segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Escola onde menino foi baleado e morto faz reunião com pais de alunos



Colégio Adventista quer esclarecer dúvidas; aulas serão retomadas na terça.
Para polícia, principal suspeito de tiro acidental em Embu é colega de 9 anos.

A escola onde Miguel Cestari Ricci dos Santos foi morto por um disparo, provavelmente acidental, na quarta-feira (29) em Embu, na Grande São Paulo, realiza desde o início da manhã desta segunda-feira (4) reuniões com os pais de outros alunos para tratar do caso. A informação foi confirmada pela assessoria de imprensa do Colégio Adventista, onde o estudante de 9 anos morreu baleado à queima roupa. Segundo a Polícia Civil , depoimentos de outras crianças e professores revelam que o principal suspeito pelo crime pode ter sido um outro aluno, colega de Miguel e com a mesma idade da vítima.
De acordo com o colégio, o objetivo das reuniões é tentar esclarecer aos responsáveis dos demais alunos o que ocorreu dentro da escola na manhã da última quarta. Segundo a assessoria do órgão, pais estão com algumas dúvidas. As aulas estão suspensas desde a morte do menino e serão retomadas na terça (5).

Arma desaparecida
Para o setor de Homicídios da Delegacia Seccional de Taboão da Serra, também na Grande SP, a morte de Miguel é tratada como homicídio. Ele teria sido morto por um outro colega de classe que teria atirado acidentalmente após levar um revólver calibre 38 para a sala de aula. A arma estaria escondida dentro da mochila do aluno suspeito, que já foi identificado. Uma menina, também aluna, teria ouvido o barulho de um tiro e visto quando o atirador guardava a arma na mochila.
A arma do crime ainda não foi localizada. Para a perícia encontrar o revólver é fundamental para realizar análises que possam confirmar de qual arma partiu o disparo que matou o menino.
Os pais do menino suspeito poderão responder pelo crime se ficar comprovado que o filho deles tenha mesmo levado uma arma pertencente aos responsáveis para o colégio. Em depoimento à polícia, os pais do suspeito negaram que guardavam alguma arma em casa. A Polícia quer revistar a casa dos responsáveis pelo garoto suspeito. O nome dele e dos pais dele não foram divulgados para não atrapalhar as investigações.
O delegado Carlos Roberto Ceroni pediu para os investigadores revistarem mochilas de outros estudantes e vasculhar a casa do aluno suspeito de matar Miguel. O uniforme e a mochila do suspeito foram apreendidos e serão periciados para saber se neles há vestígio de pólvora. O resultado dos exames deve ficar pronto até o início desta semana.

Crime
O crime aconteceu por volta de 11h da última quarta. As aulas já tinham acabado quando professores e funcionários ouviram o barulho de um tiro e encontraram Miguel já baleado dentro de uma sala de aula, sozinho. Os próprios funcionários da escola levaram Miguel até um hospital particular. O menino entrou na emergência em estado de choque e chegou a passar por cirurgia, mas morreu.
Segundo a polícia, a escola limpou o local onde o menino foi baleado e prejudicou o trabalho da perícia. Também não há câmeras de monitoramento no local.
Os policiais já ouviram 40 pessoas. Outros pais e crianças devem ser ouvidos nesta segunda. O G1 não conseguiu localizar o delegado responsável pelas investigações para comentar o assunto nesta manhã. A reportagem também não achou os pais de Miguel para falar.


G1

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