terça-feira, 17 de agosto de 2010

Pediatra afirma que menina morta na semana passada com suspeita de maus-tratos nunca sofreu convulsão

Joanna em foto do celular da mãe/ Foto: Marcelo Carnaval / Agência O Globo.

RIO - O pediatra Vanderlei Porto negou, nesta segunda-feira, que Joanna Marcenal - que morreu semana passada sob a suspeita de ter sofrido maus-tratos - tivesse doença neurológica ou qualquer outro problema de saúde que pudesse causar convulsões. Antes de ser internada, a criança, de 5 anos, cuja guarda havia sido entregue ao pai, o técnico judiciário André Rodrigues Marins, foi atendida três vezes em emergências com quadro convulsivo, conforme mostra reportagem de Ludmila Lima, com a colaboração de Vera Araújo, publicada na edição desta terça-feira do GLOBO.
- A Joanna sempre foi supersaudável e normal. Ela nunca teve convulsão e não tomava remédio anticonvulsivo - afirmou Vanderlei, pediatra de Joanna desde que ela era bebê até o momento em que foi entregue ao pai, em 26 de maio.
Em seu depoimento na Delegacia da Criança e Adolescente Vítima (Dcav), o falso médico Alex Sandro da Cunha Souza , de 33 anos, estudante do 5º período de Medicina, que atendeu Joanna, levantou suspeitas sobre a madrasta da menina, Vanessa Maia. Segundo o estudante, no RioMar, Joanna pediu para ir ao banheiro. Alegando que a menina estava de fralda, Vanessa teria dito que não era preciso. Naquele dia, segundo peritos do Instituto-Médico Legal do Rio, a criança já tinha queimaduras nas nádegas. Um exame preliminar do IML , feito no fim do mês de julho, constatou que as queimaduras tinham sido produzidas nos últimos 40 dias, quando a menina já estava sob a guarda do pai, o técnico judiciário André Rodrigues Marins.
Alex Sandro disse ainda ter sugerido ao pai de Joanna a permanência da menina no Hospital RioMar, onde o falso estudante dava plantão usando o CRM de um médico de Nova Iguaçu. A criança deixou o hospital desacordada, depois de uma crise convulsiva, no dia 17 de julho.
De acordo com o titular da DCAV, Luiz Henrique Marques, Alex Sandro e a médica Sarita Pereira, coordenadora do setor de pediatria do Hospital RioMar, serão indiciados por exercício ilegal da Medicina, uso de documento falso, falsidade ideológica e tráfico de drogas, já que Joanna recebeu remédios de uso controlado.



Defensora: pai não aceitava relação com padrasto
Joanna passou 26 dias em coma. A vida da menina foi marcada por uma intensa briga entre os pais. As desavenças entre a mãe, a médica Cristiane Cardoso Marcenal Ferraz, e André foram parar na Justiça em 2007. A defensora pública Heloísa Guimarães, que acompanha o caso pelo lado da família da mãe, diz que o pai não aceitava a relação da criança com o padrasto, o pastor Ricardo Ferraz.
A decisão de entregar Joanna ao pai foi da juíza da 1ª Vara de Família de Nova Iguaçu, Claudia Nascimento Vieira. A guarda permaneceria com André até o próximo dia 26, sem direito a visitas da mãe. A medida foi referendada pelo Tribunal de Justiça. Laudos psicológicos teriam atestado que Joanna sofria da síndrome de alienação parental, supostamente em razão de a mãe tê-la afastado do pai.



O Globo

2 comentários:

  1. Como pode um pai que pelo que a mãe contou no programa não acompanhou a gravidez,não convivia com a criança,acredito que nem sentimento pela menina ele tinha...
    Deus conforte essa mãe e que essa nova estrelinha brilhe no céu onde pode ter paz.

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  2. Temos que pedir a DEUS para nos afastar dos bandidos do judiciário. Esse assassino só consegui a guarda da criança porque atua na máfia do judiciário, onde quem conhece alguem sempre ganha a causa.Essa juíza, esse pai assassina e a madrasta assassina, devem ser julgados e condenados a prisão perpetua. Mas como a galera é a mafia do judiciário duvido que aconteça alguma coisa com a corja.

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