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quinta-feira, 9 de setembro de 2010
Advogado de PM diz que depoimentos dos Bussamra foram uma "sessão de mentiras"
Ele diz que relatos de pai e filho foram contraditórios
O advogado Claudionor de Brito, que defende o cabo Marcelo Bigon, um dos suspeitos de terem cobrado propina de Roberto Bussamra, pai do rapaz que confessou o atropelamento de Rafael Mascarenhas, filho da atriz Cissa Guimarães, disse nesta quinta-feira (9) que os depoimentos dele e de seu filho, Rafael Bussamra, foram uma "sessão de mentiras". Pai e filho acusam os policiais militares de tentarem extorquir R$ 10 mil para se livrarem de provas do acidente.
- Pai e filho não combinaram o que falariam.
Brito afirma que houve contradições. Segundo ele, Roberto teria dito que os PMs foram até o local do acidente com Rafael e desfizeram a cena do fato. Já o rapaz, de acordo com o advogado, disse ter sido abordado pelos policiais apenas na saída do túnel Acústico, na Gávea, zona sul. O advogado afirmou que usará a suposta contradição em suas alegações finais.
Estão sendo ouvidos nesta quinta-feira seis testemunhas de acusação no processo que está julgando dois PMs acusados de terem cobrado propina do pai de Rafael Bussamra. Faltam ainda prestarem depoimentos três policiais militares: o cabo que fez a ocorrência no dia do fato, o coordenador de rádio do batalhão do Leblon e um oficial que ficou responsável pelo inquérito na corporação.
O acidente
O túnel Acústico, onde ocorreu o acidente, estava interditado para manutenção e a vítima andava de skate com amigos. Dois carros que seguiam no sentido zona oeste e resolveram voltar para a zona sul usaram a saída de emergência no meio do túnel, mudaram de pista e um deles acabou atingido Rafael.
O veículo estava a quase 100 km/h e o jovem foi arremessado a uma distância de cerca de 50 m, morrendo horas depois no hospital. Os outros skatistas contaram em depoimento que os motoristas apostavam corrida, mas os acusados.
Rafael Bussamra e Gabriel Henrique Ribeiro, que dirigia o outro carro que também estava no túnel, foram indiciados por homicídio doloso (quando há intenção de matar ou se conhece o risco do resultado do ato cometido). Ambos também foram indiciados por fuga.
O atropelador e seu pai também vão responder por corrupção ativa, pela tentativa de pagarem para os policiais para saírem do local do acidente e se livrarem de possíveis pistas.
Maria Hugo Monken
R7
Marcadores:
irregularidades,
violência
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