sexta-feira, 1 de abril de 2011

Sobrinho do principal suspeito de crime em Cunha diz ter medo de sair de casa por ser parecido com tio



Rapaz também afirmou que acredita na inocência de Ananias dos Santos
O sobrinho do principal suspeito de assassinar as duas irmãs adolescentes de Cunha, cidade a 231 km de São Paulo, Isailton Batista Toledo, disse nesta sexta-feira (1º) acreditar na inocência de seu tio, Ananias dos Santos. Ele contou que, no dia seguinte ao crime, recebeu um telefonema de Santos em que o suspeito afirmou não ser o culpado do assassinato e que não iria pagar por um crime que não cometeu. Toledo confirmou que seu tio era apaixonado por uma das adolescentes e, justamente por isso, não teria capacidade de matar as jovens.
Ele também contou que frequentava a casa das meninas, era muito amigo de uma delas e ficou chocado com o crime. Desde o início da semana, o sobrinho de Ananias diz ter medo de sair de casa e também de voltar para a cidade de Cunha, onde mora sua família. De acordo com o rapaz, o motivo do medo seria a semelhança física que ele tem com seu tio. Os dois foram criados juntos e a diferença de idade entre eles é de apenas um ano.
Toledo ajudou nas buscas e, segundo o delegado responsável pelo caso, o pai das meninas pode ter se confundido na hora de identificar tio e sobrinho.

Depoimento do pai
O pedreiro José Benedito de Oliveira, pai das adolescentes de 15 e 16 anos encontradas mortas na última segunda-feira (28) em um matagal de Cunha, disse à polícia que o principal suspeito do crime, Ananias dos Santos, esteve em sua casa dia 24, um dia após o sumiço das irmãs, pedindo que ele guardasse uma arma. A polícia suspeita que essa pode ter sido uma tentativa do suspeito de incriminar o pai das vítimas, caso a arma fosse encontrada em sua casa. Oliveira afirmou que Santos estava nervoso e pediu para esconder a arma em um monte de lenha.
- Disse a ele que fosse embora.
A auxiliar de enfermagem de 50 anos que namorava o suspeito do duplo homicídio disse, em entrevista, que se arrependeu de não ter avisado a polícia logo que recebeu um telefonema de Santos, também no dia 24, afirmando saber onde estavam os corpos.
A polícia suspeita que a mulher tinha ciúme de uma das irmãs mortas e que Santos matou a garota para mostrar que amava a namorada. Uma irmã do suspeito também foi entrevistada e disse que ele não comentou nada sobre o crime.

Manifestação
Na tarde de quinta-feira (31), cerca de 2.000 pessoas realizaram uma manifestação em Cunha em protesto contra o assassinato das irmãs. O ato teve início na avenida Padre Rodolfo, no bairro Alto do Cruzeiro, perto da Santa Casa da cidade. Os moradores disseram que o crime só ocorreu por causa da falta de segurança na cidade.

Crime
Os corpos das irmãs adolescentes foram encontrados na última segunda-feira em um matagal na zona rural de Cunha. O resultado dos exames do IML (Instituto Médico Legal) de Guaratinguetá apontou que as duas foram baleadas no peito e na cabeça.


R7

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Verbratec© Desktop.