Rio - A investigação sobre a morte da menina Lavínia, assassinada em Duque de Caxias, em março, entra numa nova fase. O delegago da 60ª DP (Duque de Caxias), Robson da Costa, abriu, nesta quinta-feira, um novo inquérito para apurar uma possível participação de terceiros no crime. O objetivo é saber de que forma Lavínia foi retirada de casa.
Ainda segundo o delegado, não está descartada uma reconstituição do crime. Nesta quarta-feira, o Ministério Público do Estado do Rio, ofereceu à 4ª Vara Criminal de Duque de Caxias, denúncia, com pedido de prisão preventiva, contra Luciene Reis Santana, por homicídio triplamente qualificado e por ocultação do cadáver da menina Lavínia, de 6 anos.
O corpo da criança foi encontrado no dia 2 de março em um quarto de um hotel de Caxias. A vítima, que foi retirada da casa de sua família pela assassina, acompanhou Luciene até o local do crime – como revelaram imagens do circuito de segurança do ônibus que pegaram juntas.
A denunciada, que confessou sua culpa, foi presa no mesmo dia em que o corpo foi encontrado. Segundo a denúncia, o homicídio foi cometido por motivo torpe (sentimento de vingança pelo pai da vítima, que era amante de Luciene e terminara o relacionamento com ela) e com emprego de meio cruel (asfixia por estrangulamento).
Além disso, o crime contou com recursos que dificultaram a defesa da vítima (dissimulação ao ocultar seu propósito homicida durante o período em que ficou com a menina em seu poder; ataque inesperado quando a vítima jamais poderia supor a brutal agressão; bem como ter impedido que a criança gritasse por socorro, envolvendo sua cabeça em uma toalha de forma a não ser ouvida por outras pessoas no hotel).
Após estrangular Lavínia, Luciene escondeu o corpo dentro da estrutura de alvenaria da cama, cobrindo-o com o estrado de madeira e o colchão, ocultando, assim, o cadáver – encontrado, dias depois, em avançado estado de putrefação.
Os três funcionários do hotel reconheceram a denunciada como a pessoa que ocupou um quarto no dia 28 de fevereiro e que tentou sair sem pagar a conta. “Macula a ordem pública a agressividade desmedida da denunciada e indicia sua periculosidade exacerbada, seja pelo fato de ter sido o crime praticado contra uma indefesa criança, que teve sua vida atenuada de forma prematura pela cruel vingança da denunciada, seja pela sórdida e repugnante motivação do crime, o que exige uma pronta e eficaz resposta da Justiça”, afirmou a subscritora da denúncia, Promotora de Justiça Simone Sibílio do Nascimento.
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