quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Amigos de médico-residente encontrado morto no Rio prestam depoimento


Colegas de trabalho do médico-residente de cirurgia geral Demétrio Antônio Francisco, 32, -- encontrado morto com uma seringa injetada no pé-- prestam depoimento na tarde desta quinta-feira na 4ª DP (Central do Brasil), no Rio.

Médico-residente é encontrado morto em hospital municipal do Rio

Francisco foi encontrado morto hoje dentro do seu quarto no alojamento do hospital municipal Souza Aguiar, no centro do Rio. Dois colegas do médico disseram à polícia que há dois dias ele não ligava para a família e que parentes telefonaram para o alojamento para perguntar dele.
Os colegas, então, foram até o quarto, ouviram barulho na televisão ligada, mas a porta estava trancada. Como ninguém atendeu aos chamados, eles arrombaram a porta e encontraram o médico caído no chão.
Segundo a polícia, ao lado do corpo havia quatro ampolas vazias de citrato de fentanila, um anestésico forte derivado da morfina. Uma seringa, com escalpe, estava injetada no pé e havia uma poça de sangue ao lado do corpo do rapaz.
O delegado substituto da 4ª DP, Paulo Guimarães, afirmou que a hipótese de homicídio é remota. Ele trabalha com as hipóteses de overdose acidental ou não. Ainda segundo os colegas do médico, Francisco não dividia o quarto com ninguém, não costumava sair, não tinha amigos no Rio e era introspectivo.
"O fato dele ter injetado a agulha em um dos pés indica que é um local de dissimulação, normalmente empregado por pessoas que costumam se autoinjetar e não querem que ninguém perceba. Porque sempre onde há uma injeção resta uma ferida", afirmou o delegado.
Ainda de acordo com ele, havia gotas de sangue nos sapatos e nas meias. "Ou seja, uma vez anterior, no mínimo, ele utilizou do mesmo método", disse Guimarães.
Ele também afirmou que o corpo estava em estado de rigidez cadavérica e que a morte teria ocorrido há pelo menos seis horas. A polícia também informou que não havia sinais de luta corporal e que aparetemente nenhum objeto foi roubado.
A família do médico, que é de Juiz de Fora (MG), já foi comunicada e está a caminho do Rio.


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