RIO - Um ex-aluno invadiu, na manhã desta quinta-feira, a Escola Municipal Tasso da Silveira, em Realengo, e fez vários disparos, que teriam atingido mais de 30 alunos. Pelo menos 12 pessoas pessoas morreram, incluindo o assassino. Entre os mortos estão dez meninas entre 12 e 14 anos, e um menino. Há feridos, que estão sendo atendidos no Hospital Albert Schweitzer, no Hospital de Saracuruna, no Into (Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia), no Hospital da PM e no Hospital Pedro Ernesto. A maioria dos feridos foi atingida no tórax e na cabeça. O atirador foi identificado como Wellington Menezes de Oliveira, de 23 anos, que entrou na escola dizendo que iria dar uma palestra. Ele foi baleado com um tiro de fuzil na barriga e depois se matou.
Segundo Francisco André, de 28 anos, primo de Jessica Guedes, de 13 anos, uma das vítimas do massacre, o atirador teria ido a uma sala de aula e pedido para as crianças fecharem os olhos e levantarem as mãos para que ele começasse uma palestra. Em seguida, ele iniciou os disparos. Francisco disse estar revoltado com a falta de segurança na unidade:
- Como pode um homem entrar numa escola, passar por dois portões fechados sem que ninguém pedisse para que ele se identificasse?
O técnico em eletrônica Robson de Carvalho, 48 anos, tem dois filhos que estudam na escola. Ele relatou os momentos de pânico entre os alunos da escola:
- Minha filha de 15 anos me ligou informando sobre os tiros. Eu estava em casa, pronto para sair. Moro perto da escola e cheguei rapidamente ao local. O pânico era geral. Vi crianças feridas e o suposto atirador baleado no chão. O meu filho de 11 anos já tinha saído, mas ela ainda estava no terceiro andar. As professoras trancaram as salas e colocaram mesas e cadeiras atrás das portas para bloquear a passagem, temendo invasão de bandidos. Pegamos seis crianças feridas e trouxemos numa pick-up para o hospital. Foi uma coisa muito grave, nunca tinha visto isso. Acho que as crianças também vão ficar marcadas. Graças a Deus, meus filhos estão bem - disse robson.
A dona de casa Tania tem um filho de 13 anos que estava na sala de aula invadida pelo atirador. Ela contou que o filho está em estado de choque e fala em nunca mais ir ao colégio.
.- Ele ouviu os tiros e saiu correndo para salvar a vida. Não conseguiu pensar em mais nada. Ele está triste e quer saber como estão os colegas. Eu saí de casa quando ele me ligou, avisando o que tinha acontecido. Moramos há sete anos aqui e jamais imaginaria que uma violência dessa fosse acontecer aqui - disse a mãe do aluno.
A dona de casa Roberta de Macedo disse que conhecia uma das crianças que morreu e outra que foi baleada na cabeça.
- Isso tudo é horrivel - resumiu, às lagrimas.
Fonte: globo.com
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