam se desenvolver e aprender sem a visão. Já quem deixa de enxergar na fase adulta, lida com perda e readequação à sua maneira de ver sem os olhos.”
Concretizar na rotina escolar o que foi estabelecido por lei é um dos grandes desafios da atualidade. Com as políticas de inclusão estabelecidas recentemente, há maior procura das escolas para se prepararem e se adequarem. Porém, ainda há uma grande defasagem daquilo que é necessário em relação aos recursos disponíveis. “Na escola especificamente existe movimentação de busca por recursos humanos, de inclusão. Estamos longe de alcançar a devida inclusão de fato, mas já demos o primeiro passo.”
Acessibilidade e capacitação
Os depoimentos mais recorrentes de alunos com deficiência visual e de suas famílias baseiam-se na falta. Como ausência de qualificação por parte dos professores e falta ou insuficiência de materiais adaptados e acessíveis que possibilitem um desempenho escolar adequado. Outro ponto são os ambientes pouco permeados com atitudes que realmente favoreçam a verdadeira inclusão.
Ao mesmo tempo, relata Eliana, as declarações dos educadores são cada vez mais em tons de súplica de que não sabem o que fazer e como desempenhar seus papéis para contemplar a todos em sala de aula. “Não nos parece suficiente apenas a legislação e a ‘boa vontade’ para haver a verdadeira inclusão escolar. Cada educador e cada escola precisa buscar a capacitação e adaptações curriculares, adquirir material escolar acessível como parte fundamental do processo. A escola deve garantir um ambiente acolhedor, onde o respeito à dignidade do ser humano não seja apenas discutido, mas exercitado por toda a comunidade escolar.”
A assessora destaca ainda o sistema braille de escrita e leitura como fundamental para qualquer criança que não enxerga. “O braille é tão essencial como a caneta e o papel são para crianças que enxergam. Esse tipo de comunicação garante o processo de formação e desenvolvimento de conceitos.” Eliana afirma que uma pessoa que enxerga pode aprender o sistema braille em 20 horas de aula. “Então não é tão difícil assim o professor se adaptar”.
Nova tecnologia
Além dos livros, há novos recursos e tecnologias disponíveis como importantes meios de comunicação, que facilitam e aproximam as pessoas com deficiência visual. Softwares e aplicativos para tablets e smartphones vêm sendo adaptados e desenvolvidos nos últimos anos, desde leitores óticos que identificam produtos e preços em mercados, até um aplicativo que está sendo desenvolvido por pesquisadores e estudantes da Universidade de Stanford, com uma posição dinâmica das teclas, que seguirão os dedos dos usuários.
Em outubro de 2013, o Laboratório de Inovação Cientifica do Instituto Federal do Ceará apresentou o Portáctil, projeto que tem como slogan “O mundo em braille”. O equipamento cria a possibilidade de ler por meio do tato qualquer obra escrita. Basta que o usuário capture, por meio de um tablet, o que for ler e o sistema transfere o conteúdo para um navegador que tem três células braille e permite ao deficiente visual o entendimento do texto.
Outra forma de apoio vem de entidades como a Fundação Dorina, que oferece um aporte para que qualquer e todo tipo de pessoa possa ser orientada para que os espaços sejam inclusivos de fato. “Os recursos são importantes, mas a sensibilidade e as atitudes da sociedade é que vão garantir a inclusão”, reforça Eliana.
promenino
De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a deficiência mais frequente entre a população brasileira é a visual. Cerca de 35 milhões de pessoas (18,8%) declararam ter dificuldade de enxergar, mesmo com óculos ou lentes de contato.
Para cumprir com esse dever social, a assessora da Fundação Dorina se apoia nas instituições de ensino como principal forma de garantir o direito à educação, previsto no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). “O espaço que mais precisa de investimento é o educacional em todos os níveis, desde a pré-escola até o nível universitário. Não se garante o direito ao estudo sem técnicas e maneiras corretas de educar e ensinar essas crianças e adolescentes.”
As maiores dificuldades para crianças deficientes visuais estão na aprendizagem. “O ser humano aprende observando, essa criança que não enxerga tem que receber ajuda específica de todas as pessoas à sua volta para mostrar o mundo através de sons e tato.” Em relação às diferenças entre crianças e adultos cegos, Eliana explica que um constrói um mundo sem a visão, enquanto o outro reconstrói. “As crianças precisam se desenvolver e aprender sem a visão. Já quem deixa de enxergar na fase adulta, lida com perda e readequação à sua maneira de ver sem os olhos.”
Concretizar na rotina escolar o que foi estabelecido por lei é um dos grandes desafios da atualidade. Com as políticas de inclusão estabelecidas recentemente, há maior procura das escolas para se prepararem e se adequarem. Porém, ainda há uma grande defasagem daquilo que é necessário em relação aos recursos disponíveis. “Na escola especificamente existe movimentação de busca por recursos humanos, de inclusão. Estamos longe de alcançar a devida inclusão de fato, mas já demos o primeiro passo.”
Acessibilidade e capacitação
Os depoimentos mais recorrentes de alunos com deficiência visual e de suas famílias baseiam-se na falta. Como ausência de qualificação por parte dos professores e falta ou insuficiência de materiais adaptados e acessíveis que possibilitem um desempenho escolar adequado. Outro ponto são os ambientes pouco permeados com atitudes que realmente favoreçam a verdadeira inclusão.
Ao mesmo tempo, relata Eliana, as declarações dos educadores são cada vez mais em tons de súplica de que não sabem o que fazer e como desempenhar seus papéis para contemplar a todos em sala de aula. “Não nos parece suficiente apenas a legislação e a ‘boa vontade’ para haver a verdadeira inclusão escolar. Cada educador e cada escola precisa buscar a capacitação e adaptações curriculares, adquirir material escolar acessível como parte fundamental do processo. A escola deve garantir um ambiente acolhedor, onde o respeito à dignidade do ser humano não seja apenas discutido, mas exercitado por toda a comunidade escolar.”
A assessora destaca ainda o sistema braille de escrita e leitura como fundamental para qualquer criança que não enxerga. “O braille é tão essencial como a caneta e o papel são para crianças que enxergam. Esse tipo de comunicação garante o processo de formação e desenvolvimento de conceitos.” Eliana afirma que uma pessoa que enxerga pode aprender o sistema braille em 20 horas de aula. “Então não é tão difícil assim o professor se adaptar”.
Nova tecnologia
Além dos livros, há novos recursos e tecnologias disponíveis como importantes meios de comunicação, que facilitam e aproximam as pessoas com deficiência visual. Softwares e aplicativos para tablets e smartphones vêm sendo adaptados e desenvolvidos nos últimos anos, desde leitores óticos que identificam produtos e preços em mercados, até um aplicativo que está sendo desenvolvido por pesquisadores e estudantes da Universidade de Stanford, com uma posição dinâmica das teclas, que seguirão os dedos dos usuários.
Em outubro de 2013, o Laboratório de Inovação Cientifica do Instituto Federal do Ceará apresentou o Portáctil, projeto que tem como slogan “O mundo em braille”. O equipamento cria a possibilidade de ler por meio do tato qualquer obra escrita. Basta que o usuário capture, por meio de um tablet, o que for ler e o sistema transfere o conteúdo para um navegador que tem três células braille e permite ao deficiente visual o entendimento do texto.
Outra forma de apoio vem de entidades como a Fundação Dorina, que oferece um aporte para que qualquer e todo tipo de pessoa possa ser orientada para que os espaços sejam inclusivos de fato. “Os recursos são importantes, mas a sensibilidade e as atitudes da sociedade é que vão garantir a inclusão”, reforça Eliana.
promenino
sábado, 14 de dezembro de 2013
Morte de adolescente dentro de escola revolta pais no Rio
Os pais do menor acusam a escola por negligência e omissão de socorro
A polícia investiga a morte de Renato da Silva Alves, de 12 anos, em escola municipal no bairro do Cachambi, na zona norte do Rio de Janeiro. Os pais do menor acusam a escola por negligência e omissão de socorro.
Segundo a instituição, Renato caiu na escola e morreu. Os pais dizem que houve demora no atendimento dele e que, quando chegaram no hospital, o filho já estava morto.
Para a mãe de Renato, Francisca da Chagas Silva, a morte do filho é suspeita.
— Uma morte suspeita porque meu filho saiu daqui bem, ninguém me falou o que aconteceu, demoraram muito socorrer meu filho. Quando eu cheguei no hospital meu filho já estava morto. Eu não aguento mais, eu sofro muito pelo meu filho.
O pai do adolescente, Manoel Messias da Silva, disse que a escola não deu uma explicação plausível para o acidente.
— A direção da escola não soube explicar nada para a gente. Falaram que não viram meu filho cair lá na hora, não levaram a gente no local para mostrar onde o nosso filho caiu. Não souberam explicar nada.
O atestado de óbito da vítima é inconclusivo e foram pedidos mais exames para conhecer o motivo da morte. A família não descarta a possibilidade de ter ocorrido um crime dentro da escola.
O caso é investigado pela polícia que também trabalha com a possibilidade dele ter sido jogado do prédio da escola.
Renato era o filho mais velho do casal. Além dos pais, os irmãos também estão abalados com a perda. Ele iria completar 13 anos no final do mês.
R7
sexta-feira, 13 de dezembro de 2013
Ministério das Relações Exteriores: Tragam a Sofia e a Vitoria de volta ao Brasil
Por Elizabeth Jesumary Gonçalves São Paulo
Sofia e Vitoria estão há mais de 10 dias refugiadas na Embaixada do Brasil na Noruega. Nós estamos tentando desesperadamente conseguir apoio do Itarmaraty para trazê-las de volta ao Brasil. Sofia tem apenas 3 anos de idade e o governo quer entregá-la para adoção! Isso aconteceu depois que a minha irmã Vitoria, mãe de Sofia, se separou do pai e a justiça norueguesa decidiu que Vitoria não teria condições de criar a filha.
Para evitar que sua filha fosse entregue à outra família, Vitoria se refugiou na Embaixada do Brasil em Oslo, capital da Noruega. Nós da família de Sofia e Vitoria estamos desesperados buscando ajuda das autoridades brasileiras para conseguir que Vitoria e Sofia retornem ao Brasil, o que inclusive, já foi autorizado pelo pai de Sofia.
É um absurdo o governo norueguês entregar para adoção uma menina saudável e amada que tem uma família esperando para tê-la novamente conosco. Nós temos condições de dar apoio às duas, não há motivo para não trazê-las de volta ao Brasil.Por favor, ajude nossa família a trazer a Vitoria e Sofia de volta!!
Sofia e Vitoria estão há mais de 10 dias refugiadas na Embaixada do Brasil na Noruega. Nós estamos tentando desesperadamente conseguir apoio do Itarmaraty para trazê-las de volta ao Brasil. Sofia tem apenas 3 anos de idade e o governo quer entregá-la para adoção! Isso aconteceu depois que a minha irmã Vitoria, mãe de Sofia, se separou do pai e a justiça norueguesa decidiu que Vitoria não teria condições de criar a filha.
Para evitar que sua filha fosse entregue à outra família, Vitoria se refugiou na Embaixada do Brasil em Oslo, capital da Noruega. Nós da família de Sofia e Vitoria estamos desesperados buscando ajuda das autoridades brasileiras para conseguir que Vitoria e Sofia retornem ao Brasil, o que inclusive, já foi autorizado pelo pai de Sofia.
É um absurdo o governo norueguês entregar para adoção uma menina saudável e amada que tem uma família esperando para tê-la novamente conosco. Nós temos condições de dar apoio às duas, não há motivo para não trazê-las de volta ao Brasil.Por favor, ajude nossa família a trazer a Vitoria e Sofia de volta!!
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segunda-feira, 9 de dezembro de 2013
Mulher se mata após escrever SMS para amante e enviá-lo acidentalmente para o marido
Uma policial cometeu suicídio depois de escrever uma mensagem de texto para seu amante e enviá-la ao marido. O caso ocorreu depois que ela agradecia ao homem pela noite anterior que lhe proporcionara.
Gail Crocker, de 46 anos, conheceu um colega também da polícia. Ela aproveitou que o marido, Peter, de 49 anos, estava longe de casa e realizou o encontro.
Mãe de dois filhos, a mulher escreveu um SMS para o amante dizendo: “Obrigada por uma noite maravilhosa. Espero que possamos fazer isso mais vezes”.
Acidentalmente ela acabou enviando a mensagem para o seu marido. Gail pediu desculpas pela traição, e se disse completamente arrependida. Ela ainda mencionou que seria a primeira vez que tinha feito algo do tipo.
O marido, completamente indignado, não conseguiu dormir durante a noite. Ele acabou quebrando o celular no momento de raiva. Ao chegar em casa no dia seguinte, sua mulher não estava na residência.
Amigos do casal viram o carro da mulher num estacionamento próximo, e chamaram o marido. Ele encontrou o corpo da esposa no porta-malas do veículo, ao lado de um frasco vazio de comprimidos. Gail também deixou cartas de suicídio escritas para a filha Chloe, de 22 anos, e Gemma, de 25 anos.
O marido estava completamente chocado. “Ela era a minha vida. Tínhamos planos. Nada poderia fazer com que ela tirasse sua vida. Estou perdido sem ela”, comentou Peter.
Fonte: Daily Mail via Techmestre
Nação Jurídica
Gail Crocker, de 46 anos, conheceu um colega também da polícia. Ela aproveitou que o marido, Peter, de 49 anos, estava longe de casa e realizou o encontro.
Mãe de dois filhos, a mulher escreveu um SMS para o amante dizendo: “Obrigada por uma noite maravilhosa. Espero que possamos fazer isso mais vezes”.
Acidentalmente ela acabou enviando a mensagem para o seu marido. Gail pediu desculpas pela traição, e se disse completamente arrependida. Ela ainda mencionou que seria a primeira vez que tinha feito algo do tipo.
O marido, completamente indignado, não conseguiu dormir durante a noite. Ele acabou quebrando o celular no momento de raiva. Ao chegar em casa no dia seguinte, sua mulher não estava na residência.
Amigos do casal viram o carro da mulher num estacionamento próximo, e chamaram o marido. Ele encontrou o corpo da esposa no porta-malas do veículo, ao lado de um frasco vazio de comprimidos. Gail também deixou cartas de suicídio escritas para a filha Chloe, de 22 anos, e Gemma, de 25 anos.
O marido estava completamente chocado. “Ela era a minha vida. Tínhamos planos. Nada poderia fazer com que ela tirasse sua vida. Estou perdido sem ela”, comentou Peter.
Fonte: Daily Mail via Techmestre
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quinta-feira, 5 de dezembro de 2013
Morre Nelson Mandela, aos 95 anos
Símbolo da luta contra o apartheid sofria de uma infecção pulmonar
Notícia foi lida pelo presidente da África do Sul, Jacob Zuma, em comunicado televisionado
RIO - O maior símbolo da luta contra o apartheid na África do Sul e Prêmio Nobel da Paz por seus esforços contra o racismo morreu nesta quinta-feira. Nelson Mandela tinha 95 anos, sofria de uma grave infecção respiratória e estava sendo mantido em sua casa em Johannesburgo sob cuidados médicos. Ele esteve hospitalizado de 8 de junho a 1º de setembro com um quadro de infecção pulmonar e outras complicações. Dois dias antes da morte, a filha mais velha, Makaziwe Mandela, afirmou qye o ex-presidente da África do Sul permanecia “muito forte e valente”, mesmo estando em seu leito de morte.
- Nosso amado Nelson Rolihlahla Mandela, o presidente fundador da nossa nação democrática, partiu. Ele morreu tranquilamente, na companhia de sua família, em torno de 20h50 do dia 5 de dezembro de 2013. Ele agora está descansando. Ele agora está em paz - disse o presidente da África do Sul, Jacob Zuma, em um pronunciamento televisionado nesta quinta-feira. - Nossa nação perdeu seu maior filho. Nosso povo perdeu um pai. Embora soubéssemos que esse dia chegaria, nada pode diminuir nossa sensação de uma perda profunda e duradoura.
Foi a quarta internação do líder desde dezembro. Antes de ir para casa, ele foi tratado no hospital civil Mediclinic Heart, diferentemente de outras vezes quando esteve em centros médicos militares. Após dias de um quadro clínico grave, porém estável, o sul-africanos começaram a aceitar a ideia de perdê-lo.
- Nossos pensamentos e orações estão com a família Mandela. Temos uma dívida de gratidão com eles. Eles se sacrificaram muito e sofreram muito para que nosso povo pudesse ser livre. Nossos pensamentos estão com seus amigos, companheiros e colegas que lutaram ao lado de Madiba, ao longo de uma vida inteira de luta. Nossos pensamentos estão com o povo sul-africano, que chora hoje a perda de uma pessoa que, mais que qualquer outra, encarnou o sentido de uma nacionalidade comum - afirmou Zuma.
Mandela passou 27 anos em três prisões diferentes durante o regime racista branco e contraiu tuberculose no cárcere. A maior parte desse período, passou em Robben Island, na costa da Cidade do Cabo, onde ele e outros prisioneiros trabalhavam em uma pedreira. Foi libertado em 1990 e se tornou o primeiro presidente negro da África do Sul em 1994.
O ativista deixou o cargo de chefe de Estado em 1999, após um mandato, e se afastou da vida política há uma década. Sua última aparição em público foi na final da Copa do Mundo de futebol em Johanesburgo, em 2010.
O GLOBO
Notícia foi lida pelo presidente da África do Sul, Jacob Zuma, em comunicado televisionado
RIO - O maior símbolo da luta contra o apartheid na África do Sul e Prêmio Nobel da Paz por seus esforços contra o racismo morreu nesta quinta-feira. Nelson Mandela tinha 95 anos, sofria de uma grave infecção respiratória e estava sendo mantido em sua casa em Johannesburgo sob cuidados médicos. Ele esteve hospitalizado de 8 de junho a 1º de setembro com um quadro de infecção pulmonar e outras complicações. Dois dias antes da morte, a filha mais velha, Makaziwe Mandela, afirmou qye o ex-presidente da África do Sul permanecia “muito forte e valente”, mesmo estando em seu leito de morte.
- Nosso amado Nelson Rolihlahla Mandela, o presidente fundador da nossa nação democrática, partiu. Ele morreu tranquilamente, na companhia de sua família, em torno de 20h50 do dia 5 de dezembro de 2013. Ele agora está descansando. Ele agora está em paz - disse o presidente da África do Sul, Jacob Zuma, em um pronunciamento televisionado nesta quinta-feira. - Nossa nação perdeu seu maior filho. Nosso povo perdeu um pai. Embora soubéssemos que esse dia chegaria, nada pode diminuir nossa sensação de uma perda profunda e duradoura.
Foi a quarta internação do líder desde dezembro. Antes de ir para casa, ele foi tratado no hospital civil Mediclinic Heart, diferentemente de outras vezes quando esteve em centros médicos militares. Após dias de um quadro clínico grave, porém estável, o sul-africanos começaram a aceitar a ideia de perdê-lo.
- Nossos pensamentos e orações estão com a família Mandela. Temos uma dívida de gratidão com eles. Eles se sacrificaram muito e sofreram muito para que nosso povo pudesse ser livre. Nossos pensamentos estão com seus amigos, companheiros e colegas que lutaram ao lado de Madiba, ao longo de uma vida inteira de luta. Nossos pensamentos estão com o povo sul-africano, que chora hoje a perda de uma pessoa que, mais que qualquer outra, encarnou o sentido de uma nacionalidade comum - afirmou Zuma.
Mandela passou 27 anos em três prisões diferentes durante o regime racista branco e contraiu tuberculose no cárcere. A maior parte desse período, passou em Robben Island, na costa da Cidade do Cabo, onde ele e outros prisioneiros trabalhavam em uma pedreira. Foi libertado em 1990 e se tornou o primeiro presidente negro da África do Sul em 1994.
O ativista deixou o cargo de chefe de Estado em 1999, após um mandato, e se afastou da vida política há uma década. Sua última aparição em público foi na final da Copa do Mundo de futebol em Johanesburgo, em 2010.
O GLOBO
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Desaparecimento de Joaquim completa um mês e população marca ato para cobrar punição
Padrasto é apontado como principal suspeito pelo crime; ele e mãe do menino estão presos
No dia em que o desaparecimento do menino Joaquim completa um mês, uma manifestação está prevista para acontecer em frente à casa onde a criança morava, em Ribeirão Preto, no interior de São Paulo. O ato, que também está sendo divulgado via rede social, foi marcado para às 18h desta quinta-feira (5).
O caso provocou comoção e revolta. Desde que se tornou público, a população tem realizado protestos, incluindo, na porta da delegacia em que a investigação é realizada. O imóvel da família se tornou ponto de homenagens à vítima. Em diferentes momentos, cartazes foram colocados no portão da residência.
No Facebook, páginas foram criadas para acompanhar os desdobramentos da apuração da polícia e para cobrar justiça. Uma delas conta com quase 45 mil adesões.
Os internautas também criaram uma petição virtual. O abaixo-assinado pede “um Código Penal mais rigoroso” e “condenações mais severas para assassinos e criminosos em geral”. O objetivo, segundo o autor da ideia, é inibir a criminalidade.
A indignação que o assassinato do menino causou fica ainda mais explícita em uma das reivindicações da petição: o autor sugere “prisão perpétua para crimes hediondos”. Até às 19h30 desta quarta-feira (4), a iniciativa contava com o apoio de 941 pessoas.
“Queremos penas maiores, que sejam cumpridas 100% do tempo em que o réu for condenado. Sem diminuição por bom comportamento, sem regalias. Prisão perpétua para crimes hediondos. Mudança nas leis brasileiras urgente! Queremos justiça para todos os crimes e em especial para o que esta deixando o Brasil no momento abalado: Joaquim Ponte Marques”.
O abaixo-assinado está sendo replicado em comunidades e perfis da rede social. Em uma postagem, feita para divulgar a petição, os internautas são chamados a participar: “Já opinamos, agora vamos agir! Assinem!”
Investigação
O principal suspeito pela morte do garoto é o padrasto dele, o técnico em informática Guilherme Longo. Longo e a mãe de Joaquim, a psicóloga Natália Mingoni, tiveram a prisão temporária decretada no último domingo (10), mesmo dia em que o corpo do menino, que tinha três anos, foi localizado por pescadores boiando no rio Pardo, em Barretos, interior de São Paulo.
Uma das hipóteses cogitadas é de que a vítima tenha morrido em razão de uma dose excessiva de insulina — Joaquim era diabético. A polícia aguarda laudos do IML (Instituto Médico Legal) e da Polícia Científica. O que já está confirmado é que a criança foi atirada no rio sem vida, porque não havia água nos pulmões dela.
Na versão dos dois suspeitos, o garoto sumiu do quarto durante a madrugada da última terça-feira (5), em Ribeirão Preto, cidade vizinha de Barretos. No mesmo cômodo, dormia um bebê de quatro meses, filho do casal.
O padrasto foi levado para a Delegacia Seccional de Barretos. Já a psicóloga está na Cadeia Feminina de Franca.
R7
No dia em que o desaparecimento do menino Joaquim completa um mês, uma manifestação está prevista para acontecer em frente à casa onde a criança morava, em Ribeirão Preto, no interior de São Paulo. O ato, que também está sendo divulgado via rede social, foi marcado para às 18h desta quinta-feira (5).
O caso provocou comoção e revolta. Desde que se tornou público, a população tem realizado protestos, incluindo, na porta da delegacia em que a investigação é realizada. O imóvel da família se tornou ponto de homenagens à vítima. Em diferentes momentos, cartazes foram colocados no portão da residência.
No Facebook, páginas foram criadas para acompanhar os desdobramentos da apuração da polícia e para cobrar justiça. Uma delas conta com quase 45 mil adesões.
Os internautas também criaram uma petição virtual. O abaixo-assinado pede “um Código Penal mais rigoroso” e “condenações mais severas para assassinos e criminosos em geral”. O objetivo, segundo o autor da ideia, é inibir a criminalidade.
A indignação que o assassinato do menino causou fica ainda mais explícita em uma das reivindicações da petição: o autor sugere “prisão perpétua para crimes hediondos”. Até às 19h30 desta quarta-feira (4), a iniciativa contava com o apoio de 941 pessoas.
“Queremos penas maiores, que sejam cumpridas 100% do tempo em que o réu for condenado. Sem diminuição por bom comportamento, sem regalias. Prisão perpétua para crimes hediondos. Mudança nas leis brasileiras urgente! Queremos justiça para todos os crimes e em especial para o que esta deixando o Brasil no momento abalado: Joaquim Ponte Marques”.
O abaixo-assinado está sendo replicado em comunidades e perfis da rede social. Em uma postagem, feita para divulgar a petição, os internautas são chamados a participar: “Já opinamos, agora vamos agir! Assinem!”
Investigação
O principal suspeito pela morte do garoto é o padrasto dele, o técnico em informática Guilherme Longo. Longo e a mãe de Joaquim, a psicóloga Natália Mingoni, tiveram a prisão temporária decretada no último domingo (10), mesmo dia em que o corpo do menino, que tinha três anos, foi localizado por pescadores boiando no rio Pardo, em Barretos, interior de São Paulo.
Uma das hipóteses cogitadas é de que a vítima tenha morrido em razão de uma dose excessiva de insulina — Joaquim era diabético. A polícia aguarda laudos do IML (Instituto Médico Legal) e da Polícia Científica. O que já está confirmado é que a criança foi atirada no rio sem vida, porque não havia água nos pulmões dela.
Na versão dos dois suspeitos, o garoto sumiu do quarto durante a madrugada da última terça-feira (5), em Ribeirão Preto, cidade vizinha de Barretos. No mesmo cômodo, dormia um bebê de quatro meses, filho do casal.
O padrasto foi levado para a Delegacia Seccional de Barretos. Já a psicóloga está na Cadeia Feminina de Franca.
R7
terça-feira, 3 de dezembro de 2013
A ONU e as pessoas com deficiência
Cerca de 10% da população mundial, aproximadamente 650 milhões de pessoas, vivem com uma deficiência.
São a maior minoria do mundo, e cerca de 80% dessas pessoas vivem em países em desenvolvimento. Entre as pessoas mais pobres do mundo, 20% têm algum tipo de deficiência. Mulheres e meninas com deficiência são particularmente vulneráveis a abusos. Pessoas com deficiência são mais propensas a serem vítimas de violência ou estupro, e têm menor probabilidade de obter ajuda da polícia, a proteção jurídica ou cuidados preventivos. Cerca de 30% dos meninos ou meninas de rua têm algum tipo de deficiência, e nos países em desenvolvimento, 90% das crianças com deficiência não frequentam a escola.
No mundo desenvolvido, um levantamento realizado nos Estados Unidos em 2004 descobriu que apenas 35% das pessoas economicamente ativas portadoras de deficiência estão em atividade de fato – em comparação com 78% das pessoas sem deficiência. Em um estudo realizado em 2003 pela Universidade de Rutgers (EUA), um terço dos empregadores entrevistados disseram que acreditam que pessoas com deficiência não podem efetivamente realizar as tarefas do trabalho exigido. O segundo motivo mais comum para a não contratação de pessoas com deficiência foi o medo do custo de instalações especiais.
As necessidades e os direitos das pessoas com deficiência têm sido uma prioridade na agenda das Nações Unidas durante pelo menos três décadas. Mais recentemente, após anos de esforços, a Convenção das Nações Unidas sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência e seu Protocolo Facultativo foi adotada em 2006 e entrou em vigor em 3 de maio de 2008.
A “UN Enable” – que reúne o Secretariado da Convenção e dá voz ao compromisso das Nações Unidas de defender os direitos e a dignidade das pessoas com deficiência – descreve o documento como um marco para uma mudança de paradigma, deixando de lado o fato de as pessoas com deficiência serem vistas como objetos de caridade, para visualizá-las como portadoras de direitos. E como tal, são capazes de reivindicar os direitos e a tomada de decisões para as suas vidas com base em seu consentimento livre e esclarecido, bem como de serem membros ativos da sociedade.
“Pessoas com deficiência têm o direito …
ao respeito pela sua dignidade humana …
aos mesmos direitos fundamentais que os concidadãos …
a direitos civis e políticos iguais aos de outros seres humanos …
a medidas destinadas a permitir-lhes a ser o mais autossuficientes possível …
a tratamento médico, psicológico e funcional [e]
a desenvolver suas capacidades e habilidades ao máximo [e]
apressar o processo de sua integração ou reintegração social …
à segurança econômica e social e a um nível de vida decente …
de acordo com suas capacidades, a obter e manter o emprego ou se engajar em uma ocupação útil, produtiva e remunerada e se filiar a sindicatos [e] a ter suas necessidades especiais levadas em consideração em todas as etapas do planejamento econômico e social …
a viver com suas famílias ou com pais adotivos e a participar de todas as atividades criativas, recreativas e sociais [e não] serem submetidas, em relação à sua residência, a tratamento diferencial, além daquele exigido pela sua condição …
[a] serem protegidas contra toda exploração, todos os regulamentos e todo tratamento abusivo, degradante ou de natureza discriminatória …
[e] a beneficiarem-se de assistência legal qualificada quando tal assistência for indispensável para a própria proteção ou de seus bens … “
da Declaração sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, proclamada pela Assembleia Geral da ONU em 9 de dezembro de 1975
A Convenção, de acordo com a ONU, é um instrumento de direitos humanos, com explícita dimensão de desenvolvimento social. Ela reafirma que todas as pessoas com todos os tipos de deficiência devem gozar de todos os direitos humanos e liberdades fundamentais – e esclarece exatamente como as categorias de direitos devem ser aplicadas. Além disso, identifica especificamente áreas onde adaptações precisam ser feitas para permitir às pessoas com deficiência que exerçam efetivamente seus direitos, bem como áreas onde seus direitos foram violados e onde a proteção de seus direitos deve ser reforçada.
Em comunicado elogiando a entrada em vigor da Convenção, o Secretário-Geral da ONU, Ban Ki-moon, apelou a um esforço conjunto para traduzir sua visão em realidade e resolver “as desigualdades gritantes experimentadas por pessoas com deficiência”. A ONU continua seus esforços para esse fim.
O Dia Internacional das Pessoas com Deficiência é celebrado todos os anos em 3 de dezembro.
ONUBR
São a maior minoria do mundo, e cerca de 80% dessas pessoas vivem em países em desenvolvimento. Entre as pessoas mais pobres do mundo, 20% têm algum tipo de deficiência. Mulheres e meninas com deficiência são particularmente vulneráveis a abusos. Pessoas com deficiência são mais propensas a serem vítimas de violência ou estupro, e têm menor probabilidade de obter ajuda da polícia, a proteção jurídica ou cuidados preventivos. Cerca de 30% dos meninos ou meninas de rua têm algum tipo de deficiência, e nos países em desenvolvimento, 90% das crianças com deficiência não frequentam a escola.
No mundo desenvolvido, um levantamento realizado nos Estados Unidos em 2004 descobriu que apenas 35% das pessoas economicamente ativas portadoras de deficiência estão em atividade de fato – em comparação com 78% das pessoas sem deficiência. Em um estudo realizado em 2003 pela Universidade de Rutgers (EUA), um terço dos empregadores entrevistados disseram que acreditam que pessoas com deficiência não podem efetivamente realizar as tarefas do trabalho exigido. O segundo motivo mais comum para a não contratação de pessoas com deficiência foi o medo do custo de instalações especiais.
As necessidades e os direitos das pessoas com deficiência têm sido uma prioridade na agenda das Nações Unidas durante pelo menos três décadas. Mais recentemente, após anos de esforços, a Convenção das Nações Unidas sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência e seu Protocolo Facultativo foi adotada em 2006 e entrou em vigor em 3 de maio de 2008.
A “UN Enable” – que reúne o Secretariado da Convenção e dá voz ao compromisso das Nações Unidas de defender os direitos e a dignidade das pessoas com deficiência – descreve o documento como um marco para uma mudança de paradigma, deixando de lado o fato de as pessoas com deficiência serem vistas como objetos de caridade, para visualizá-las como portadoras de direitos. E como tal, são capazes de reivindicar os direitos e a tomada de decisões para as suas vidas com base em seu consentimento livre e esclarecido, bem como de serem membros ativos da sociedade.
“Pessoas com deficiência têm o direito …
ao respeito pela sua dignidade humana …
aos mesmos direitos fundamentais que os concidadãos …
a direitos civis e políticos iguais aos de outros seres humanos …
a medidas destinadas a permitir-lhes a ser o mais autossuficientes possível …
a tratamento médico, psicológico e funcional [e]
a desenvolver suas capacidades e habilidades ao máximo [e]
apressar o processo de sua integração ou reintegração social …
à segurança econômica e social e a um nível de vida decente …
de acordo com suas capacidades, a obter e manter o emprego ou se engajar em uma ocupação útil, produtiva e remunerada e se filiar a sindicatos [e] a ter suas necessidades especiais levadas em consideração em todas as etapas do planejamento econômico e social …
a viver com suas famílias ou com pais adotivos e a participar de todas as atividades criativas, recreativas e sociais [e não] serem submetidas, em relação à sua residência, a tratamento diferencial, além daquele exigido pela sua condição …
[a] serem protegidas contra toda exploração, todos os regulamentos e todo tratamento abusivo, degradante ou de natureza discriminatória …
[e] a beneficiarem-se de assistência legal qualificada quando tal assistência for indispensável para a própria proteção ou de seus bens … “
da Declaração sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, proclamada pela Assembleia Geral da ONU em 9 de dezembro de 1975
A Convenção, de acordo com a ONU, é um instrumento de direitos humanos, com explícita dimensão de desenvolvimento social. Ela reafirma que todas as pessoas com todos os tipos de deficiência devem gozar de todos os direitos humanos e liberdades fundamentais – e esclarece exatamente como as categorias de direitos devem ser aplicadas. Além disso, identifica especificamente áreas onde adaptações precisam ser feitas para permitir às pessoas com deficiência que exerçam efetivamente seus direitos, bem como áreas onde seus direitos foram violados e onde a proteção de seus direitos deve ser reforçada.
Em comunicado elogiando a entrada em vigor da Convenção, o Secretário-Geral da ONU, Ban Ki-moon, apelou a um esforço conjunto para traduzir sua visão em realidade e resolver “as desigualdades gritantes experimentadas por pessoas com deficiência”. A ONU continua seus esforços para esse fim.
O Dia Internacional das Pessoas com Deficiência é celebrado todos os anos em 3 de dezembro.
ONUBR
domingo, 1 de dezembro de 2013
1º de dezembro é o Dia Mundial de Combate à Aids
1º de dezembro, marca o Dia Mundial de Combate à Aids. A Unidade Sanitária - Programa DST/Aids programou ações educativas em estabelecimentos de ensino e empresas para orientar e sensibilizar a população em geral.
Nesta sexta (29), pela manhã e à tarde, foi feita panfletagem e distribuição de preservativos na sede da prefeitura. A atividade também será feita na saída e entrada de turno da empresa Tupy, e será realizada conversa com turmas do Colégio Elias Moreira. Com alunos do ensino fundamental da Sociesc está agendado um encontro no dia 3 de dezembro.
Os postos de saúde do município foram decorados a fim de divulgar a campanha para a comunidade. A melhor decoração será premiada com um café para toda equipe envolvida.
Dados desde 2007
De acordo com a Vigilância Epidemiológica e Unidade Sanitária, da Vigilância em Saúde, da Secretaria de Saúde, desde 2007 até agora, num estudo que recebe o nome de série histórica, foram notificados 1229 casos de Aids em residentes no município. A pessoa com Aids é aquela que vive com o vírus do HIV e apresenta sinais e sintomas, enquanto a pessoa portadora do vírus HIV não necessariamente apresenta os problemas da doença.
Apenas em 2013, 127 pessoas portadoras do vírus passaram a apresentar os sintomas. Somente neste ano, ocorreram 23 óbitos de pessoas que viviam com o HIV. E foram registradas 289 pessoas vivendo com o HIV e que iniciaram tratamento no Programa de DST/HIV/Aids, em Joinville.
Prevalece o sexo masculino, tanto nos casos diagnosticados com o vírus, quanto nos de Aids. Nos dados de 2007 a agosto de 2013, foi constatado que 65%, em média, dos casos de Aids são Homens, e 35% são mulheres.
“Constatamos ainda que as faixas etárias, entre 30 a 49 anos, são as que mais se transformam em AIDS, correspondendo a uma média de 62% do total de casos da doença. Porém, observamos que, de 2010 até agora, a faixa etária acima de 60 anos vem crescendo gradativamente”, comenta a coordenadora da Vigilância Epidemiológica, Aline Costa da Silva. Também houve um crescimento na faixa etária de 20 a 29 anos, que até então não era significativa.
Exposição ao vírus
Com relação ao tipo de exposição ao vírus, a análise indicou que 70% dos casos de Aids se denominavam heterossexuais, 22% homossexuais/bissexuais e 8% ignoraram a resposta. Para a Vigilância Epidemiológica, estes dados demonstram que, definitivamente, não existem mais grupos de risco, e sim comportamento de risco, quando as pessoas não usam preservativos nas relações sexuais, compartilham seringas e agulhas com outros usuários de drogas ou não fazem o pré-natal adequadamente.
Profissões mais atingidas
Na análise da série histórica, de 2007 a agosto de 2013, foi constatado que as categorias profissionais mais diagnosticadas com Aids foram: pedreiro e operador de máquinas fixas em geral (6%); motorista de caminhão, rotas regionais e internacionais ( 3%); ferramenteiro (2%). As demais profissões (89%) correspondem a autônomos em geral, como armador, carpinteiro, eletricista, servente, metalizador, soldador, tecelão, marceneiro, costureiro, estivador, padeiro, entre outros, com 1% cada.
Diferença entre HIV e Aids
Caso de HIV: pessoa que descobriu que é portador do vírus HIV, mas não necessariamente precisa estar apresentando sinais e sintomas de infecção, ou doente. Não é de notificação compulsória ao Ministério da Saúde.
Caso de Aids: pessoa que vive com o vírus do HIV e que está com sinais e sintomas de infecção pelo vírus HIV, ou por outro de outra doença oportunista, apresentando um quadro infeccioso. É de notificação compulsória obrigatória ao Ministério da Saúde.
Onde fica a Vigilância Epidemiológica – Unidade Sanitária
Rua Abdon Batista, 172 / Centro
http://www.joinville.sc.gov.br/noticia/6210-1%C2%BA+de+dezembro+%C3%A9+o+Dia+Mundial+de+Combate+%C3%A0+Aids.html
Nesta sexta (29), pela manhã e à tarde, foi feita panfletagem e distribuição de preservativos na sede da prefeitura. A atividade também será feita na saída e entrada de turno da empresa Tupy, e será realizada conversa com turmas do Colégio Elias Moreira. Com alunos do ensino fundamental da Sociesc está agendado um encontro no dia 3 de dezembro.
Os postos de saúde do município foram decorados a fim de divulgar a campanha para a comunidade. A melhor decoração será premiada com um café para toda equipe envolvida.
Dados desde 2007
De acordo com a Vigilância Epidemiológica e Unidade Sanitária, da Vigilância em Saúde, da Secretaria de Saúde, desde 2007 até agora, num estudo que recebe o nome de série histórica, foram notificados 1229 casos de Aids em residentes no município. A pessoa com Aids é aquela que vive com o vírus do HIV e apresenta sinais e sintomas, enquanto a pessoa portadora do vírus HIV não necessariamente apresenta os problemas da doença.
Apenas em 2013, 127 pessoas portadoras do vírus passaram a apresentar os sintomas. Somente neste ano, ocorreram 23 óbitos de pessoas que viviam com o HIV. E foram registradas 289 pessoas vivendo com o HIV e que iniciaram tratamento no Programa de DST/HIV/Aids, em Joinville.
Prevalece o sexo masculino, tanto nos casos diagnosticados com o vírus, quanto nos de Aids. Nos dados de 2007 a agosto de 2013, foi constatado que 65%, em média, dos casos de Aids são Homens, e 35% são mulheres.
“Constatamos ainda que as faixas etárias, entre 30 a 49 anos, são as que mais se transformam em AIDS, correspondendo a uma média de 62% do total de casos da doença. Porém, observamos que, de 2010 até agora, a faixa etária acima de 60 anos vem crescendo gradativamente”, comenta a coordenadora da Vigilância Epidemiológica, Aline Costa da Silva. Também houve um crescimento na faixa etária de 20 a 29 anos, que até então não era significativa.
Exposição ao vírus
Com relação ao tipo de exposição ao vírus, a análise indicou que 70% dos casos de Aids se denominavam heterossexuais, 22% homossexuais/bissexuais e 8% ignoraram a resposta. Para a Vigilância Epidemiológica, estes dados demonstram que, definitivamente, não existem mais grupos de risco, e sim comportamento de risco, quando as pessoas não usam preservativos nas relações sexuais, compartilham seringas e agulhas com outros usuários de drogas ou não fazem o pré-natal adequadamente.
Profissões mais atingidas
Na análise da série histórica, de 2007 a agosto de 2013, foi constatado que as categorias profissionais mais diagnosticadas com Aids foram: pedreiro e operador de máquinas fixas em geral (6%); motorista de caminhão, rotas regionais e internacionais ( 3%); ferramenteiro (2%). As demais profissões (89%) correspondem a autônomos em geral, como armador, carpinteiro, eletricista, servente, metalizador, soldador, tecelão, marceneiro, costureiro, estivador, padeiro, entre outros, com 1% cada.
Diferença entre HIV e Aids
Caso de HIV: pessoa que descobriu que é portador do vírus HIV, mas não necessariamente precisa estar apresentando sinais e sintomas de infecção, ou doente. Não é de notificação compulsória ao Ministério da Saúde.
Caso de Aids: pessoa que vive com o vírus do HIV e que está com sinais e sintomas de infecção pelo vírus HIV, ou por outro de outra doença oportunista, apresentando um quadro infeccioso. É de notificação compulsória obrigatória ao Ministério da Saúde.
Onde fica a Vigilância Epidemiológica – Unidade Sanitária
Rua Abdon Batista, 172 / Centro
http://www.joinville.sc.gov.br/noticia/6210-1%C2%BA+de+dezembro+%C3%A9+o+Dia+Mundial+de+Combate+%C3%A0+Aids.html
sábado, 30 de novembro de 2013
quinta-feira, 28 de novembro de 2013
98% dos brasileiros se sentem cansados mental e fisicamente, aponta estudo
Segundo o levantamento, jovens entre 20 e 29 anos formam o grupo que se sente mais fatigado
O ritmo acelerado da rotina tem deixado a população cada vez mais sem disposição. Foi esse o cenário mostrado em pesquisa solicitada pelo Grupo Sanofi, à Conectaí — empresa do IBOPE Inteligência.
De acordo com o levantamento, em sua rotina, 98% dos brasileiros se sentem um pouco ou muito cansados mental e fisicamente.
Os jovens entre 20 e 29 anos formam o grupo que se sente mais cansaço, o que representa 99%.
Embora a maioria (63%) das pessoas já acorde com algum nível de indisposição, é no período da tarde e da noite que elas se sentem mais esgotadas, 36% e 34%, respectivamente.
O estudo revelou também as principais causas dessa fadiga. O estresse e a correria do cotidiano ficaram no topo dos motivos elencados pelos entrevistados. A falta de condicionamento físico, problemas pessoais, alimentação desequilibrada, acomodação e preguiça sem motivo, problemas no trabalho e de saúde apareceram na sequência.
Já os 2% que se dizem dispostos destacaram o bom sono, o equilíbrio entre a vida pessoal e a profissional, e a alimentação equilibrada como as três principais causas de seu vigor.
Outro destaque está relacionado à prática de atividades físicas, apontando o alto número de pessoas que não fazem exercícios regularmente — 74% delas.
Há também quem evite se deslocar por cansaço. Mais da metade dos entrevistados disseram que às vezes, frequentemente ou sempre deixam de se locomover por falta de disposição.
Para finalizar, foi avaliado ainda como está a qualidade de vida dos brasileiros e sua relação com o bem-estar. Apenas 43% da população avalia esse quesito como bom ou ótimo, 46% consideram-no regular e 11% ruim ou péssimo.
Zero Hora
O ritmo acelerado da rotina tem deixado a população cada vez mais sem disposição. Foi esse o cenário mostrado em pesquisa solicitada pelo Grupo Sanofi, à Conectaí — empresa do IBOPE Inteligência.
De acordo com o levantamento, em sua rotina, 98% dos brasileiros se sentem um pouco ou muito cansados mental e fisicamente.
Os jovens entre 20 e 29 anos formam o grupo que se sente mais cansaço, o que representa 99%.
Embora a maioria (63%) das pessoas já acorde com algum nível de indisposição, é no período da tarde e da noite que elas se sentem mais esgotadas, 36% e 34%, respectivamente.
O estudo revelou também as principais causas dessa fadiga. O estresse e a correria do cotidiano ficaram no topo dos motivos elencados pelos entrevistados. A falta de condicionamento físico, problemas pessoais, alimentação desequilibrada, acomodação e preguiça sem motivo, problemas no trabalho e de saúde apareceram na sequência.
Já os 2% que se dizem dispostos destacaram o bom sono, o equilíbrio entre a vida pessoal e a profissional, e a alimentação equilibrada como as três principais causas de seu vigor.
Outro destaque está relacionado à prática de atividades físicas, apontando o alto número de pessoas que não fazem exercícios regularmente — 74% delas.
Há também quem evite se deslocar por cansaço. Mais da metade dos entrevistados disseram que às vezes, frequentemente ou sempre deixam de se locomover por falta de disposição.
Para finalizar, foi avaliado ainda como está a qualidade de vida dos brasileiros e sua relação com o bem-estar. Apenas 43% da população avalia esse quesito como bom ou ótimo, 46% consideram-no regular e 11% ruim ou péssimo.
Zero Hora
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segunda-feira, 25 de novembro de 2013
Documentarista Cláudia Priscila comenta 'Leite e Ferro'
Estreou em circuito na sexta-feira (25), o documentário “Leite e Ferro”, que retrata a vida de mães presidiárias que são levadas ao paulistano Centro de Atendimento Hospitalar à Mulher Presa (CAHMP) para amamentar os filhos recém-nascidos. Vencedor do Grande Prêmio na Mostra Competitiva Internacional e Destaque Feminino na Competitiva Nacional do Festival Internacional de Cinema Feminino (Femina), o filme marca a estreia da cineasta Cláudia Priscila, que comenta o trabalho em entrevista a este blogue. Leia os principais trechos da conversa
Como surgiu a ideia de realizar o documentário "Leite e Ferro"? Por que esse tema das presidiárias que vão a um lugar específico para amamentar seus filhos te atraiu tanto?
O que me motivou a fazer este filme foi a minha experiência com a maternidade, após o nascimento do meu filho Pedro. Tive vontade de entender como essa experiência poderia acontecer em uma situação limite, tanto emocional quanto física. Quem me apresentou a instituição foi a Heide Cerneka, da Pastoral Carcerária. Outra motivação foi dar voz a essas mulheres, tirá-las da invisibilidade. Fazer um movimento antropofágico e a sociedade deglutir o que ela vomitou, o que ela excluiu.
Você encontrou alguma dificuldade para filmar no Centro de Atendimento Hospitalar à Mulher Presa e como foi feita a escolha das personagens?
Tive dificuldade em conseguir a autorização para a filmagem. Isso foi bastante estressante, porque as mulheres iriam embora da instituição. Estavam em trânsito. Foi uma corrida contra o tempo. Sobre as personagens, eu e a Lorena Delia (pesquisadora e produtora) ficamos dois meses frequentando a instituição. Num primeiro momento conversamos com cada uma das mulheres presas separadamente e depois passávamos o dia com elas na cadeia. A primeira pessoa que entrevistamos durante a pesquisa foi a “Daluana”. Fiz duas perguntas e ela falou por duas horas…. Tive certeza que estava diante de alguém especial para o documentário. As outras personagens também foram escolhidas neste processo. O importante era detectar pessoas dispostas a falar livremente sobre a experiência da maternidade no cárcere.
Foi difícil não tomar partido e nem julgar a atitude e a maneira de pensar de cada uma daquelas mães presidiárias? Por quê?
Não estava lá para julgar. Aquelas mulheres já estavam sentenciadas ou esperando por isso. Fui pra lá sabendo que viveria uma situação singular. Tenho muitas críticas ao sistema penitenciário brasileiro. Acho que, principalmente no caso das mulheres, deveria se pensar em penas alternativas, porque os filhos são os que mais sofrem com a falta das mães, o que acarreta na desestruturação familiar.
Você esperava que o documentário "Leite e Ferro" obtivesse um resultado tão bom em festivais? E qual é sua expectativa agora com relação ao público das salas de cinema?
Foi uma grande surpresa participar de importantes festivais dentro e fora do Brasil. “Leite e Ferro” ganhou prêmios importantes, como Melhor Documentário e Melhor Direção de Documentário no Festival de Paulínia. Minha expectativa agora é trazer essa discussão para a sociedade.
Você ainda mantém algum contato com aquelas mães e sabe qual foi o destino delas e dos bebês? Sabe se eles voltaram a se encontrar?
Tenho contato com a Daluana. Ela saiu da cadeia e conseguiu pegar a guarda do filho Levy que estava num abrigo. Para sobreviver começou a fazer um trabalho informal. Vendia lanche nas portas das cadeias. Aí veio a Prefeitura e levou todo o material de trabalho dela. Daluana voltou a roubar e está presa de novo. Seu filho está com a sogra e ela deve sair logo da cadeia.
Por que você acredita que o documentário tem obtido tanto destaque desde a denominada retomada do cinema brasileiro?
Eu acho que cresceu a produção de documentários no Brasil e isso trouxe visibilidade para este tipo de cinema. Outra razão que pode estar ligada a isso é a sede das pessoas pelo real, que veio com a demanda de reality shows e da internet. Vejo um momento positivo.
guibryan1@redebrasilatual.com.br
Como surgiu a ideia de realizar o documentário "Leite e Ferro"? Por que esse tema das presidiárias que vão a um lugar específico para amamentar seus filhos te atraiu tanto?
O que me motivou a fazer este filme foi a minha experiência com a maternidade, após o nascimento do meu filho Pedro. Tive vontade de entender como essa experiência poderia acontecer em uma situação limite, tanto emocional quanto física. Quem me apresentou a instituição foi a Heide Cerneka, da Pastoral Carcerária. Outra motivação foi dar voz a essas mulheres, tirá-las da invisibilidade. Fazer um movimento antropofágico e a sociedade deglutir o que ela vomitou, o que ela excluiu.
Você encontrou alguma dificuldade para filmar no Centro de Atendimento Hospitalar à Mulher Presa e como foi feita a escolha das personagens?
Tive dificuldade em conseguir a autorização para a filmagem. Isso foi bastante estressante, porque as mulheres iriam embora da instituição. Estavam em trânsito. Foi uma corrida contra o tempo. Sobre as personagens, eu e a Lorena Delia (pesquisadora e produtora) ficamos dois meses frequentando a instituição. Num primeiro momento conversamos com cada uma das mulheres presas separadamente e depois passávamos o dia com elas na cadeia. A primeira pessoa que entrevistamos durante a pesquisa foi a “Daluana”. Fiz duas perguntas e ela falou por duas horas…. Tive certeza que estava diante de alguém especial para o documentário. As outras personagens também foram escolhidas neste processo. O importante era detectar pessoas dispostas a falar livremente sobre a experiência da maternidade no cárcere.
Foi difícil não tomar partido e nem julgar a atitude e a maneira de pensar de cada uma daquelas mães presidiárias? Por quê?
Não estava lá para julgar. Aquelas mulheres já estavam sentenciadas ou esperando por isso. Fui pra lá sabendo que viveria uma situação singular. Tenho muitas críticas ao sistema penitenciário brasileiro. Acho que, principalmente no caso das mulheres, deveria se pensar em penas alternativas, porque os filhos são os que mais sofrem com a falta das mães, o que acarreta na desestruturação familiar.
Você esperava que o documentário "Leite e Ferro" obtivesse um resultado tão bom em festivais? E qual é sua expectativa agora com relação ao público das salas de cinema?
Foi uma grande surpresa participar de importantes festivais dentro e fora do Brasil. “Leite e Ferro” ganhou prêmios importantes, como Melhor Documentário e Melhor Direção de Documentário no Festival de Paulínia. Minha expectativa agora é trazer essa discussão para a sociedade.
Você ainda mantém algum contato com aquelas mães e sabe qual foi o destino delas e dos bebês? Sabe se eles voltaram a se encontrar?
Tenho contato com a Daluana. Ela saiu da cadeia e conseguiu pegar a guarda do filho Levy que estava num abrigo. Para sobreviver começou a fazer um trabalho informal. Vendia lanche nas portas das cadeias. Aí veio a Prefeitura e levou todo o material de trabalho dela. Daluana voltou a roubar e está presa de novo. Seu filho está com a sogra e ela deve sair logo da cadeia.
Por que você acredita que o documentário tem obtido tanto destaque desde a denominada retomada do cinema brasileiro?
Eu acho que cresceu a produção de documentários no Brasil e isso trouxe visibilidade para este tipo de cinema. Outra razão que pode estar ligada a isso é a sede das pessoas pelo real, que veio com a demanda de reality shows e da internet. Vejo um momento positivo.
guibryan1@redebrasilatual.com.br
domingo, 24 de novembro de 2013
Filhote de pit bull é cão-guia de irmão que nasceu cego - EUA
Dupla que foi resgatada por abrigo enquanto vagava por ruas da Filadélfia, nos EUA, procura um lar; cachorros dormem abraçadinhos todos os dias.
Quando Jermaine e Jeffrey vão dormir, os funcionários do abrigo na Filadélfia, nos EUA, onde vive a dupla, preparam os celulares e as câmeras para tirar fotos.
A dupla de irmão da raça pit bull foi encontrada por voluntários
vagando pela cidade. Mas o grupo não podia imaginar que a dupla guardava uma história de dedicação, companheirismo e cumplicidade.
Jermaine funciona como cão-guia do irmão, que nasceu cego. A cadela é responsável por orientar as brincadeiras, a hora de comer e os passeios de Jeffrey.
Na hora de dormir, o macho abraça a fêmea, derretendo o coração dos voluntários. "É como se ele só conseguisse relaxar sabendo que a irmã está por perto", disse um deles sobre a cena que se repete todas as noites.
Os filhotes, que têm entre seis e oito meses de idade, estão na lista de adoção do abrigo. Funcionários responsáveis pela dupla torcem para que os irmãos encontrem donos dispostos a adotar os dois juntos.
FONTE: Globo Rural On-Line
Quando Jermaine e Jeffrey vão dormir, os funcionários do abrigo na Filadélfia, nos EUA, onde vive a dupla, preparam os celulares e as câmeras para tirar fotos.
A dupla de irmão da raça pit bull foi encontrada por voluntários
vagando pela cidade. Mas o grupo não podia imaginar que a dupla guardava uma história de dedicação, companheirismo e cumplicidade.
Jermaine funciona como cão-guia do irmão, que nasceu cego. A cadela é responsável por orientar as brincadeiras, a hora de comer e os passeios de Jeffrey.
Na hora de dormir, o macho abraça a fêmea, derretendo o coração dos voluntários. "É como se ele só conseguisse relaxar sabendo que a irmã está por perto", disse um deles sobre a cena que se repete todas as noites.
Os filhotes, que têm entre seis e oito meses de idade, estão na lista de adoção do abrigo. Funcionários responsáveis pela dupla torcem para que os irmãos encontrem donos dispostos a adotar os dois juntos.
FONTE: Globo Rural On-Line
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Moradores ameaçam Guilherme Longo durante reconstituição do caso Joaquim
Nesta sexta-feira (22) a Polícia Civil iniciou a reconstituição da morte do menino Joaquim em Ribeirão Preto, interior de São Paulo. Durante a ação dos policiais e peritos, moradores da região ameaçaram Guilherme Longo que também estava presente no local.
R7
Crianças na Síria são vítimas de atiradores e tortura, diz relatório
Maioria das crianças foram mortas por bombas e granadas, segundo o relatório
Mais de 11 mil crianças morreram em quase três anos de guerra civil na Síria, incluindo centenas alvejadas por atiradores, segundo um relatório divulgado neste domingo por uma organização britânica.
Segundo o centro de pesquisas Oxford Research Group, execuções sumárias e tortura também foram usadas contra crianças de até um ano de idade.
O levantamento indica que a maioria das crianças foram mortas por bombas ou granadas em seus próprios bairros.
O relatório examina dados desde o início do conflito, em março de 2011, até agosto de 2013.
Das 11.420 vítimas identificadas com 17 anos ou menos, 389 foram mortas por atiradores.
Além disso, 764 teriam sido executadas sumariamente, e mais de cem - incluindo crianças pequenas - foram torturadas, segundo o relatório.
O número de meninos mortos no conflito é o dobro do de meninas. Os garotos entre 13 e 17 são as principais vítimas entre os jovens.
Segundo o centro de estudos, o maior número de mortes de crianças ocorreu na região de Aleppo, onde houve o registro de 2.223 mortes.
Dados incompletos
Para Hana Salama, coautora do relatório, a forma como as crianças estão sendo mortas é "perturbadora".
"Bombardeados em suas casas, em suas comunidades, durante as atividades do dia a dia como esperar na fila do pão ou ir para a escola", disse ela.
"Mortos por balas em tiros cruzados, alvejadas por atiradores, executadas sumariamente e até mesmo envenenadas por gás e torturadas", afirmou.
Os dados analisados no relatório foram levantados por grupos civis sírios que vêm se dedicando a registrar as baixas no conflito.
O relatório apenas considera as mortes de vítimas identificadas e apenas os casos onde a causa da morte podia ser identificada.
Mas a organização observa que os dados são incompletos, já que o acesso a algumas áreas é impossível.
O próprio relatório adverte de que os dados "devem ser tratados com cautela e considerados provisórios". "Em resumo, ainda é cedo para dizer se eles são muito altos ou muito baixos", comenta o documento.
Ainda assim, a Oxford Research Group afirma que o conflito na Síria teve um "efeito catastrófico" sobre as crianças e pede que os dois lados se abstenham de alvejar civis e edifícios como escolas, hospitais e locais de cultos religiosos.
Entre as recomendações do relatório estão o pedido para que os jornalistas e outros indivíduos que contribuem para registrar os efeitos do conflito tenham garantidos acesso às regiões de conflito e proteção garantida.
Estima-se que mais de 100 mil pessoas já morreram no conflito sírio. Mais de 2 milhões de pessoas já fugiram do país, metade delas crianças.
BBC Brasil
Mais de 11 mil crianças morreram em quase três anos de guerra civil na Síria, incluindo centenas alvejadas por atiradores, segundo um relatório divulgado neste domingo por uma organização britânica.
Segundo o centro de pesquisas Oxford Research Group, execuções sumárias e tortura também foram usadas contra crianças de até um ano de idade.
O levantamento indica que a maioria das crianças foram mortas por bombas ou granadas em seus próprios bairros.
O relatório examina dados desde o início do conflito, em março de 2011, até agosto de 2013.
Das 11.420 vítimas identificadas com 17 anos ou menos, 389 foram mortas por atiradores.
Além disso, 764 teriam sido executadas sumariamente, e mais de cem - incluindo crianças pequenas - foram torturadas, segundo o relatório.
O número de meninos mortos no conflito é o dobro do de meninas. Os garotos entre 13 e 17 são as principais vítimas entre os jovens.
Segundo o centro de estudos, o maior número de mortes de crianças ocorreu na região de Aleppo, onde houve o registro de 2.223 mortes.
Dados incompletos
Para Hana Salama, coautora do relatório, a forma como as crianças estão sendo mortas é "perturbadora".
"Bombardeados em suas casas, em suas comunidades, durante as atividades do dia a dia como esperar na fila do pão ou ir para a escola", disse ela.
"Mortos por balas em tiros cruzados, alvejadas por atiradores, executadas sumariamente e até mesmo envenenadas por gás e torturadas", afirmou.
Os dados analisados no relatório foram levantados por grupos civis sírios que vêm se dedicando a registrar as baixas no conflito.
O relatório apenas considera as mortes de vítimas identificadas e apenas os casos onde a causa da morte podia ser identificada.
Mas a organização observa que os dados são incompletos, já que o acesso a algumas áreas é impossível.
O próprio relatório adverte de que os dados "devem ser tratados com cautela e considerados provisórios". "Em resumo, ainda é cedo para dizer se eles são muito altos ou muito baixos", comenta o documento.
Ainda assim, a Oxford Research Group afirma que o conflito na Síria teve um "efeito catastrófico" sobre as crianças e pede que os dois lados se abstenham de alvejar civis e edifícios como escolas, hospitais e locais de cultos religiosos.
Entre as recomendações do relatório estão o pedido para que os jornalistas e outros indivíduos que contribuem para registrar os efeitos do conflito tenham garantidos acesso às regiões de conflito e proteção garantida.
Estima-se que mais de 100 mil pessoas já morreram no conflito sírio. Mais de 2 milhões de pessoas já fugiram do país, metade delas crianças.
BBC Brasil
Com oportunidades desiguais, negros sofrem mais com violência, evasão escolar e são maioria no trabalho infantil
“Me ver,
Pobre, preso ou morto,
Já é cultural.
Pesadelo,
É um elogio,
Pra quem vive na guerra,
A paz nunca existiu,
Num clima quente,
A minha gente sua frio,
Vi um pretinho,
Seu caderno era um fuzil”
(Racionais MC’s)
A cada nova pesquisa ou estudo, os números - apesar de alarmantes - já não surpreendem mais aqueles que acompanham as diferenças étnicas e desigualdades raciais no país, pois pouco mudou. Em relação ao trabalho infantil, a predominância é de crianças e adolescentes negros e do sexo masculino das zonas urbanas, oriundas das camadas mais pobres da população. A análise é do relatório “Crianças Fora da Escola 2012”, do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef).
O estudo aponta que mais de um milhão de crianças e adolescentes, entre seis e 14 anos, encontram-se trabalhando no Brasil, o que representa 7,8% do total desse público no país. Entre as crianças brancas, a taxa é de 34,60% (377.167). Entre as negras, de 64,78% (706.160). Nessa faixa etária, o trabalho infantil é uma causa importante do abandono escolar, e aqueles que exercem alguma atividade profissional em paralelo aos estudos também estão em situação de risco.
“Tanto o trabalho como a escola aparecem historicamente como espaços perversos, de negação de direitos à população negra”, afirma o professor da UNEafro-Brasil, Douglas Belchior. “A condição social em que a população negra foi condenada significa que foi preciso priorizar o trabalho antes do estudo. As crianças são condenadas a não frequentar a escola e ajudar na renda familiar, em trabalho penoso, mal remunerado. Isso reflete no futuro”, completa.
De acordo com a pesquisa “A Inserção dos Negros no Mercado de Trabalho”, os trabalhadores negros ocupam, em geral, cargos de menor qualificação e, consequentemente, têm salários com até 57,3% de diferença, sendo menos valorizados do que os não negros. Esses dados foram divulgados no último dia 13 pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).
Outro ponto a ser destacado em relação à educação é a aplicação da Lei 10.639/03, que torna obrigatório o ensino da história e cultura afro-brasileira e africana em todas as escolas, públicas e particulares, do ensino fundamental até o ensino médio. “O racismo é cultural no Brasil desde sua educação básica na escola, essa lei não tem impacto”, avalia Belchior.
Padrão de beleza, valores e religiosidade eurocêntricas são fatores que influenciam a educação das crianças, consequentemente, futuro adultos. “Algumas escolas não aplicam a lei porque os pais não aceitam seus filhos estudando religião ou cultura africana”, denuncia o professor. “Por isso defendemos a mudança de mentalidade porque isso combate a médio e longo prazo o racismo no nosso país”.
Violência sistêmica
“A revanche dos excluídos em ebulição
Luta enraizada na forma de expressão
Cultura afro-indígena nas veias periféricas
Herança diluída nessa grande latino-américa
O legado de Malcolm-X e dos Panteras Negras
Resistência é o melhor ataque, a melhor defesa”
(Ktarse)
Para o professor da UNEafro-Brasil, essa disparidade representa uma violência sistêmica do Estado e a raiz está na infância. “As crianças são as principais vítimas de problemas relacionados ao racismo, pobreza e falta de oportunidade, há uma relação umbilical e da própria natureza como ciclo vicioso. Por isso, uma demanda histórica que os movimentos reivindicam são as cotas em universidades e no mercado de trabalho”.
Questões socioeconômicas, de gênero e raça. Esses são os três elementos que interagem na opressão de classe no Brasil, de acordo com Belchior. “As politicas públicas universais que existem desde o começo da República teriam dado conta dos problemas dos negros tanto quanto para não negros, porém vemos que isso hoje não é verdade”.
Para ele, as politicas sociais são universais, mas não são aplicadas dessa forma. “A população negra foi ter direito à escola há poucas décadas. Essa relação do trabalho com a falta de educação é fruto da violência, pois a porta fica aberta para outras formas e estratégias de sobrevivência não-formais, seja venda de DVD pirata ou cocaína, por exemplo”.
Divulgado em outubro deste ano, o estudo “Participação, Democracia e Racismo?”, do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), aponta, entre outros dados, que a cada três assassinatos no Brasil, dois negros são vítimas; a chance de um adolescente negro ser assassinado é 3,7 vezes maior em comparação aos brancos; e assassinatos atingem negros numa proporção 135% maior do que os não negros.
“Rappers como o GOG, Facção Central, DMN e Racionais, por exemplo, fazem muito sentido ainda hoje com letras de 20 anos atrás. Por quê?”, provoca Belchior. Para ele, do ponto de vista do direito social, a condição do negro não mudou muito, mesmo reconhecendo avanços importantes na história. “O que foi feito até agora foi resultado de muita luta e não devemos nos dar por satisfeito porque o Brasil ainda é bastante racista”.
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promenino
quarta-feira, 20 de novembro de 2013
20 de Novembro - Dia Mundial da Criança
DIREITOS DA CRIANÇA
As crianças têm direitos
Em 20 de Novembro de 1989, as Nações Unidas adoptaram por unanimidade
a Convenção sobre os Direitos da Criança (CDC), documento que enuncia um amplo conjunto de direitos fundamentais – os direitos civis e políticos, e também os direitos económicos, sociais e culturais – de todas as crianças, bem como as respectivas disposições para que sejam aplicados.
A CDC não é apenas uma declaração de princípios gerais; quando ratificada, representa um vínculo juridíco para os Estados que a ela aderem, os quais devem adequar as normas de Direito interno às da Convenção, para a promoção e protecção eficaz dos direitos e Liberdades nela consagrados.
Este tratado internacional é um importante instrumento legal devido ao seu carácter universal e tembém pelo facto de ter sido ratificado pela quase totalidade dos Estados do mundo (192). Apenas dois países, os Estados Unidos da América e a Somália, ainda não ratificaram a Convenção sobre os Direitos da Criança.
Portugal ratificou a Convenção em 21 de Setembro de 1990.
A Convenção assenta em quatro pilares fundamentais que estão relacionados com todos os outros
direitos das crianças:
• a não discriminação, que significa que todas as crianças têm o direito de desenvolver todo o seu potencial –
todas as crianças, em todas as circunstâncias, em qualquer momento, em qualquer parte do mundo.
• o interesse superior da criança deve ser uma consideração prioritária em todas as acções e decisões que
lhe digam respeito.
• a sobrevivência e desenvolvimento sublinha a importância vital da garantia de acesso a serviços básicos e
à igualdade de oportunidades para que as crianças possam desenvolver-se plenamente.
• a opinião da criança que significa que a voz das crianças deve ser ouvida e tida em conta em todos os assuntos
que se relacionem com os seus direitos.
A Convenção contém 54 artigos, que podem ser divididos em quatro categorias de direitos:
• os direitos à sobrevivência (ex. o direito a cuidados adequados)
• os direitos relativos ao desenvolvimento (ex. o direito à educação)
• os direitos relativos à protecção (ex. o direito de ser protegida contra a exploração)
• os direitos de participação (ex. o direito de exprimir a sua própria opinião)
Para melhor realizar os objectivos da CDC, a Assembleia Geral da ONU adoptou a 25 de Maio de 2000 dois Protocolos Facultativos:
Protocolo Facultativo à Convenção sobre os Direitos da Criança relativo à venda de crianças,
prostituição e pornografia infantis (ratificado por Portugal a 16 de Maio de 2003);
Protocolo Facultativo à Convenção sobre os Direitos da Criança relativo ao envolvimento de crianças
em conflitos armados (ratificado por Portugal a 19 de Agosto de 2003);
UNICEF
As crianças têm direitos
Em 20 de Novembro de 1989, as Nações Unidas adoptaram por unanimidade
a Convenção sobre os Direitos da Criança (CDC), documento que enuncia um amplo conjunto de direitos fundamentais – os direitos civis e políticos, e também os direitos económicos, sociais e culturais – de todas as crianças, bem como as respectivas disposições para que sejam aplicados.
A CDC não é apenas uma declaração de princípios gerais; quando ratificada, representa um vínculo juridíco para os Estados que a ela aderem, os quais devem adequar as normas de Direito interno às da Convenção, para a promoção e protecção eficaz dos direitos e Liberdades nela consagrados.
Este tratado internacional é um importante instrumento legal devido ao seu carácter universal e tembém pelo facto de ter sido ratificado pela quase totalidade dos Estados do mundo (192). Apenas dois países, os Estados Unidos da América e a Somália, ainda não ratificaram a Convenção sobre os Direitos da Criança.
Portugal ratificou a Convenção em 21 de Setembro de 1990.
A Convenção assenta em quatro pilares fundamentais que estão relacionados com todos os outros
direitos das crianças:
• a não discriminação, que significa que todas as crianças têm o direito de desenvolver todo o seu potencial –
todas as crianças, em todas as circunstâncias, em qualquer momento, em qualquer parte do mundo.
• o interesse superior da criança deve ser uma consideração prioritária em todas as acções e decisões que
lhe digam respeito.
• a sobrevivência e desenvolvimento sublinha a importância vital da garantia de acesso a serviços básicos e
à igualdade de oportunidades para que as crianças possam desenvolver-se plenamente.
• a opinião da criança que significa que a voz das crianças deve ser ouvida e tida em conta em todos os assuntos
que se relacionem com os seus direitos.
A Convenção contém 54 artigos, que podem ser divididos em quatro categorias de direitos:
• os direitos à sobrevivência (ex. o direito a cuidados adequados)
• os direitos relativos ao desenvolvimento (ex. o direito à educação)
• os direitos relativos à protecção (ex. o direito de ser protegida contra a exploração)
• os direitos de participação (ex. o direito de exprimir a sua própria opinião)
Para melhor realizar os objectivos da CDC, a Assembleia Geral da ONU adoptou a 25 de Maio de 2000 dois Protocolos Facultativos:
Protocolo Facultativo à Convenção sobre os Direitos da Criança relativo à venda de crianças,
prostituição e pornografia infantis (ratificado por Portugal a 16 de Maio de 2003);
Protocolo Facultativo à Convenção sobre os Direitos da Criança relativo ao envolvimento de crianças
em conflitos armados (ratificado por Portugal a 19 de Agosto de 2003);
UNICEF
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sábado, 16 de novembro de 2013
Caso Joaquim: tese de superdosagem ganha força após novos depoimentos
Polícia acredita que menino foi morto após dose exagerada de insulina dentro de casa
A polícia de Ribeirão Preto, no interior de São Paulo, acredita cada vez mais que o menino Joaquim Ponte Marques, de 3 anos, encontrado morto em um rio há seis dias, pode ter tido uma overdose de insulina, medicamento que precisava tomar por ser diabético. A aplicação da superdosagem teria sido feita pelo padrasto ou pela mãe da criança. Ambos estão presos.
Nesta sexta-feira (15), dois médicos especializados em diabetes foram ouvidos pela polícia. O objetivo do delegado Paulo Henrique Martins de Castro, responsável pelo caso, era tentar entender se a morte do menino poderia ter sido provocada pelo excesso ou falta de insulina.
A discussão girou em torno do uso da “caneta” que é utilizada para injetar insulina no corpo. Os investigadores queriam saber se seria possível analisar o equipamento e averiguar o tamanho da última dose feita com essa caneta.
Tanto os policiais quanto o MP (Ministério Público) não acreditam no envolvimento de uma terceira pessoa no caso. Outros indícios também apontam para a participação do casal no crime, segundo a polícia. Além de trechos conflitantes nos depoimentos de Guilherme Rayme Longo, de 28 anos, padrasto de Joaquim, e de Natália Ponte, de 29, a polícia estranhou encontrar, por exemplo, a cama do menino arrumada logo ao chegar na casa do casal, após ter sido acionada pelo desaparecimento da criança.
Outro ponto investigado diz respeito a uma conversa entre o casal pela internet, há um mês, na qual Natália teria demonstrado um descontentamento com as atitudes de Longo, que já naquela época estaria fazendo uso de drogas.
Em Ribeirão Preto, as manifestações pedindo por Justiça continuam. O andamento das investigações faz com que o delegado responsável acredite em uma conclusão do inquérito até a próxima sexta-feira (22), após mais alguns depoimentos e possíveis reconstituições do crime com o casal. Uma acareação entre os dois ainda não foi descartada.
Outra novidade importante, ainda não confirmada pelos policiais, é de que o homem que estaria com o celular de Longo já estaria identificado. O aparelho telefônico é visto como peça fundamental para traçar os passos do padrasto de Joaquim nas horas posteriores ao crime.
A defesa de Longo já entrou com pedido de habeas corpus para libertá-lo da prisão, mas a solicitação ainda não obteve resposta da Justiça.
R7
China relaxa política do filho único
O governo da China vai relaxar a política do filho único, usada desde a década de 1970 para restringir o tamanho das famílias no país.
Segundo a agência estatal de notícias Xinhua, no futuro as famílias chinesas poderão ter dois filhos se um dos pais for filho único.
A agência divulgou uma declaração do Partido Comunista nesta sexta-feira que afirma que a política do filho único será "ajustada e melhorada passo a passo para promover 'o desenvolvimento equilibrado da população da China no longo prazo'".
A mudança foi anunciada depois da reunião desta semana, a Terceira Plenária da atual liderança do Partido Comunista chinês, uma cúpula que poderá trazer consequências profundas à China e reflexos ao mundo.
Além da mudança na política do filho único, o governo também anunciou outras reformas como a abolição dos campos de trabalhos forçados, usados como locais de "reeducação pelo trabalho", segundo o governo.
A rede de campos foi criada há meio século e ainda tem milhares de prisioneiros. Júris formados por policiais têm o poder de sentenciar a anos de detenção os que são considerados culpados, mesmo sem um julgamento regular.
Meninos
A China introduziu a política do filho único na década de 1970 para enfrentar o rápido crescimento populacional que o país vivia na época.
A política foi aplicada em todo o país, mas também previa algumas exceções, como no caso de minorias étnicas. Na zona rural, as famílias também poderiam ter um segundo filho caso a primeira criança nascida fosse uma menina.
Em algumas cidades, se os dois pais forem filhos únicos, eles também recebem a permissão para ter um segundo filho.
Grupos de defesa dos direitos humanos afirmam que a lei do filho único levou algumas mulheres a serem obrigadas a abortar, o que o governo chinês nega.
A preferência por meninos, algo tradicional da China, também criou um desequilíbrio de gêneros no país. Alguns casais optam por fazer abortos de acordo com o sexo da criança.
Demógrafos afirmam que, até o fim desta década, a China terá 24 milhões de "homens sobrando" que não conseguirão encontrar uma esposa por causa desse desequilíbrio de gênero.
Outro problema gerado por esta política é o dos idosos. A maioria dos idosos na China recebem os cuidados dos familiares e os filhos únicos de pais que também eram filhos únicos enfrentam um problema conhecido como fenômeno 4-2-1.
Quando a criança alcança a idade em que pode trabalhar, ele ou ela pode ter que tomar conta dos dois pais e quatro avós.
Depois de décadas de crescimento, a população em idade de trabalho começou a encolher na China. Até 2050, mais de um quarto da população do país terá mais de 65 anos.
Direitos humanos
A mudança relativa ao fim dos campos de trabalhos forçados já era esperada pois líderes chineses já tinham afirmado que queriam reformar o sistema.
De acordo com a Xinhua, a decisão de acabar com essas prisões foi "parte dos esforços para melhorar os direitos humanos e práticas judiciais".
A Terceira Plenária do Partido Comunista, sob a liderança do presidente Xi Jinping que assumiu o cargo em 2012, anunciou também planos para uma reforma econômica.
Na terça-feira, quando a cúpula foi encerrada, os líderes chineses prometeram um papel maior do mercado na economia do país. Os fazendeiros também terão mais direitos sobre suas terras.
Além disso, o governo chinês anunciou a redução no número de crimes que podem levar à pena de morte.
BBC Brasil
Segundo a agência estatal de notícias Xinhua, no futuro as famílias chinesas poderão ter dois filhos se um dos pais for filho único.
A agência divulgou uma declaração do Partido Comunista nesta sexta-feira que afirma que a política do filho único será "ajustada e melhorada passo a passo para promover 'o desenvolvimento equilibrado da população da China no longo prazo'".
A mudança foi anunciada depois da reunião desta semana, a Terceira Plenária da atual liderança do Partido Comunista chinês, uma cúpula que poderá trazer consequências profundas à China e reflexos ao mundo.
Além da mudança na política do filho único, o governo também anunciou outras reformas como a abolição dos campos de trabalhos forçados, usados como locais de "reeducação pelo trabalho", segundo o governo.
A rede de campos foi criada há meio século e ainda tem milhares de prisioneiros. Júris formados por policiais têm o poder de sentenciar a anos de detenção os que são considerados culpados, mesmo sem um julgamento regular.
Meninos
A China introduziu a política do filho único na década de 1970 para enfrentar o rápido crescimento populacional que o país vivia na época.
A política foi aplicada em todo o país, mas também previa algumas exceções, como no caso de minorias étnicas. Na zona rural, as famílias também poderiam ter um segundo filho caso a primeira criança nascida fosse uma menina.
Em algumas cidades, se os dois pais forem filhos únicos, eles também recebem a permissão para ter um segundo filho.
Grupos de defesa dos direitos humanos afirmam que a lei do filho único levou algumas mulheres a serem obrigadas a abortar, o que o governo chinês nega.
A preferência por meninos, algo tradicional da China, também criou um desequilíbrio de gêneros no país. Alguns casais optam por fazer abortos de acordo com o sexo da criança.
Demógrafos afirmam que, até o fim desta década, a China terá 24 milhões de "homens sobrando" que não conseguirão encontrar uma esposa por causa desse desequilíbrio de gênero.
Outro problema gerado por esta política é o dos idosos. A maioria dos idosos na China recebem os cuidados dos familiares e os filhos únicos de pais que também eram filhos únicos enfrentam um problema conhecido como fenômeno 4-2-1.
Quando a criança alcança a idade em que pode trabalhar, ele ou ela pode ter que tomar conta dos dois pais e quatro avós.
Depois de décadas de crescimento, a população em idade de trabalho começou a encolher na China. Até 2050, mais de um quarto da população do país terá mais de 65 anos.
Direitos humanos
A mudança relativa ao fim dos campos de trabalhos forçados já era esperada pois líderes chineses já tinham afirmado que queriam reformar o sistema.
De acordo com a Xinhua, a decisão de acabar com essas prisões foi "parte dos esforços para melhorar os direitos humanos e práticas judiciais".
A Terceira Plenária do Partido Comunista, sob a liderança do presidente Xi Jinping que assumiu o cargo em 2012, anunciou também planos para uma reforma econômica.
Na terça-feira, quando a cúpula foi encerrada, os líderes chineses prometeram um papel maior do mercado na economia do país. Os fazendeiros também terão mais direitos sobre suas terras.
Além disso, o governo chinês anunciou a redução no número de crimes que podem levar à pena de morte.
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Entidades de direitos humanos denunciam à ONU unidades de internação de Pernambuco
As condições às quais adolescentes infratores estão submetidos nas unidades de internação de Pernambuco será objeto de denúncia para a Organização das Nações Unidas (ONU). Nesta terça-feira (12), organizações de direitos humanos trouxeram a público casos de violação do direito à vida e à integridade pessoal.
A denúncia tem como foco dois centros de atendimento socioeducativo que apresentam problemas como ambiente degradante, defasagem no quadro de funcionários, falta de estrutura adequada e ausência de projeto pedagógico. Além de casos de tortura. Segundo o levantamento, Pernambuco é o estado com mais casos de morte de adolescentes nas unidades de internação. Dados revelam que entre 2012 e 2013, 28% das mortes de jovens internados ocorreram no estado.
“A situação é grave, porque os adolescentes estão sob a proteção do Estado, que é o guardião deles. O Estado é responsável por zelar que nenhuma morte aconteça. Isso é a violação do princípio básico do direito à vida”, pontua a coordenadora da Associação Nacional dos Centros de Defesa da Criança e Adolescente Monika Brito.
promenino
A denúncia tem como foco dois centros de atendimento socioeducativo que apresentam problemas como ambiente degradante, defasagem no quadro de funcionários, falta de estrutura adequada e ausência de projeto pedagógico. Além de casos de tortura. Segundo o levantamento, Pernambuco é o estado com mais casos de morte de adolescentes nas unidades de internação. Dados revelam que entre 2012 e 2013, 28% das mortes de jovens internados ocorreram no estado.
“A situação é grave, porque os adolescentes estão sob a proteção do Estado, que é o guardião deles. O Estado é responsável por zelar que nenhuma morte aconteça. Isso é a violação do princípio básico do direito à vida”, pontua a coordenadora da Associação Nacional dos Centros de Defesa da Criança e Adolescente Monika Brito.
promenino
sexta-feira, 15 de novembro de 2013
LIMPE OS SEUS RINS!
Os anos passam e os nossos rins filtram o sangue, remove o sal, veneno e qualquer indesejado que entra no nosso corpo. Com o tempo, o sal acumula e isso precisa se submeter a tratamentos de limpeza. Como é que vamos libertar-nos disso?
É muito fácil, primeiro lavar um ramo de salsa, limpar, depois cortá-la em pedaços pequenos e colocá-lo numa panela, despeje água limpa e ferva por dez minutos e deixe arrefecer, filtre e despeje numa garrafa limpa, mantê-lo dentro da geladeira para esfriar.
Beber um copo por dia e vai notar que todo o sal e outro veneno acumulado vão sair dos seus rins, por micção, também vai notar a diferença que nunca sentiu antes.
Salsa é conhecida como a melhor limpeza de tratamento para os rins e é natural. indique para alguém que tem problemas renais....compartilhe isso faça a dirença na vida de alguem..!
É muito fácil, primeiro lavar um ramo de salsa, limpar, depois cortá-la em pedaços pequenos e colocá-lo numa panela, despeje água limpa e ferva por dez minutos e deixe arrefecer, filtre e despeje numa garrafa limpa, mantê-lo dentro da geladeira para esfriar.
Beber um copo por dia e vai notar que todo o sal e outro veneno acumulado vão sair dos seus rins, por micção, também vai notar a diferença que nunca sentiu antes.
Salsa é conhecida como a melhor limpeza de tratamento para os rins e é natural. indique para alguém que tem problemas renais....compartilhe isso faça a dirença na vida de alguem..!
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quarta-feira, 13 de novembro de 2013
Morte de Joaquim pode ter sido premeditada, diz delegado
Para Polícia Civil, mãe e padrasto de garoto são os principais suspeitos
O delegado Paulo Henrique Martins de Castro, responsável pela investigação da morte de Joaquim, de três anos, declarou nesta terça-feira (12) que a polícia ainda investiga o que pode ter motivado a morte do garoto e disse que há indícios de que o crime possa ter sido premeditado.
— Isso a gente precisa analisar, a motivação desse crime é uma incógnita, não temos essa resposta, mas há alguns indícios de que isso tenha sido previamente previsto.
Em coletiva de imprensa realizada em Ribeirão Preto, interior de São Paulo, Castro reforçou que o padrasto do menino, Guilherme Longo, e a mãe de Joaquim, Natália Mingoni Ponte, continuam sendo os principais suspeitos. Os dois tiveram a prisão temporária decretada no último domingo (10), mesmo dia em que o corpo da criança foi localizado.
— O casal ainda é o principal suspeito, mas não podemos descartar nenhuma linha de investigação.
Castro informou, ainda, que em novo depoimento Natália acrescentou alguns detalhes "que ainda estavam nebulosos", mas não detalhou o teor dessas declarações. Segundo o delegado, Natália tem colaborado mais com as investigações após a localização do corpo do filho.
— Ela estava tranquila [antes do corpo ser encontrado], isso levou com que a gente pedisse a prisão temporário do casal. Ao ver o corpo do filho ela entrou em choque, chorou. Talvez o fato dela ter visto o corpo encontrado e ter se conscientizado disso e também a prisão, talvez [isso] a leve a colaborar de um modo mais eficaz.
Além disso, imagens que mostrariam o pai de Longo saindo de carro da casa da família no dia em que o garoto desapareceu também serão analisadas.
— Temos algumas imagens, mas são só alguns indícios. Isso [se o pai de Longo participou do crime de alguma forma] vai ser apurado.
Em relação à possibilidade de Joaquim ter sido levado por um traficante como pagamento de uma dívida de Longo, que admitiu ser usuário de drogas, o delegado acredita que isso é pouco provável.
— Não descartamos, mas trabalhamos com a hipótese de que ninguém entrou na residência. Então é muito improvável que um traficante fique de posse de uma criança com problemas de saúde para tentar negociar qualquer tipo de divida que o Guilherme poderia ter. É muito improvável.
O delegado informou também que o padrasto deve ser ouvido pela primeira vez nesta tarde. Além disso, a polícia pretende realizar uma reconstituição do crime.
Agressão ou negligência
A investigação tenta esclarecer se Joaquim foi vítima de agressão ou negligência. Os policiais também apuram se ele poderia ter morrido por excesso ou falta de insulina. O garoto era diabético.
O corpo da criança, sepultado nesta segunda-feira (11), na cidade de São Joaquim da Barra, no interior de São Paulo, foi encontrado por pescadores boiando no rio Pardo, em Barretos. Ele usava um pijama estampado idêntico ao descrito pela mãe e pelo padrasto no boletim de ocorrência, feito horas depois do desaparecimento da criança. Segundo os dois suspeitos, o menino sumiu de dentro do quarto durante a madrugada da última terça-feira (5), em Ribeirão Preto. No mesmo cômodo, dormia o bebê de quatro meses.
O promotor Marcus Tulio Alves Nicolino enfatizou que somente a perícia poderá determinar a causa da morte de Joaquim.
— Só poderemos ter certeza do que aconteceu, se houve algum ferimento, se houve sinais de morte violenta com a divulgação do laudo, que demora de 20 a 30 dias. O que o médico afirmou de antemão é que a criança não morreu afogada.
R7
O delegado Paulo Henrique Martins de Castro, responsável pela investigação da morte de Joaquim, de três anos, declarou nesta terça-feira (12) que a polícia ainda investiga o que pode ter motivado a morte do garoto e disse que há indícios de que o crime possa ter sido premeditado.
— Isso a gente precisa analisar, a motivação desse crime é uma incógnita, não temos essa resposta, mas há alguns indícios de que isso tenha sido previamente previsto.
Em coletiva de imprensa realizada em Ribeirão Preto, interior de São Paulo, Castro reforçou que o padrasto do menino, Guilherme Longo, e a mãe de Joaquim, Natália Mingoni Ponte, continuam sendo os principais suspeitos. Os dois tiveram a prisão temporária decretada no último domingo (10), mesmo dia em que o corpo da criança foi localizado.
— O casal ainda é o principal suspeito, mas não podemos descartar nenhuma linha de investigação.
Castro informou, ainda, que em novo depoimento Natália acrescentou alguns detalhes "que ainda estavam nebulosos", mas não detalhou o teor dessas declarações. Segundo o delegado, Natália tem colaborado mais com as investigações após a localização do corpo do filho.
— Ela estava tranquila [antes do corpo ser encontrado], isso levou com que a gente pedisse a prisão temporário do casal. Ao ver o corpo do filho ela entrou em choque, chorou. Talvez o fato dela ter visto o corpo encontrado e ter se conscientizado disso e também a prisão, talvez [isso] a leve a colaborar de um modo mais eficaz.
Além disso, imagens que mostrariam o pai de Longo saindo de carro da casa da família no dia em que o garoto desapareceu também serão analisadas.
— Temos algumas imagens, mas são só alguns indícios. Isso [se o pai de Longo participou do crime de alguma forma] vai ser apurado.
Em relação à possibilidade de Joaquim ter sido levado por um traficante como pagamento de uma dívida de Longo, que admitiu ser usuário de drogas, o delegado acredita que isso é pouco provável.
— Não descartamos, mas trabalhamos com a hipótese de que ninguém entrou na residência. Então é muito improvável que um traficante fique de posse de uma criança com problemas de saúde para tentar negociar qualquer tipo de divida que o Guilherme poderia ter. É muito improvável.
O delegado informou também que o padrasto deve ser ouvido pela primeira vez nesta tarde. Além disso, a polícia pretende realizar uma reconstituição do crime.
Agressão ou negligência
A investigação tenta esclarecer se Joaquim foi vítima de agressão ou negligência. Os policiais também apuram se ele poderia ter morrido por excesso ou falta de insulina. O garoto era diabético.
O corpo da criança, sepultado nesta segunda-feira (11), na cidade de São Joaquim da Barra, no interior de São Paulo, foi encontrado por pescadores boiando no rio Pardo, em Barretos. Ele usava um pijama estampado idêntico ao descrito pela mãe e pelo padrasto no boletim de ocorrência, feito horas depois do desaparecimento da criança. Segundo os dois suspeitos, o menino sumiu de dentro do quarto durante a madrugada da última terça-feira (5), em Ribeirão Preto. No mesmo cômodo, dormia o bebê de quatro meses.
O promotor Marcus Tulio Alves Nicolino enfatizou que somente a perícia poderá determinar a causa da morte de Joaquim.
— Só poderemos ter certeza do que aconteceu, se houve algum ferimento, se houve sinais de morte violenta com a divulgação do laudo, que demora de 20 a 30 dias. O que o médico afirmou de antemão é que a criança não morreu afogada.
R7
segunda-feira, 11 de novembro de 2013
Mãe e padrasto do menino Joaquim são presos em Ribeirão Preto, SP
Prisão do casal foi decretada neste domingo, após corpo ser encontrado.
Evidência de homicídio levou juiz a aceitar pedido de prisão, diz delegado.
A mãe e o padrasto do menino Joaquim Ponte Marques, de 3 anos, foram presos na noite deste domingo (10) em Ribeirão Preto (SP), após terem a prisão temporária decretada pela Justiça. A decisão é do juiz plantonista Cássio Ortega de Andrade. A psicóloga Natália Ponte e o técnico em tecnologia da informação Guilherme Longo deverão permanecer presos por 30 dias.
O corpo de Joaquim foi encontrado neste domingo pelo dono de um rancho, no Rio Pardo, em Barretos (SP). Natália e o pai do menino, Arthur Paes, estiveram nesta tarde no Instituto Médico Legal (IML) de Barretos para fazer o reconhecimento. A criança havia desaparecido na última terça-feira (5), de dentro da casa da mãe em Ribeirão Preto.
Ao ser infomado sobre a localização do corpo do menino, o padrasto reagiu com frieza. "Foi reconhecido? Maravilha. A gente vai dar uma ligada para os advogados para ver o que está acontecendo", afirmou.
“Antes não tínhamos a certeza de que era um homicídio. Agora temos a declaração do médico. Somadas a isso, evidências que tínhamos anteriormente de que não houve participação de terceiros no fato, e que colocavam o padrasto e a mãe como principais suspeitos, fizeram com que o juiz se convencesse da prisão temporária”, afirma o promotor Marcus Túlio Nicolino.
Segundo o delegado seccional João Osinski Júnior, diretor do departamento de Polícia Judiciária do Interior (Deinter-3), Longo é considerado o principal suspeito do crime, porém, a polícia não descarta a hipótese de participação de Natália no desaparecimento e na morte da criança.
Corpo do menino Joaquim foi encontrado no Rio Pardo (Foto: Arte/ G1)
De acordo com Osinski, o casal foi preso no fim da tarde deste domingo. Natália foi levada para a Delegacia de Investigações Gerais (DIG), em Ribeirão Preto, onde presta depoimento. Longo está preso no 3º Batalhão da Polícia Militar de Ribeirão. "Eles já estão presos e foram recolhidos, mas não podemos passar mais detalhes para não atrapalhar a investigação. Precisamos de calma agora", disse.
Um exame feito pelo IML no corpo do menino neste domingo revelou, segundo o delegado, que o pulmão de Joaquim não apresentava água, o que descarta a possibilidade da morte por afogamento. O fato evidencia o homicídio, já que a criança, de acordo com a polícia, foi jogada no Córrego Tanquinho, nas proximidades da casa da família.
No momento da chegada à DIG, no início da noite deste domingo, Natália foi recebida com ameaças por um grupo de pessoas. Populares, principalmente mulheres acompanhadas por crianças, gritavam “justiça”, e correram em direção ao carro em que ela estava. Alguns chutaram um portão do estacionamento das viaturas na delegacia. Uma pessoa chegou a bater no vidro do veículo. Apesar do tumulto, não houve conflito com a polícia.
Após reconhecer o filho no IML de Barretos, Natália alegou inocência no caso. Segundo Osinski, o técnico em informática Guilherme Longo, de 28 anos, é apontado como um dos principais suspeitos da morte de Joaquim.
Entretanto, o promotor de Justiça Marcus Túlio Nicolino disse, neste domingo, que não descarta a possibilidade da participação de Natália no crime. “São muitas evidências que nos levam a crer que o padrasto esteja envolvido diretamente no crime, porém, não descartamos ainda a chance da mãe também ter participação. Todas as informações coletadas até o momento são compatíveis com as diligências realizadas desde o começo da investigação”, diz.
Localização
O corpo de Joaquim foi encontrado pelo dono de uma propriedade rural em Barretos, que avisou o Corpo de Bombeiros pelo 193, após avistar uma pessoa boiando sobre as águas do Pardo neste domingo, por volta das 10h.
Segundo Osinski, a criança encontrada vestia um pijama estampado idêntico ao descrito pela família no boletim de ocorrência registrado no dia do desaparecimento, na terça-feira (5).
O delegado informou que vai solicitar a realização de exames médicos específicos, como testes de insulina, que poderão ajudar nas investigações. “Vou pedir vários exames. Precisamos saber de várias coisas, se foi esganado, por que lesão morreu”, diz.
O delegado responsável pelo caso, Paulo Henrique Martins de Castro, disse que será necessário esperar o laudo oficial da perícia para descobrir o motivo da morte. “Vamos aguardar os laudos para obter uma conclusão mais efetiva para dar prosseguimento ao caso”, diz. A previsão é que o laudo fique pronto em até 30 dias.
G1
Evidência de homicídio levou juiz a aceitar pedido de prisão, diz delegado.
A mãe e o padrasto do menino Joaquim Ponte Marques, de 3 anos, foram presos na noite deste domingo (10) em Ribeirão Preto (SP), após terem a prisão temporária decretada pela Justiça. A decisão é do juiz plantonista Cássio Ortega de Andrade. A psicóloga Natália Ponte e o técnico em tecnologia da informação Guilherme Longo deverão permanecer presos por 30 dias.
O corpo de Joaquim foi encontrado neste domingo pelo dono de um rancho, no Rio Pardo, em Barretos (SP). Natália e o pai do menino, Arthur Paes, estiveram nesta tarde no Instituto Médico Legal (IML) de Barretos para fazer o reconhecimento. A criança havia desaparecido na última terça-feira (5), de dentro da casa da mãe em Ribeirão Preto.
Ao ser infomado sobre a localização do corpo do menino, o padrasto reagiu com frieza. "Foi reconhecido? Maravilha. A gente vai dar uma ligada para os advogados para ver o que está acontecendo", afirmou.
“Antes não tínhamos a certeza de que era um homicídio. Agora temos a declaração do médico. Somadas a isso, evidências que tínhamos anteriormente de que não houve participação de terceiros no fato, e que colocavam o padrasto e a mãe como principais suspeitos, fizeram com que o juiz se convencesse da prisão temporária”, afirma o promotor Marcus Túlio Nicolino.
Segundo o delegado seccional João Osinski Júnior, diretor do departamento de Polícia Judiciária do Interior (Deinter-3), Longo é considerado o principal suspeito do crime, porém, a polícia não descarta a hipótese de participação de Natália no desaparecimento e na morte da criança.
Corpo do menino Joaquim foi encontrado no Rio Pardo (Foto: Arte/ G1)
De acordo com Osinski, o casal foi preso no fim da tarde deste domingo. Natália foi levada para a Delegacia de Investigações Gerais (DIG), em Ribeirão Preto, onde presta depoimento. Longo está preso no 3º Batalhão da Polícia Militar de Ribeirão. "Eles já estão presos e foram recolhidos, mas não podemos passar mais detalhes para não atrapalhar a investigação. Precisamos de calma agora", disse.
Um exame feito pelo IML no corpo do menino neste domingo revelou, segundo o delegado, que o pulmão de Joaquim não apresentava água, o que descarta a possibilidade da morte por afogamento. O fato evidencia o homicídio, já que a criança, de acordo com a polícia, foi jogada no Córrego Tanquinho, nas proximidades da casa da família.
No momento da chegada à DIG, no início da noite deste domingo, Natália foi recebida com ameaças por um grupo de pessoas. Populares, principalmente mulheres acompanhadas por crianças, gritavam “justiça”, e correram em direção ao carro em que ela estava. Alguns chutaram um portão do estacionamento das viaturas na delegacia. Uma pessoa chegou a bater no vidro do veículo. Apesar do tumulto, não houve conflito com a polícia.
Após reconhecer o filho no IML de Barretos, Natália alegou inocência no caso. Segundo Osinski, o técnico em informática Guilherme Longo, de 28 anos, é apontado como um dos principais suspeitos da morte de Joaquim.
Entretanto, o promotor de Justiça Marcus Túlio Nicolino disse, neste domingo, que não descarta a possibilidade da participação de Natália no crime. “São muitas evidências que nos levam a crer que o padrasto esteja envolvido diretamente no crime, porém, não descartamos ainda a chance da mãe também ter participação. Todas as informações coletadas até o momento são compatíveis com as diligências realizadas desde o começo da investigação”, diz.
Localização
O corpo de Joaquim foi encontrado pelo dono de uma propriedade rural em Barretos, que avisou o Corpo de Bombeiros pelo 193, após avistar uma pessoa boiando sobre as águas do Pardo neste domingo, por volta das 10h.
Segundo Osinski, a criança encontrada vestia um pijama estampado idêntico ao descrito pela família no boletim de ocorrência registrado no dia do desaparecimento, na terça-feira (5).
O delegado informou que vai solicitar a realização de exames médicos específicos, como testes de insulina, que poderão ajudar nas investigações. “Vou pedir vários exames. Precisamos saber de várias coisas, se foi esganado, por que lesão morreu”, diz.
O delegado responsável pelo caso, Paulo Henrique Martins de Castro, disse que será necessário esperar o laudo oficial da perícia para descobrir o motivo da morte. “Vamos aguardar os laudos para obter uma conclusão mais efetiva para dar prosseguimento ao caso”, diz. A previsão é que o laudo fique pronto em até 30 dias.
G1
domingo, 10 de novembro de 2013
Carta de uma senhora de 84 anos ao "Estadão", nesse final de semana... Ruth Moreira, expressou aquilo que muitos brasileiros decentes estão sentindo...
Estou com vergonha do Brasil.Vergonha do governo, com esse impatriótico,
antidemocrático e antirrepublicano projeto de poder.
Vergonha do Congresso rampeiro que temos, das Câmaras que dão com uma mão para nos surrupiar com a outra, políticos vendidos a quem dá mais e comprovadamente corruptos. (Renan, Z Dirceu, Collor e etc).Pensar no bem do País, hoje é ser trouxa.
Vergonha do dilapidar de nossas grandes empresas estatais, Petrobrás, Eletrobrás e outras, patrimônio de todos os brasileiros, que agora estão a serviço de uma causa só, o poder. Vergonha de juízes vendidos. Vergonha de mensalões, mensalinhos, mensaleiros (e ele não sabia de NADA!!).Vergonha de termos 42 ministros e outro tanto de partidos a mamar nas tetas da viúva, enquanto brasileiros morrem em enchentes, perdendo casa e familiares por desídia de políticos, se não desonestos, então, incompetentes para o cargo. Vergonha de ver a presidentA de um país pobre ir mostrar na Europa uma riqueza que não temos
(onde está a guerrilheira? era tudo fantasia?).
Vergonha da violência que impera e de ver uma turista estuprada durante
seis horas por delinquentes fichados e à solta fazendo barbaridades,
envergonhando-nos perante o mundo.Vergonha por pagarmos tantos impostos e
nada recebermos em troca - nem estradas, nem portos, nem saúde, nem segurança, nem escolas que ensinem para valer, nem creches para atender a população que forçosamente tem de ir à luta.
Vergonha de todos esses desmandos que nos trouxeram de volta a famigerada inflação.
Agora pergunto: Onde estão os homens de bem deste país?Onde está a Maçonaria? a OAB? CNBB? os Militares?? LYONS? Onde estão os que querem lutar por um Brasil melhor?
Porque os congressistas, ao inves de instituirem Pena de Morte para assassinos e estrupadores, lhes concedem gorda Bolsa Presidiario?Enquanto isso, grande parte do povo brasileiro, trabalha honestamente, pra pagar impostos absurdos e ganhar bem menos do que aqueles que mataram e estupraram. Isso, somente estimula a marginalidade! Estou com muita vergonha do Brasil!
Por que tantos estão calados?Tenho 84 anos e escrevo à espera de um despertar que não se concretiza.Até quando isso vai continuar? Até quando veremos essas nulidades que aí estão sendo eleitas e reeleitas?
Estou com muita vergonha do Brasil. Eu estou com vergonha dos BRASILEIROS.
RUTH MOREIRA http://../undefined/compose?to=ruthmoreira%40uol.com.br
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Que Brasil é esse?
quinta-feira, 7 de novembro de 2013
Vulnerabilidade extrema e trabalho infantil no Recife
Publicada nesta segunda-feira, reportagem de jornal pernambucano revelou a situação de vulnerabilidade de famílias e o descaso do poder público na capital. O texto relata o cotidiano de três crianças do bairro de Saramandaia, norte de Recife, que nadam em meio ao lixo no Canal do Arruda em busca de latas de alumínio para reciclagem.
Os garotos, que têm de 9 a 12 anos, vendem as latas em um galpão de reciclagem e conseguem entre 1 e 5 reais, por dia. O dinheiro é usado para comprar comida para eles mesmos ou suas famílias. Os meninos de Saramandaia não estão sozinhos, o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) afirma que, no estado de Pernambuco, 726 crianças e adolescentes trabalham com a cata de lixo.
O Ministério Público do Trabalho (MPT) já possui um processo contra a prefeitura de Recife pela não aplicação de políticas de combate ao trabalho infantil. "Isso é uma prova de que a prefeitura podia fazer muito mais. É a face mais crua e cruel da miséria. A imagem prova nossa tese de que o poder público está falhando no combate ao trabalho infantil”, declarou o procurador do Ministério Público do Trabalho, Leonardo Osório Mendonça
promenino
Os garotos, que têm de 9 a 12 anos, vendem as latas em um galpão de reciclagem e conseguem entre 1 e 5 reais, por dia. O dinheiro é usado para comprar comida para eles mesmos ou suas famílias. Os meninos de Saramandaia não estão sozinhos, o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) afirma que, no estado de Pernambuco, 726 crianças e adolescentes trabalham com a cata de lixo.
O Ministério Público do Trabalho (MPT) já possui um processo contra a prefeitura de Recife pela não aplicação de políticas de combate ao trabalho infantil. "Isso é uma prova de que a prefeitura podia fazer muito mais. É a face mais crua e cruel da miséria. A imagem prova nossa tese de que o poder público está falhando no combate ao trabalho infantil”, declarou o procurador do Ministério Público do Trabalho, Leonardo Osório Mendonça
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Família acusa médico por morte de mulher que engordou 10 kg para cirurgia de redução de estômago
Marido relata que ela se sentia com corpo fora dos padrões para trabalhar com moda
A família da empresária Fernanda Nóbrega, 26 anos, denuncia que um médico endocrinologista tenha sido negligente ao orientar a paciente a engordar e emitido um laudo para que ela realizasse uma cirurgia de redução de estômago. Fernanda foi operada no dia 26 de outubro em Recife (PE) e morreu dois dias depois após complicações.
Segundo o marido, Higor Cayo dos Anjos, a mulher abriu uma loja de roupa havia dois meses e teria decido fazer a cirurgia porque se sentia fora de forma para trabalhar com moda, o que a incomodava. Ela procurou diversos médicos do convênio e nenhum aceitou fazer a redução por considerar que a empresária pudesse perder peso de outra forma. Ela tinha 1,62 metros e 80 kg.
Em mais uma das tentativas, um cirurgião teria indicado um médico, que emitiu um laudo afirmando que Fernanda não conseguia perder peso e recomendando a cirurgia, além de pedir que ela engordasse 10 kg para a operação.
Fernanda ganhou os quilos a mais em apenas um mês. Dois dias após a operação, ela se queixou de dores no peito. A causa da morte foi dada como embolia pulmonar.
A família pediu que o nome do médico não fosse divulgar porque uma ação na Justiça será aberta. Os parentes pretendem registrar também um boletim de ocorrência. A reportagem entrou em contato com o médico citado por eles e foi informada pelo profissional de que Fernanda foi comunicada dos riscos da operação e assinou um documento.
R7
A família da empresária Fernanda Nóbrega, 26 anos, denuncia que um médico endocrinologista tenha sido negligente ao orientar a paciente a engordar e emitido um laudo para que ela realizasse uma cirurgia de redução de estômago. Fernanda foi operada no dia 26 de outubro em Recife (PE) e morreu dois dias depois após complicações.
Segundo o marido, Higor Cayo dos Anjos, a mulher abriu uma loja de roupa havia dois meses e teria decido fazer a cirurgia porque se sentia fora de forma para trabalhar com moda, o que a incomodava. Ela procurou diversos médicos do convênio e nenhum aceitou fazer a redução por considerar que a empresária pudesse perder peso de outra forma. Ela tinha 1,62 metros e 80 kg.
Em mais uma das tentativas, um cirurgião teria indicado um médico, que emitiu um laudo afirmando que Fernanda não conseguia perder peso e recomendando a cirurgia, além de pedir que ela engordasse 10 kg para a operação.
Fernanda ganhou os quilos a mais em apenas um mês. Dois dias após a operação, ela se queixou de dores no peito. A causa da morte foi dada como embolia pulmonar.
A família pediu que o nome do médico não fosse divulgar porque uma ação na Justiça será aberta. Os parentes pretendem registrar também um boletim de ocorrência. A reportagem entrou em contato com o médico citado por eles e foi informada pelo profissional de que Fernanda foi comunicada dos riscos da operação e assinou um documento.
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segunda-feira, 4 de novembro de 2013
Cadela encontra recém-nascida amarrada em saco durante passeio com o dono
Menina com apenas 24 horas de vida foi jogada debaixo de arbustos em parque na Inglaterra
A população de Birmingham, na Inglaterra, está bastante surpresa com a história de uma cadela da raça pastor alemão que, durante passeio com o dono a um parque da região, encontrou um bebê recém-nascido amarrado dentro de uma sacola. A criança estava jogada debaixo de arbustos.
Roger Wilday, de 68 anos, estranhou a atitude da fêmea Jade, que abandonou a caminhada que a dupla realizava para correr até o local onde estava o bebê. Ao avistar o saco, o inglês pensou que gatinhos estavam presos. Ele só percebeu que se tratava de uma criança quando rasgou uma parte do plástico e viu os bracinhos da recém-nascida.
Chocado, Wilday imediatamente chamou a polícia. Quando as autoridades chegaram, a menina foi levada ao hospital.
Os médicos acreditam que a garota estava com apenas 24 horas de vida quando foi largada no parque. Eles também constataram que a menina deveria estar presa no saco há cerca de 30 minutos quando a cadela a encontrou. "Se estivesse mais tempo presa, ela não resistiria", disse o pediatra responsável pelo caso ao jornal local Birmingham Mail.
Para homenagear a cadela heroína, a menina abandonada está sendo chamada de "Jade" pela equipe do hospital no qual está internada.
A polícia local está procurando informações sobre a mãe da garotinha e, em comunicado oficial, pediu a ajuda dos moradores de Birmingham.
Wilday disse que Jade, de nove anos, é apaixonada por crianças. O inglês tem cinco netos. Um deles é Eliza, que nasceu há duas semanas e já virou o xodó da cachorra.
Globo Rural On-Line
A população de Birmingham, na Inglaterra, está bastante surpresa com a história de uma cadela da raça pastor alemão que, durante passeio com o dono a um parque da região, encontrou um bebê recém-nascido amarrado dentro de uma sacola. A criança estava jogada debaixo de arbustos.
Roger Wilday, de 68 anos, estranhou a atitude da fêmea Jade, que abandonou a caminhada que a dupla realizava para correr até o local onde estava o bebê. Ao avistar o saco, o inglês pensou que gatinhos estavam presos. Ele só percebeu que se tratava de uma criança quando rasgou uma parte do plástico e viu os bracinhos da recém-nascida.
Chocado, Wilday imediatamente chamou a polícia. Quando as autoridades chegaram, a menina foi levada ao hospital.
Os médicos acreditam que a garota estava com apenas 24 horas de vida quando foi largada no parque. Eles também constataram que a menina deveria estar presa no saco há cerca de 30 minutos quando a cadela a encontrou. "Se estivesse mais tempo presa, ela não resistiria", disse o pediatra responsável pelo caso ao jornal local Birmingham Mail.
Para homenagear a cadela heroína, a menina abandonada está sendo chamada de "Jade" pela equipe do hospital no qual está internada.
A polícia local está procurando informações sobre a mãe da garotinha e, em comunicado oficial, pediu a ajuda dos moradores de Birmingham.
Wilday disse que Jade, de nove anos, é apaixonada por crianças. O inglês tem cinco netos. Um deles é Eliza, que nasceu há duas semanas e já virou o xodó da cachorra.
Globo Rural On-Line
sábado, 2 de novembro de 2013
O que é a porfiria?
Não há uma porfiria, existem porfirias. São um conjunto de sete doenças. Todas elas referentes a deficiências de enzimas que são a cadeia do metabolismo de uma proteína muito importante que se chama HEME. Esta proteína é o núcleo constituinte da hemoglobina, que é a proteína principal que existe nos glóbulos vermelhos e cuja função – essencial – é a de transporte do oxigénio para os tecidos.
Por outro lado, esta proteína também é muito importante em outras duas linhas metabólicas que são os sistemas citocrómos, que têm duas funções muito significativas. Uma, são os citocrómos respiratórios, que existem nas mitocôndrias, que têm a ver com oxigenação e a produção de energia a nível celular. A outra linha muito importante é do citocrómo P450, que tem a ver com o metabolismo de centenas de medicamentos. Isto é muito importante, porque há uma relação muito clara entre o consumo de diversos medicamentos e a eclosão de crises.
Portanto, são sete as variantes das porfirias e a grande maioria tem associação a mutações genéticas. No entanto, uma delas e uma das
mais frequentes, que é a porfiria cutânea tarda, em 80% dos casos não é de origem genética. Fazem parte das doenças raras e, por exemplo, em França, a porfiria aguda intermitente tem uma incidência de 0,6 casos por cada mil habitantes. São doenças conhecidas há
muitos anos mas para as quais só apareceram tratamentos específicos desde meados dos anos 80.
O medicamento mais específico é a hematina, que existe em Portugal desde 1999. As porfirias dividem-se em dois grupos – do ponto de vista fisiopatológico – as hepáticas ou porfirias eritrocitárias, em que a doença ocorre particularmente no fígado ou nos glóbulos vermelhos. As hepáticas são as mais comuns e têm expressão mais efectiva nos adultos. As porfirias nos glóbulos vermelhos são muito mais raras e têm uma expressão clínica logo desde a infância, podendo, até, ter manifestações já na vida fetal.
Do ponto de vista clínico, dividem-se em porfirias cutâneas e neuroviscerais, consoante o quadro clínico apresente predominantemente
manifestações na pele ou manifestações neurológicas. E há mistura entre expressão cutânea e expressão interna.
Não é uma doença que afecte mais particularmente adultos que crianças?
É uma doença que afecta qualquer grupo etário, mas é mais frequente na idade adulta, o que tem a ver com a maturidade hormonal. Um dos factores desencadeantes dos ataques de porfiria são as hormonas esteróides, as hormonas sexuais. As manifestações das porfirias, principalmente as hepáticas, são muito mais frequentes após a puberdade.
Quais são as principais consequências destas doenças?
As manifestações sintomáticas, nas porfirias dos adultos, envolvem os órgãos internos, particularmente o fígado, e manifestações
neurológicas. Estas doenças raramente têm uma expressão crónica, permanente, persistente, funcionam sim de uma forma intermitente,
por ataques agudos. Dividem-se também em porfirias agudas e cutâneas, e estas últimas têm uma manifestação mais perene.
E quais são os sintomas mais frequentes?
Falando das porfirias hepáticas, que são as mais frequentes no adulto (e eu sou médico de adultos!), as manifestações são crises em que se desencadeiam por jejum prolongado, défices nutricionais – tudo o que seja défice proteico, sobretudo hidratos de carbono, pode
desencadear uma crise; exposição a medicamentos e há várias dezenas que são porfirinogénicos; doenças infecciosas agudas; ou qualquer forma de stress orgânico.
As manifestações são cutâneas, uma erupção bulhosa e normalmente é determinada por fotosensibilidade, o que tem a ver com o facto das porfirinas se acumularem na pele e serem sensíveis à radiação ultra-violeta. Esta erupção pode generalizar-se, quando o portador de porfiria se expõe ao sol, com a formação de vesículas, que podem fazer lesões com ulceração, que deixa uma cicatriz viciante e deformante e com uma particularidade curiosa que é a de fazer o crescimento de pelos nessas regiões.
Aliás, estas doenças foram ligadas com as lendas da licantropia. Imagine-se a Moldávia no século VII e havia umas pessoas na aldeia que,
cada vez que apanhavam sol, ficavam cheios de bolhas e nessas regiões a seguir cresciam-lhes muitos pelos. Ficavam com transtornos psiquiátricos – as manifestações neurológicas são alterações comportamentais, cefaleias intensas, desequilíbrios, letargias, convulsões; muitos doentes têm também injecção conjuntival, ficam com os olhos muito vermelhos, e aparece uma tonalidade amarelada na dentição.
Se isto é verdade científica – e não é, seguramente, é literatura romântica! – o que é facto é que se ligou isto à lenda do lobisomem. As manifestações mais frequentes de todas são as dores abdominais, intensas que chegam a levar estes doentes ao hospital. Por outro lado, existe o risco de se ir estabelecendo, de crise para crise, uma polineuropatia, que vai alterando os nervos periféricos provocando dores e extrema sensibilidade das mãos e pés, que se vai agravando progressivamente, podendo provocar alterações motoras que levem a
paralisia de segmentos do corpo, inclusive dos músculos respiratórios.
Uma das coisas mais peculiares que existe na porfiria – e é um dos indicadores de diagnóstico – é que as porfirinas acumulam-se excessivamente, quer no fígado quer nos eritrócitos, e são descartadas na urina. A urina do doente porfírico num recipiente de vidro, e após meia-hora de exposição solar, fica cor de vinho tinto.
Que outros meios de diagnóstico existem?
Existem dois tipos de métodos de diagnóstico: a nível bioquímico, ou seja, a demonstração do excesso de acumulação destas proteínas; e, a nível genético, a comprovação de mutações das quais estão descritas várias várias centenas. O estudo genético nas porfirias não é muito determinante do diagnóstico do doente portador com expressão clínica. A confirmação genética é extremamente importante para o despiste familiar e para o despiste de portadores que podem ser assintomáticos à data.
Que tratamentos é que existem?
O tratamento é essencialmente preventivo! Prevenir os factores precipitantes das crises. Não há um medicamento que modifique a doença de uma forma óbvia, tomado continuamente. A crise é uma urgência médica e os doentes devem habituar-se a identificá-la. Por exemplo, assim que tem uma crise e começam a notar a urina escura, as dores a aparecerem, as cefaleias intensas, devem telefonar
imediatamente aos seus médicos.
O tratamento, na altura, é fazer o aporte calórico e garantir uma boa nutrição, sobretudo de hidratos de carbono, deve fazer uma dieta
muito rica de açúcares e faz-se, inclusivamente, soro com glucose para garantir que os níveis de glicemia são suficientes. Por outro lado, utiliza-se medicação sintomática e temos de ter sempre muito cuidado para não dar medicamentos que possam agravar a crise. Damos analgésicos – e é bom que sejam opiáceos – medicamentos para as náuseas e vómitos; para baixar a pressão arterial; e um medicamento específico que é a hematina, que consiste em dar a proteína HEME por injecção intravenosa, durante três a quatro dias, até estabilizar os níveis circulantes.
A hematina só é utilizada nas crises?
Só nas crises. Nos doentes mais graves, que têm uma frequência muito grande das crises, têm vindo a fazer-se experimentações de modelos de terapêutica continuada, aí sim, com algum carácter preventivo, em que os doentes fazem perfusões de uma, duas, três vezes por semana, no sentido de evitar a crise. No estrangeiro já existe quem tenha feito. Que eu saiba não há em Portugal esta experiência. No entanto, eu tenho uma doente a quem, se calhar, vou propor começar a fazer. É uma paciente com 54 anos, com crises extremamente frequentes, o que talvez justifique a experimentação com a terapêutica contínua.
O acesso aos tratamentos em Portugal é fácil?
Poucos hospitais em Portugal têm hematina disponível para fazer o tratamento das porfirias. E não há em Portugal nenhum centro
de referência para tratamento de porfirias. Existe, na Europa, o “European Porphyria Initiative”, que é uma rede europeia de referenciação para os doentes portadores de porfiria. Começa na Península Ibérica, sim, mas na fronteira de Portugal com Espanha, em que há um centro em Madrid e outro em Barcelona, espalha-se pela Europa Ocidental e à Europa de Leste.
Não há investigação em Portugal sobre esta doença?
Houve, muito boa! A tese de doutoramento do professor Palma Carlos foi precisamente as porfirias. Ele montou no Hospital de Santa
Maria um centro de estudos de porfirias, com laboratório, com clínicos disponíveis para criarem um grupo de doentes. Eu fiz um pouco parte disso, o professor Palma Carlos foi meu chefe de serviço. Quando ele se reformou, o serviço desmembrou-se. Como referi, há pouco, os hospitais que têm hematina, têm-na porque têm um pequeno núcleo de doentes.
O facto de nem todos terem não tem a ver com o controle de custos das administrações hospitalares?
A hematina não é dos fármacos mais caros. Terá que ver com os hospitais terem doentes referenciados ou não. Mas os doentes não estão referenciados em Portugal.
Não há qualquer referenciação em Portugal? Não se sabe quantos doentes existem?
Não. E, como sempre nestas doenças raras, estarão espalhados pela Medicina Interna, pela Hematologia, Gastrenterologia. Não há uma rede de comunicação estabelecida. Eu tenho quatro doentes, o que implica quatro famílias e não têm a codificação genética feita, porque até há uns dois ou três meses atrás não se fazia em Portugal. Neste momento, temos um colega geneticista laboratorial a trabalhar no Instituto de Medicina Molecular/ GenoMed, que trabalha connosco no Hospital de Santa Maria, e está a fazer um estudo das três porfirias mais frequentes.
Qual é o melhor centro de referência desta doença?
A nível europeu é o francês – “Centre Français des Porphyries”, perto de Paris. Uma das autoridades deste centro, o professor Jean Charles Deybach, vai ser convidado por mim a vir a Portugal brevemente para uma palestra.
Actualmente, faz-se pesquisa sobre novos medicamentos?
Há pesquisa a ser feita na Europa e Estados Unidos sobre medicamentos novos, sobre terapêutica enzimática de substituição.
Quais são os dramas com que se debate uma família de um portador desta doença?
O primeiro drama é chegar ao diagnóstico, não falando das porfirias eritrocitárias, que têm expressão pediátrica e são detectadas pelos pediatras. As porfirias não têm grandes manifestações antes da puberdade. E depois a codificação biológica, ou seja, a demonstração
enzimática da doença… se se fizer o teste durante uma crise os valores podem ser superiores entre 10 a 100 vezes. Se o fizer entre crises os valores estão pouco elevados. E, aliás, em algumas porfirias, outras doenças, a toma de alguns medicamentos pode elevar ligeiramente estas enzimas e induzir em erro. Portanto, o diagnóstico faz-se de uma forma muito directa em plena crise.
E a família, com que consequências se debate?
A primeira consequência é a frustração de não saber o diagnóstico. Por outro lado, a família não tem o conhecimento suficiente para uma acção preventiva, porque não sabe qual é a doença.
A família tem um papel importante na prevenção?
Claro que sim! Por exemplo, uma mãe não deixar uma adolescente fazer uma dieta para ser parecida com a Brooke Shields e ter défices nutricionais, de hidratos de carbono, e poder espoletar uma crise. Ou a família estar muito alerta e dizer sempre ao seu filho adolescente
que não toma medicamento nenhum sem perguntar.
Luís Brito Avô – Coordenador do Núcleo de Estudos de Doenças Raras da Sociedade Portuguesa de Medicina Interna
Fotosantesedepois.com
Por outro lado, esta proteína também é muito importante em outras duas linhas metabólicas que são os sistemas citocrómos, que têm duas funções muito significativas. Uma, são os citocrómos respiratórios, que existem nas mitocôndrias, que têm a ver com oxigenação e a produção de energia a nível celular. A outra linha muito importante é do citocrómo P450, que tem a ver com o metabolismo de centenas de medicamentos. Isto é muito importante, porque há uma relação muito clara entre o consumo de diversos medicamentos e a eclosão de crises.
Portanto, são sete as variantes das porfirias e a grande maioria tem associação a mutações genéticas. No entanto, uma delas e uma das
mais frequentes, que é a porfiria cutânea tarda, em 80% dos casos não é de origem genética. Fazem parte das doenças raras e, por exemplo, em França, a porfiria aguda intermitente tem uma incidência de 0,6 casos por cada mil habitantes. São doenças conhecidas há
muitos anos mas para as quais só apareceram tratamentos específicos desde meados dos anos 80.
O medicamento mais específico é a hematina, que existe em Portugal desde 1999. As porfirias dividem-se em dois grupos – do ponto de vista fisiopatológico – as hepáticas ou porfirias eritrocitárias, em que a doença ocorre particularmente no fígado ou nos glóbulos vermelhos. As hepáticas são as mais comuns e têm expressão mais efectiva nos adultos. As porfirias nos glóbulos vermelhos são muito mais raras e têm uma expressão clínica logo desde a infância, podendo, até, ter manifestações já na vida fetal.
Do ponto de vista clínico, dividem-se em porfirias cutâneas e neuroviscerais, consoante o quadro clínico apresente predominantemente
manifestações na pele ou manifestações neurológicas. E há mistura entre expressão cutânea e expressão interna.
Não é uma doença que afecte mais particularmente adultos que crianças?
É uma doença que afecta qualquer grupo etário, mas é mais frequente na idade adulta, o que tem a ver com a maturidade hormonal. Um dos factores desencadeantes dos ataques de porfiria são as hormonas esteróides, as hormonas sexuais. As manifestações das porfirias, principalmente as hepáticas, são muito mais frequentes após a puberdade.
Quais são as principais consequências destas doenças?
As manifestações sintomáticas, nas porfirias dos adultos, envolvem os órgãos internos, particularmente o fígado, e manifestações
neurológicas. Estas doenças raramente têm uma expressão crónica, permanente, persistente, funcionam sim de uma forma intermitente,
por ataques agudos. Dividem-se também em porfirias agudas e cutâneas, e estas últimas têm uma manifestação mais perene.
E quais são os sintomas mais frequentes?
Falando das porfirias hepáticas, que são as mais frequentes no adulto (e eu sou médico de adultos!), as manifestações são crises em que se desencadeiam por jejum prolongado, défices nutricionais – tudo o que seja défice proteico, sobretudo hidratos de carbono, pode
desencadear uma crise; exposição a medicamentos e há várias dezenas que são porfirinogénicos; doenças infecciosas agudas; ou qualquer forma de stress orgânico.
As manifestações são cutâneas, uma erupção bulhosa e normalmente é determinada por fotosensibilidade, o que tem a ver com o facto das porfirinas se acumularem na pele e serem sensíveis à radiação ultra-violeta. Esta erupção pode generalizar-se, quando o portador de porfiria se expõe ao sol, com a formação de vesículas, que podem fazer lesões com ulceração, que deixa uma cicatriz viciante e deformante e com uma particularidade curiosa que é a de fazer o crescimento de pelos nessas regiões.
Aliás, estas doenças foram ligadas com as lendas da licantropia. Imagine-se a Moldávia no século VII e havia umas pessoas na aldeia que,
cada vez que apanhavam sol, ficavam cheios de bolhas e nessas regiões a seguir cresciam-lhes muitos pelos. Ficavam com transtornos psiquiátricos – as manifestações neurológicas são alterações comportamentais, cefaleias intensas, desequilíbrios, letargias, convulsões; muitos doentes têm também injecção conjuntival, ficam com os olhos muito vermelhos, e aparece uma tonalidade amarelada na dentição.
Se isto é verdade científica – e não é, seguramente, é literatura romântica! – o que é facto é que se ligou isto à lenda do lobisomem. As manifestações mais frequentes de todas são as dores abdominais, intensas que chegam a levar estes doentes ao hospital. Por outro lado, existe o risco de se ir estabelecendo, de crise para crise, uma polineuropatia, que vai alterando os nervos periféricos provocando dores e extrema sensibilidade das mãos e pés, que se vai agravando progressivamente, podendo provocar alterações motoras que levem a
paralisia de segmentos do corpo, inclusive dos músculos respiratórios.
Uma das coisas mais peculiares que existe na porfiria – e é um dos indicadores de diagnóstico – é que as porfirinas acumulam-se excessivamente, quer no fígado quer nos eritrócitos, e são descartadas na urina. A urina do doente porfírico num recipiente de vidro, e após meia-hora de exposição solar, fica cor de vinho tinto.
Que outros meios de diagnóstico existem?
Existem dois tipos de métodos de diagnóstico: a nível bioquímico, ou seja, a demonstração do excesso de acumulação destas proteínas; e, a nível genético, a comprovação de mutações das quais estão descritas várias várias centenas. O estudo genético nas porfirias não é muito determinante do diagnóstico do doente portador com expressão clínica. A confirmação genética é extremamente importante para o despiste familiar e para o despiste de portadores que podem ser assintomáticos à data.
Que tratamentos é que existem?
O tratamento é essencialmente preventivo! Prevenir os factores precipitantes das crises. Não há um medicamento que modifique a doença de uma forma óbvia, tomado continuamente. A crise é uma urgência médica e os doentes devem habituar-se a identificá-la. Por exemplo, assim que tem uma crise e começam a notar a urina escura, as dores a aparecerem, as cefaleias intensas, devem telefonar
imediatamente aos seus médicos.
O tratamento, na altura, é fazer o aporte calórico e garantir uma boa nutrição, sobretudo de hidratos de carbono, deve fazer uma dieta
muito rica de açúcares e faz-se, inclusivamente, soro com glucose para garantir que os níveis de glicemia são suficientes. Por outro lado, utiliza-se medicação sintomática e temos de ter sempre muito cuidado para não dar medicamentos que possam agravar a crise. Damos analgésicos – e é bom que sejam opiáceos – medicamentos para as náuseas e vómitos; para baixar a pressão arterial; e um medicamento específico que é a hematina, que consiste em dar a proteína HEME por injecção intravenosa, durante três a quatro dias, até estabilizar os níveis circulantes.
A hematina só é utilizada nas crises?
Só nas crises. Nos doentes mais graves, que têm uma frequência muito grande das crises, têm vindo a fazer-se experimentações de modelos de terapêutica continuada, aí sim, com algum carácter preventivo, em que os doentes fazem perfusões de uma, duas, três vezes por semana, no sentido de evitar a crise. No estrangeiro já existe quem tenha feito. Que eu saiba não há em Portugal esta experiência. No entanto, eu tenho uma doente a quem, se calhar, vou propor começar a fazer. É uma paciente com 54 anos, com crises extremamente frequentes, o que talvez justifique a experimentação com a terapêutica contínua.
O acesso aos tratamentos em Portugal é fácil?
Poucos hospitais em Portugal têm hematina disponível para fazer o tratamento das porfirias. E não há em Portugal nenhum centro
de referência para tratamento de porfirias. Existe, na Europa, o “European Porphyria Initiative”, que é uma rede europeia de referenciação para os doentes portadores de porfiria. Começa na Península Ibérica, sim, mas na fronteira de Portugal com Espanha, em que há um centro em Madrid e outro em Barcelona, espalha-se pela Europa Ocidental e à Europa de Leste.
Não há investigação em Portugal sobre esta doença?
Houve, muito boa! A tese de doutoramento do professor Palma Carlos foi precisamente as porfirias. Ele montou no Hospital de Santa
Maria um centro de estudos de porfirias, com laboratório, com clínicos disponíveis para criarem um grupo de doentes. Eu fiz um pouco parte disso, o professor Palma Carlos foi meu chefe de serviço. Quando ele se reformou, o serviço desmembrou-se. Como referi, há pouco, os hospitais que têm hematina, têm-na porque têm um pequeno núcleo de doentes.
O facto de nem todos terem não tem a ver com o controle de custos das administrações hospitalares?
A hematina não é dos fármacos mais caros. Terá que ver com os hospitais terem doentes referenciados ou não. Mas os doentes não estão referenciados em Portugal.
Não há qualquer referenciação em Portugal? Não se sabe quantos doentes existem?
Não. E, como sempre nestas doenças raras, estarão espalhados pela Medicina Interna, pela Hematologia, Gastrenterologia. Não há uma rede de comunicação estabelecida. Eu tenho quatro doentes, o que implica quatro famílias e não têm a codificação genética feita, porque até há uns dois ou três meses atrás não se fazia em Portugal. Neste momento, temos um colega geneticista laboratorial a trabalhar no Instituto de Medicina Molecular/ GenoMed, que trabalha connosco no Hospital de Santa Maria, e está a fazer um estudo das três porfirias mais frequentes.
Qual é o melhor centro de referência desta doença?
A nível europeu é o francês – “Centre Français des Porphyries”, perto de Paris. Uma das autoridades deste centro, o professor Jean Charles Deybach, vai ser convidado por mim a vir a Portugal brevemente para uma palestra.
Actualmente, faz-se pesquisa sobre novos medicamentos?
Há pesquisa a ser feita na Europa e Estados Unidos sobre medicamentos novos, sobre terapêutica enzimática de substituição.
Quais são os dramas com que se debate uma família de um portador desta doença?
O primeiro drama é chegar ao diagnóstico, não falando das porfirias eritrocitárias, que têm expressão pediátrica e são detectadas pelos pediatras. As porfirias não têm grandes manifestações antes da puberdade. E depois a codificação biológica, ou seja, a demonstração
enzimática da doença… se se fizer o teste durante uma crise os valores podem ser superiores entre 10 a 100 vezes. Se o fizer entre crises os valores estão pouco elevados. E, aliás, em algumas porfirias, outras doenças, a toma de alguns medicamentos pode elevar ligeiramente estas enzimas e induzir em erro. Portanto, o diagnóstico faz-se de uma forma muito directa em plena crise.
E a família, com que consequências se debate?
A primeira consequência é a frustração de não saber o diagnóstico. Por outro lado, a família não tem o conhecimento suficiente para uma acção preventiva, porque não sabe qual é a doença.
A família tem um papel importante na prevenção?
Claro que sim! Por exemplo, uma mãe não deixar uma adolescente fazer uma dieta para ser parecida com a Brooke Shields e ter défices nutricionais, de hidratos de carbono, e poder espoletar uma crise. Ou a família estar muito alerta e dizer sempre ao seu filho adolescente
que não toma medicamento nenhum sem perguntar.
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