terça-feira, 14 de junho de 2011

Menores vendem produtos nas ruas para ajudar nas despesas de casa


Brasília - Marina*, 11 anos, vende doces próximo à Estação Rodoviária de Brasília. Ela nunca estudou e ajuda a manter as despesas de casa com o que vende. Arredia, Marina não quis conversar sobre sua vida.
Marcos, 17 anos, faz panfletagem em um centro comercial da capital. Ele já frequentou a escola e começou a trabalhar para ajudar a tia, com quem vive, e que revende produtos de beleza. Morador de Samambaia, cidade-satélite de Brasília, diz que a renda da panfletagem ajuda nas despesas de casa e em suas despesas pessoais, como roupas e calçados.

Paulo, 14 anos, vendia blusas em Capão da Canoa (RS) para ajudar os pais com as despesas de casa. Ele e mais uma irmã saíam pelas ruas da cidade para fazer esse trabalho. Ele contou que durante o tempo em que ficou vendendo as blusas não ia para a escola e “até que sentia falta” dos estudos.
“Na escola posso aprender a ler, escrever, aprendo a respeitar os outros. Posso ser alguém na vida”, disse o menino. Paulo acrescentou que não sente falta do trabalho que fazia e que hoje tem mais amigos por causa da escola.

Fábio, 13 anos, colega de Paulo, trabalhava num quiosque em uma das praias de Capão da Canoa. Ele vendia bebidas e cigarro. Ele também ajudava nos afazeres domésticos e cuidava dos irmãos enquanto os pais não estavam em casa. Assim como Paulo, ele trabalhava para ajudar nas despesas de casa.
Hoje, os dois meninos fazem parte de um programa do estado, em parceria com o governo federal, que retira crianças do trabalho infantil e garante o acesso delas à escola. O programa também dá suporte aos pais para manter os filhos longe do trabalho.

Eles fizeram parte das estatísticas de crianças inseridas no trabalho infantil. Hoje, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), há 4,3 milhões de crianças e jovens de 5 a 17
anos trabalhando. A Região Nordeste concentra o maior percentual – 11,7%, seguida pela Região Sul, com 11,6%, pelo Centro-Oeste, com 10,2%, o Norte, com 9,6%, e o Sudeste, com 7,6%.

Segundo dados da Organização Internacional do Trabalho (OIT), há em todo o mundo mais de 200 milhões de crianças a adolescentes no trabalho infantil.

*Os nomes dos menores são fictícios

Fonte: Agência Brasil


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