quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Cientistas usam robô para estimular crianças autistas


Objetivo é melhorar habilidades motoras e de comunicação com as pessoas dos pequenos

Pesquisadores do Centro de Saúde, Intervenção e Prevenção (CHIP) da Universidade de Connecticut, nos Estados Unidos, estão tentando descobrir se um pequeno robô pode melhorando as habilidades motoras e de comunicação com as pessoas de crianças com espectro autista (ASD).
Anjana Bhat, professora de cinesiologia (ciência que estuda os movimentos) da Escola de Educação Neag, recebeu uma bolsa de dois anos do Instituto Nacional de Saúde mental (NIMH) para desenvolver uma série de interações entre crianças e robôs.
Durante seu pós-doutorado em autismo, Anjana estudou a deficiência motora em crianças com autismo, como má coordenação motora, equilíbrio e a dificuldade de imitar movimentos complexos.
Ela ficou interessada nessa área porque pesquisas sugerem que deficiências nessas áreas contribuem para dificuldades de comunicação em crianças com autismo.
Anjana e sua equipe compraram uma robô de 58cm chamado Nao da empresa da empresa francesa Aldebaran Robotics. O robô se apresenta, estende sua mão para cumprimentar, avisa às crianças que gosta de brincar com ele e se curva.
Nao também é capaz de fazer movimentos de Tai Chi Chuan acompanhado de música. Mas o mais importante para os pesquisadores é que ele pode ser programado para tornar seus movimentos mais complicados ao longo do tempo, à medida que as crianças obtêm progressos na terapia.
A pesquisadora começou a usar o robô em sessões com crianças em seu laboratório. Na primeira parte do estudo, os cientistas irão estudar cinco crianças com autismo e outras 16 saudáveis para interagir com Nao em oito sessões separadas. Em cada uma delas, as crianças terão de imitar quatro ou cinco movimentos do robô.
Segundo Anjana, as crianças com autismo se sentem mais à vontade com robôs do que com outras pessoas no começo porque as interações são mais simples e mais previsíveis, e elas controlam a interação social.
Segundo a pesquisadora, “os robôs encorajam as crianças a participar de interações que envolvem todo o corpo”. Ela explica que crianças com ASD geralmente gostam de brincar com Nao e reagem com atitudes de imitação com uma certa demora quando interagem com outras pessoas.
A pesquisadora diz que os robôs poderão ser usados como intermediários entre terapeutas e crianças com ASD até que uma conexão seja feita.
Futuramente, robôs poderão gravar vídeos e dados dos movimentos das crianças, reduzindo os recursos humanos necessários para avaliar e tratar as crianças.


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