sábado, 18 de junho de 2011

Game inédito ensina crianças e adolescentes a navegar com segurança na Internet


Jogo eletrônico educativo é lançado durante comemoração de três anos da Parceira para a Proteção da Criança e Adolescente no Brasil


A Parceria para a Proteção da Criança e Adolescente (CPP - Brasil), o Instituto Internacional para os Direitos e Desenvolvimento da Criança e do Adolescente (IICRD), o Instituto Paramitas e a Plan Brasil lançaram um jogo eletrônico educativo destinado a crianças entre 7 e 12 anos de idade. O game, chamado “Galáxia Internet”, buscar sensibilizar o público infantojuvenil sobre os riscos do universo online e orientá-lo sobre formas de navegação segura. O game foi apresentado aos jornalistas durante o evento comemorativo dos três anos da CPP no Brasil, realizado nesta quinta em São Paulo.

A proposta de desenvolver esse jogo surgiu de crianças e adolescentes, quando consultados pela CPP sobre a melhor forma de conscientizar o público infantojuvenil sobre o uso seguro das Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs). Adolescentes participantes de projetos desenvolvidos em parceria com a CPP também foram envolvidos em pilotagens do jogo durante sua elaboração. Em um ambiente 2D, por meio de 16 atividades, os jogadores terão contato com temas como utilização de redes sociais e comunicadores instantâneos, cyber bullying, vírus, dicas de navegação em lan houses, divulgação de fotos, chats, envio e recebimento de emails e sistemas de busca na Internet.

O jogo, que está em fase final de testes, estará disponível online e sua utilização será gratuita. O game também será distribuído em DVD diretamente a educadores por meio de parcerias como a que a CPP tem negociado com o Ministério da Educação. Também estão sendo desenvolvidos materiais educativos que poderão ser utilizados por educadores, pais, professores, proprietários de lan houses, monitores de centros de inclusão digital e demais profissionais que trabalham com crianças e adolescentes.

“A produção do game faz parte da estratégia de atuação da CPP, que busca envolver crianças e adolescentes, enquanto grandes conhecedores das TICs, na construção de soluções de prevenção e proteção. Desse modo, eles são estimulados a ter participação ativa em sua proteção, tanto virtual quanto real”, avalia Suzanne Williams, diretora da CPP Internacional, vice-diretora e diretora jurídica do IICRD. A CPP tem como objetivo contribuir para o fortalecimento de sistemas de proteção já existentes e para a elaboração de novas políticas públicas de proteção de crianças e adolescentes, por meio de atividades como a capacitação de agentes de aplicação da lei. Esse trabalho é desenvolvido em conjunto com poder público, polícias, proprietários de lan houses e organizações não-governamentais.

“Os parceiros da CPP identificaram que, apesar dos excelentes materiais já disponíveis de orientação para navegação segura, há escassez de produtos voltados especificamente para crianças, que integrem suas perspectivas e utilizem a linguagem adequada para cada idade. Esta foi a razão pela qual fomos consultar as crianças, pois ninguém melhor que elas mesmas para nos ajudar a identificar qual o meio mais lúdico e eficaz de educar a respeito da tecnologia. A resposta das crianças foi clara: usar a própria tecnologia!”, diz Maria Emilia Accioli Nobre Bretan, gestora da CPP no Brasil.

A CPP é uma colaboração multissetorial que reúne mais de 60 parceiros no Brasil, Tailândia e Canadá para a proteção de crianças e adolescentes contra a violência sexual facilitada pelas TICs. O projeto, que teve início em 2008 com o financiamento da Agência Canadense de Desenvolvimento Internacional (CIDA), é liderado por um grupo global de referência composto pelo UNICEF, Microsoft, Plan International, CIDA, Real Polícia Montada do Canadá e IICRD (Instituto Internacional para os Direitos e Desenvolvimento da Criança e do Adolescente), organização não governamental canadense implementadora da CPP.

No Brasil, entre os mais de 30 parceiros da CPP estão Polícia Federal, Polícia Militar do Estado de São Paulo, SaferNet Brasil, Childhood Brasil, Plan Brasil, Instituto Paramitas, Associação Obra do Berço, Secretaria de Inclusão Social de Santo André, Projeto JEDA, NECA, Fundação Telefônica, Idort, além de outros órgãos governamentais, organizações não-governamentais, empresas, agências de aplicação da lei, em nível municipal, estadual e nacional. Há três anos no país, a CPP trabalha com parceiros locais em 14 comunidades piloto (no Maranhão, em São Paulo e Santo André), envolvendo diretamente mais de 270 crianças e adolescentes brasileiros na implementação-piloto da metodologia participativa denominada Círculo dos Direitos.

Comitiva Canadense

Além do evento de comemoração dos três anos de atividade da CPP e o lançamento do game, a CPP organizou a visita de uma comitiva do Canadá ao Brasil, com o objetivo de compartilhar experiências no combate à violência sexual infantojuvenil facilitada pelo uso das TICs entre os dois países. Em eventos e reuniões da comitiva com representantes brasileiros em São Paulo e em Brasília dos dias 9 a 14 de junho, foi anunciada a criação do Centro Nacional de Proteção Online à Criança e ao Adolescente (Cenapol), centro integrado de prevenção, investigação e dados sobre os casos de abuso e exploração no Brasil por meio da Internet. O modelo canadense é referência internacional e serviu como parâmetro para a concepção do centro brasileiro liderado pela Polícia Federal.


prómenino

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Verbratec© Desktop.