domingo, 20 de junho de 2010

Caso Mércia: testemunha disse ter sofrido ameaça


SÃO PAULO - Policias do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) ouviram nesta sexta-feira mais duas testemunhas no inquérito que apura a morte da advogada Mércia Nakashima, de 28 anos, em São Paulo. Uma delas, o flanelinha Fabio da Silva, disse que foi ameaçado por um homem que não conhece. O flanelinha disse à polícia ter visto Mizael Bispo dos Santos, ex-namorado da advogada e principal suspeito do crime, sair de seu carro deixado no estacionamento de um hospital em Guarulhos e passar para outro veículo no dia 23 de maio, data em que Mércia Nakashima desapareceu. O corpo dela foi encontrado 18 dias depois no na represa de Nazaré Paulista, a 59 km de São Paulo de São Paulo.
- O homem disse para pensar no que eu ia falar - disse a testemunha.
À polícia, Mizael disse que saiu com Mércia e juntos foram a um cinema em Guarulhos, no sábado, um dia antes do desaparecimento. No domingo em que Mércia sumiu, Mizael, que é ex-policial, afirmou que ele não conseguiu ver a advogada. Na hora do desaparecimento, o ex-namorado de Mércia disse que estava com uma garota de programa, dentro de seu carro, que estava no estacionamento de um hospital. Mas Mizael não soube identificar a garota e ela não foi encontrada pela polícia.
O rastreador do carro do ex-namorado da advogada mostrou que, quando ela desapareceu, o acusado estava perto do local onde ela foi vista pela última vez. O ex-policial nega qualquer envolvimento no crime.
A outra testemunha a ser ouvida foi a ex-mulher de um vigia de um posto. O vigilante, segundo a polícia, sempre conversava com Mizael, mas desapareceu em 23 de maio, dia em que Mércia foi assassinada. Ele disse aos donos do posto que precisava fazer uma viagem e desde o sumiço da advogada nunca mais retornou ao trabalho. A Polícia também tenta localizar o vigia.
Os policiais levaram do posto um computador com imagens do circuito interno. Segundo testemunhas, Mizael esteve no estabelecimento no mesmo dia 23 de maio.
A polícia quer saber se naquele dia Mizael usava a mesma camisa que foi apreendida, rasgada, na casa dele. Os policiais também começaram a rastrear as ligações de 3 telefones do advogado e tentam descobrir em que ponto da cidade os dois celulares da advogada foram desligados. Os aparelhos foram encontrados dentro do carro que estava submerso na represa de Nazaré Paulista, mas estavam sem o chip.


Um comentário:

  1. Ele preparou tudo premeditadamente, imaginando que ia se safar dessa.
    Como não existe crime perfeito, testemunhas estão aparecendo e ameaçadas pela quadrilha dele.
    JUSTIÇA PARA MÉRCIA!

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