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quinta-feira, 21 de julho de 2011
Mulheres adoram mostrar que são “seres superiores”. Por isso, se dão mal
Me espanta como mulheres e homens perdem-se em seus relacionamentos pela mais pura soberba. Há um casal que conheço que está tendo problemas básicos da vida a dois. Viveram alguns 10 anos juntos, tem liberdade para fazer de tudo sozinhos (e isto não inclui promiscuidades e traição, ok?), são inteligentes e bem-sucedidos.
Mas estão tendo problemas básicos da vida a dois: acham que estão sufocados. Que são, na verdade, diferentes. Precisam de uma certa liberdade que a vida a dois não lhes proporciona — eu entendo isso como “querem transar com outras pessoas”, me desculpe. Argumentam que têm planos diferentes para o futuro. Sabe aqueles problemas básicos da vida a dois? Então, eles estão sofrendo destes problemas.
Acontece que depois de um mês e meio morando sozinhos novamente — ela resolveu voltar para a casa dos pais por um tempo —, ele não para de ligar. Todo dia. Quer saber o que ela fez ou está fazendo. Diz que sente saudade. Convida para jantar, ir ao teatro, cinema, uma caminhada na Redenção (eles adoravam fazer isso). Quando ele liga, vejo no olho dela que há amor. E vejo, ainda mais, que ela quer aceitar o convite para jantar, para ir ao teatro, cinema ou a simples caminhada na Redenção.
Mas por quê ela não faz isso? Porque assim como os homens têm a mania estúpida de contar vantagens sobre as mulheres que transam, as mulheres adoram mostrar às amigas que são “seres superiores”. Duas vezes já vi ela desligar o telefone e chamar a colega do lado e dizer, com peito estufado: “Fulana, ele ligou de novo”. As duas soltam uma risada forte e alta e voltam para o trabalho. A questão não está nestas duas vezes, mas nas outras cinco ou seis em que ela disse “estou dando um gelo nele, quando voltarmos, vai dar muito mais valor ao que tinha em casa”.
Veja bem: até onde sei — e acredito fielmente nisso — não houve traição de ambas as partes. Enquanto separados, ela não se envolveu com outra pessoa. Ele não sei. Também suponho que não, pois se tivesse, não ligaria todo o dia para a “ex”. Percebe que quando o cara não liga é um canalha, deve estar transando com meia cidade, ela pega um pote de sorvete e senta no sofá para chorar e engordar (estou sendo irônico, amigos, não custa explicar). Quando o cara liga, ela nega qualquer convite para “dar um gelo” nele. Ah, que superioridade. Daqui a pouco, ele encontra um “forno” na rua e o calor da máquina derrete o gelo — e vai tudo por água abaixo.
Soberba. Devido à soberba, esta mulher pode estar perdendo o amor de sua vida. Para quê? Para ter a maldita boca cheia e falar que é uma “mulher moderna”, que “pode tudo”, que ele está “mansinho”. Esses adjetivos bestas que as mulheres teimam em achar que, quando proferidos, são virtudes para a feminilidade mundial. Olha, eu respeito perfeitamente as conquistas femininas. São sensacionais. Mas acredito que o Dia Internacional da Mulher não foi criado a partir disso e para isso.
Depois se comenta que a vida a dois é complicada. Na realidade, a vida a um é. Principalmente quando um dos dois acredita que o um vale mais que o dois. Pena.
Johnny Saint-Claire
Samba-canção
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