sábado, 23 de julho de 2011

Bruno usou telefone de presídio para namorar. Leia o diálogo



Contagem (Minas Gerais) - Em uma das ligações interceptadas pelo serviço de inteligência do Ministério Público, com autorização da Justiça, o goleiro Bruno foi flagrado falando com sua namorada, Ingrid Calheiros. Durante cerca de doze minutos, Bruno teria utilizado o telefone da penitenciária de segurança máxima Nelson Hungria, em Contagem.
Em nota, a Secretaria de Estado de Defesa Social informou que os detentos do sistema prisional têm direito a ligações sociais, mediante autorização e justificativa, concedida por motivo relevante. Porém, com a transcrição das ligações autorizadas, a Subsecretaria de Administração Prisional (Suapi) deve "abrir um procedimento interno para apurar se houve facilitação do direito, por meio de algum funcionário, assim como abuso de confiança por parte do goleiro Bruno".

Confira a transcrição da conversa entre Bruno e Ingrid na íntegra:

Ingrid: Oi.
Pessoa 1: Oi. É Ingrid?
Ingrid: Sou eu.
Pessoa 1: Um momento por favor, é da Nelson Hungria. Eu vou transferir.
Ingrid: Tá bom.
(música de espera)
Pessoa 2: Alô?
Ingrid: Oi. Alô?
Pessoa 2: Oi Ingrid!
Ingrid: Oi, tudo bem? Eu já ia ligar. Eu tô aqui do lado do telefone.
Pessoa 2: Eu liguei lá, pedi pro diretor para fazer a ligação. Ele que atendeu, foi ele que autorizou. Foi bom, né?
Ingrid: Ai que bom!
Pessoa 2: Liga lá que ela tá esperando. Nesse momento ela não vai atender nenhum dos pacientes dela não. A gente já foi buscar o Bruno ali, tá?
Ingrid: Ah, já foi? Ai que bom!
Pessoa 2: Caso caia a ligação, você pode ligar de novo, tá? Não tem problema não.
Ingrid: Tá bom, brigada!
Pessoa 2: Tá ruim seu telefone aqui...
Ingrid: Não, eu tô ouvindo bem. Tô ouvindo bem.
Pessoa 2: Tomara que ele não falha na hora.
Ingrid: Não, ele não vai falhar não.
Pessoa 2: Nossa, hoje uns 10 minutos atrás ele tava falhando muito, como se a pessoa que a gente estivesse ouvindo estivesse gaga, sabe?
Ingrid: Ahan.
Pessoa 2: Tá bom Ingrid, um beijo.
Ingrid: Beijo. Tchau.
Pessoa 2: Tchau linda!
(pequena espera)

Bruno: Oi meu amor.
Ingrid: Oi amor!
Bruno: Tá ouvindo?
Ingrid: Tô ouvindo. Como que você tá?
Bruno: Ô meu amor, eu tô bem. Feliz aniversário atrasado.
Ingrid: Ah, mas você foi o primeiro a me dar parabéns, você esqueceu?
Bruno: E o último.
Ingrid: Primeiro e último não. Foi o único e último aniversário que você passou longe de mim.
Bruno: Isso amor, é isso aí!
Ingrid: Você vai ver.
Bruno: Hoje os advogados estiveram aqui, o doutor Carbone e o outro.
Ingrid: Eles foram aí?
Bruno: Eles vieram aqui, eu conversei com eles. Ele vai atuar no meu júri lá, eu deixei... já autorizei já.
Ingrid: Mas vai tirar o Dalledone?
Bruno: Vai tirar o Dalledone.
Ingrid: Vai, amor? Caraca...
Bruno: Não vai tirar. É tipo assim, os dois estão querendo entrar para ajudar. Só que no meu júri é ele que quer atuar.
Ingrid: Entendi, entendi. Mas aí você não vai tirar o Dalledone da causa não, né?
Bruno: Não, não. Você conversou com o Dalledone?
Ingrid: Ele me liga todos os dias. Ele vai passar aí amanhã para conversar com você. Aí você conversa com ele tudo direitinho porque ele tinha falado comigo que ele não tava feliz do Carbone ir aí não. Aí você explica tudo direitinho pra ele, eu conversei com ele também. Ele tá me passando tudo que ele tá fazendo, tem até outras coisas que eu queria passar pra ele também. Só estou esperando ele vir aqui pro Rio pra conversar com ele.
Bruno: Entendi.
Ingrid: Amor, eu tô com saudades!
Bruno: Ter uma pessoa da mídia do nosso lado é bom. Também tô, amor. Tô com muita saudade.
Ingrid - Eu sei bebê, mas você tem que ter cuidado que brigar com a Globo não é coisa boa também, né? Assim, é isso que o Carbone tem que ver, que ele na Sônia Abrão vai causar problema com a Globo.
Bruno: É, mas vamos ver. Eu acho que é uma coisa que é bom e ao mesmo tempo é ruim. Mas é bom, já que é a imprensa que colocou nós aqui dentro, a imprensa é que vai tirar a gente aqui de dentro. Preciso de alguém forte do nosso lado, que a Globo até agora não se manifestou.
Ingrid: Mas é que a mulher da Globo tá em cima de mim o tempo todo. Eu tô esperando a autorização do Dalledone para ele ir aí com a Patrícia Poeta, que quer ir aí conversar com você, amor. Só que eu tenho que ver se é bom o momento para ele te expor de novo.
Bruno: Ah, você tá onde?
Ingrid: Tô no consultório. Tô com saudade. Sabe quem tá aqui comigo?
Bruno: Ahn
Ingrid: É a Kita, namorada do Dudu.
Bruno: Quem?
Ingrid: A Kita, a Samanta.
Bruno: A Samanta? Manda um abraço e um beijão pra ele aí.
Ingrid: Fala com ela um minuto. Não, um minuto não. Trinta e cinco segundos.
Samanta: Oi, oi. Rapinho. Como você tá, rapaz?
Samanta: Alô?
Bruno: Oi Samanta.
Samanta: Oi, como é que você tá?
Bruno: Tô bem, né, dentro do possível.
Samanta: Vou falar com você rapidinho. A gente tá orando por você. A gente acredita em você e tá torcendo por você, tá bom?
Bruno: Só uma coisa...
Samanta - Se cuida aí que a gente cuida da Ingrid aqui. Fala...
Bruno: Tá bom. E eu tô orando por vocês aqui também pra voltar esse namoro aí. Não pode acabar nada aí não.
Samanta: Tá bom, tá bom! Mas eu vou passar para ela pra você não perder tempo. Beijo, beijo. Fica com Deus. Tchau.
Ingrid: Amor.
Bruno: Oi amor.
Ingrid: Ai amor, nem acredito que você tá ligando pra mim. Deixa eu falar uma coisa pra você. Olha só, aquela procuração que eu dei pra você assinar, eu conversei com o Vitinho e ele falou que não tem validade.
Bruno: Ahn?
Ingrid: É, ele falou que não tem validade, que eu vou ter que bater outra e eu acho que ele vai vir aqui visitar esse final de semana. Eu não sei se ele vai te entregar porque ele ficou meio chateado, entendeu? Mas eu vou mandar por ele assim mesmo. Aí pra você poder assinar de novo para eu poder mexer nas coisas aqui. È... eu já conversei com o Gabriel . Gabriel me mandou várias coisas, muita coisa pra você. Só que o que acontece. Eu falei com a doutora Márcia ela falou pra mim que eles não autorizam camisa de time. Aí ela falou para eu levar aí pessoalmente para entregar para ele e ver se o Cosme autoriza. Se o Cosme autorizar eles te entregam.
Bruno: Eu posso usar isso como camisa minha mesmo, normal, porque não tem nada a ver.
Ingrid: Não, eu sei meu bebê, é que ela falou que é o Cosme que vai ter que autorizar. Aí quando você encontrar o Cosme aí, você já dá um toque nele, entendeu, que eu vou deixar as coisas aí para você.
Bruno: Não amor, faz o seguinte: manda pelo Sedex, aí eu vejo se é autorizado ou não. Se não for autorizado, aí eu pego e deixo lá com o assessor, você passa no assessor e pega.
Ingrid: Ahan. Não bebê, só que ela falou que pelo Sedex não vai chegar.
Bruno: Não, o Sedex chega sim. É caixa fechada, amor.
Ingrid: Ah, meu amor. Você é que sabe. Você quer que eu arrisque, então?
Bruno: Pode arriscar, não tem problema não.
Ingrid: Só não mandou tênis, tá, porque ele falou que tava em falta lá e que ele ia pegar. Vou ver se eu pego com ele ainda essa semana.
Bruno: Âhn?
Ingrid: Só faltou o tênis, mas tem calça, bermuda, bola, luva, meia.
Bruno: Isso. Tênis tá em falta lá?
Ingrid: Tá em falta, mas ele falou que vai arrumar para você.
Bruno: Ah, tá bom, amor.
Ingrid: Tá amor, te amo. Você fez muita falta no meu aniversário.
Bruno: Como é que foi? Comemorou muito aí?
Ingrid: Comemorei nada. Fizemos um culto aqui, aí teve bolo. Nada de mais.
Bruno - Ah, que bom meu amor. Deu pra você descontrair um pouco, não deu?
Ingrid: Mais ou menos.
Bruno: Não, deu sim... semana então você não vem. Semana que vem, né?
Ingrid: Eu venho na outra pra dormir com você.
Bruno: Tá bom, meu amor.
Ingrid: Não, não desliga não amor. E como é que foi essa semana?
Bruno: Ah, amor. Toda hora sai uma coisa aqui, mandaram eu falar pra Sônia Abrão, o negócio do processo, o negócio do Sérgio, que teve uma carta falando que o Macarrão tava ameaçando ele, que eu falei que ia tirar a mãe dele da casa dele, mas que ele prometia falar somente a verdade. Poxa, eu espero que ele fale somente a verdade mesmo, não fique inventando história, né?
Ingrid: Tá abusando ele, hein.
Bruno: Não, mas se ele falar pelo menos a verdade tudo bem. Não tem problema, mas que fale a verdade.
Ingrid: É, palhaço, deixa ele comigo.
Bruno: É, um bobão. Mas aqui, amor, a gente tá vencendo. Todo dia a gente tem que vencer, né? Matar um leão por dia. Não tem jeito. Você lembra do que eu te falei. Tem horas que dá vontade de chorar, tem hora que dá vontade de fazer loucura, mas aí a gente pde a Deus todo dia lá à noite pra ele abençoar.
Ingrid: Você tá orando?
Bruno: Tô. Todos os dias.
Ingrid: Amor, lê o salmo 75.
Bruno: Amor, todos os salmos eu tô lendo, tô lendo o livro que a juíza... a menina mandou pra mim.
Ingrid: Ahan, é isso que eu ia falar. Ela tem me ligado todos os dias também e ela me indicou, ela falou para eu seguir meu coração. Amor, aconteceu tanta coisa depois que eu saí daí. Um milhão de advogados me ligando, mas ela me indicou outro, um tal de Marcelo Leonardo. Diz que é bom também, mas eu tô confiante no...
Bruno: Não, o doutor Carbone foi bem sincero pra mim, amor. Ele foi bem sincero comigo. Falou que da forma como as coisas estavam sendo conduzidas, eu ia acabar sendo condenado, mesmo sem provas, sem nada.
Ingrid: Ahan, mas eu te falei isso, amor.
Bruno: Mas ele falou assim que agora ele tá querendo fazer uma reunião. Inclusive ele vai voltar aqui até amanhã.
Ingrid: Ai que bom.
Bruno: Ele tá querendo inclusive reunir os outros advogados e conversar sobre o assunto.
Ingrid: Pois é. E é bom que o Dalledone vai estar aí amanhã, aí de repente vocês se entendem aí, todo mundo.
Bruno: Eles vão se entender, eu vou fazer isso porque toda ajuda nesse momento é bom. Porque dessa briga de vaidades aí, quem perde com isso sou eu.
Ingrid: Não, eu sei bebê. Falar nisso, eu já estou com uns contatos duns amigos meus lá de Brasília, amor, que depois eu vou conversar com você. Tô levando camisas.
Bruno: Amigo seu?
Ingrid: È. Amigos da nossa amiga que mandou o livro.
Bruno: Ah tá, entendi.
Ingrid: Me ligaram até para dar parabéns.
Bruno: Âhn?
Ingrid: É. É mole, amor? Aí eu vou ver se na outra semana eu vou de avião, aí eu chego mais rápido. Eu vou ter que dormir aí fora na fila pra poder entrar cedo.
Bruno: Não, amor, não faz isso não.
Ingrid: Mas não, amor. As mulher brigaram comigo, você sabia? Eu agora não posso mais ficar. A Fátima não pode mais pegar senha pra mim não. Ela tomou castigo, não pôde ver o filho dela porque ela me deu a senha dela de manhã e tentou entrar à tarde. E as mulher dos presos querendo me pegar aí fora.
Bruno: Vem sozinha pra cá não.
Ingrid: Mas eu tenho que dormir aí. Mas eu tenho que ir, amor.
Bruno: Mas não vem sozinha...
Ingrid: Não. Eu e Deus.
Bruno: Não, eu não quero que você vem sozinha.
Ingrid: Eu vou te ver.
Bruno: Eu sei, mas é sábado e domingo. Você pode chegar mais tarde. Não tem problema. Não vai fazer essa loucura não.
Ingrid: Não é loucura não, amor. Eu já acostumei.
Bruno: Você não vai fazer isso. Tá bom?
Ingrid: Tá bom. Você tá pedindo. Tá pedindo com jeitinho.
Bruno: Então tá meu amor. Eu só tenho uns minutos pra ligar, vou ficar incomodando o pessoal aqui não.
Ingrid: Não, mas ela falou que eram 10 minutos
Bruno: Pois é, mas eu tô olhando aqui e eu tenho que ligar para a minha mãe ainda.
Ingrid: Ah, você vai ligar para a sua mãe? Tá bom...
Bruno: Vô ligar pra minha velhinha. Tá bom, meu amor?
Ingrid: Tá bom amor, fica com Deus, tá? Ora bastante. Deus tá ouvindo as suas orações. E eu tô aqui orando muito por você também.
Bruno: Eu sei disso, eu te amo muito, amor.
Ingrid: Também te amo muito.
Bruno: Vai com Deus, ora por nós aí. Tô orando todos os dias também.
Ingrid: Tá bom, fica com Deus também, tá amor? E cuidado com o que o Vitinho vai te falar.
Bruno: Calma, isso aí pode ficar tranquila que eu já tô vacinado.
Ingrid: Tá vacinado?
Bruno: Tô...
Ingrid: Que bom. Então tá, meu amor, fica com Deus.
Bruno: Manda um abraço pra sua mãe, pro seu pai, pro seu irmão.
Ingrid: Mando sim, mando pra todo mundo.
Bruno: Um abraço de urso.
Ingrid: Manda um abraço pra todo mundo aí... um abraço de urso? O Sushi tá com saudade, amor. Tá bom?
Bruno: Fica com Deus.
Ingrid: Também fica com Deus, amor. Te amo muito, não esquece.
Bruno: Também te amo.
Ingrid: No outro fim de semana eu tô aí. Beijos, tchau.
Bruno: Beijos.
(Silêncio)
Ingrid: Eu não quero desligar!

O Dia Online

2 comentários:

  1. Está cheirando a mais uma impunidade.
    Qual será a verdade que essedoutorzinho vai inventar agora?
    Troca de advogado é toda hora, todos disputando o $$$$$$ do cara e querendo inocentá-lo e a culpa deverá cair no Macarrão que também não é nenhum inocente.
    Falando nele como mentiu na entrevista. Quadrilha organizada!
    Se aproveitaram para arranjar um vídeo para a defesa desse crápula vidrado no Bruno.
    Tomara que não façam com as filhas deles(se tiverem)o que esses caras fizeram com a Eliza.
    TODOS IGUAIS ...RÉUS...ADVOGADOS ........

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  2. E TUDO ISSO SAINDO DOS NOSSOS BOLSINHOS.

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