sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Suspeita de exploração de trabalho infantil em Vargem Alta


Mães dizem que os filhos estão trabalhando em um curral, em troca de dinheiro e passeios à cavalo. O dono da fazenda negou as acusações

No interior de Vargem Alta, mães dizem que os filhos estão sendo vítimas de exploração de trabalho infantil. As crianças estariam fazendo serviços em um curral, em troca de dinheiro e passeios à cavalo. O dono da fazenda, que também é vereador na cidade, negou as acusações.
Um dos garotos é filho da manicure Lucinéia Dionísio e tem treze anos. Na manhã desta quinta-feira (12), ele ficou em casa pois está com o pé machucado. Ele conta o motivo de frequentar a fazenda. "Ele prometeu que ia dar dez reais para nós, e até hoje não deu. Lá nós conversamos com ele, ele chama a gente para cortar as coisas, andar de cavalo", diz o adolescente.
A mãe é contra e proíbe o filho de ir até o local, mas ele não obedece. "Não sei porque eles gostam de ir lá. Deve ser porque ele prometeu dinheiro, e tem as carroças também, que eles andam", comenta Lucinéia. Outro menor, de doze anos, diz que gosta de ir para a fazenda. A mãe dele também não concorda. "Eu não queria que ele trabalhasse, ele está mal na escola. Se for para trabalhar, que seja comigo, me ajudando na roça", afirma a lavradora Márcia Barbosa.

Dono da fazenda nega
O dono da fazenda Francisco Fassarela, negou as acusações de explorar trabalho infantil. Disse também que vai mudar de comportamento. "Você acha que uma criança vai cortar cana? Eles gostam de andar na carroça, nos cavalos, mas só pela diversão. Já que está tendo esse problema, vou conversar com as famílias e mudar isso. Tenho que me resguardar", diz.

Conselho Tutelar
Uma equipe do Conselho Tutelar de Vargem Alta esteve na fazenda nesta quinta-feira (12) e não havia nenhuma criança trabalhando no local. Segundo o conselheiro Cássio Panetto, o órgão vai continuar atento e acompanhar o caso.



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