Eu sofro por ser mulher, diz iraniana condenada à morte por adultério
"A resposta é bem simples. É por eu ser uma mulher, é por eles acharem que podem fazer o que quiserem com as mulheres, neste país."
É assim que Sakineh Ashtiani, a iraniana condenada à morte por apedrejamento pelo "crime" de adultério, define o motivo pelo qual aguarda por uma das mais cruéis penas de morte do mundo.
Presa desde 2006 na cadeia de Tabriz, Sakineh falou ontem ao jornal britânico "Guardian" por meio de um intermediário cuja identidade foi mantida em sigilo.
"A resposta é bem simples. É por eu ser uma mulher, é por eles acharem que podem fazer o que quiserem com as mulheres, neste país. Para eles, adultério é pior que homicídio. Mas não todos os tipos de adultério: um homem adúltero pode nem ser preso, mas uma mulher adúltera é o fim do mundo.
É por estar em um país onde as mulheres não têm o direito de se divorciar dos maridos e estão privadas de direitos básicos."
Medo
"Elas [autoridades iranianas] estão mentindo. Estão envergonhadas com a atenção internacional dada ao meu caso e tentam desesperadamente distrair a atenção e confundir a mídia para me matarem em segredo."
Julgamento
"Fui considerada culpada de adultério e absolvida do homicídio. O homem que realmente matou meu marido foi identificado e preso, mas não condenado à morte.
Quando o juiz me entregou minha sentença, nem percebi que deveria ser apedrejada à morte porque eu não sabia o que "rajam" significa.
Eles me pediram para assinar minha sentença e eu o fiz, daí eu voltei à prisão, e os meus companheiros de cela me disseram que eu seria apedrejada à morte e eu, instantaneamente, desmaiei.'
Advogado
"Eles queriam se livrar do meu advogado [Mohammad Mostafaei] para que pudessem facilmente me acusar do que quer que fosse sem que ele denunciasse. Não fossem os esforços dele, eu já teria sido apedrejada à morte."
Prisão
"As palavras deles [dos guardas de Tabriz], o jeito como me olham -uma mulher adúltera que deveria ser apedrejada à morte- é como ser apedrejada todos os dias."
Campanha
"Todos esses anos, elas [autoridades tentaram colocar uma coisa na minha cabeça, me convencer de que eu sou uma mulher adúltera, uma mãe irresponsável, uma criminosa. Mas, com o apoio internacional, uma vez mais me vejo uma pessoa inocente. Não deixem que me apedrejem diante do meu filho."
"A resposta é bem simples. É por eu ser uma mulher, é por eles acharem que podem fazer o que quiserem com as mulheres, neste país."
É assim que Sakineh Ashtiani, a iraniana condenada à morte por apedrejamento pelo "crime" de adultério, define o motivo pelo qual aguarda por uma das mais cruéis penas de morte do mundo.
Presa desde 2006 na cadeia de Tabriz, Sakineh falou ontem ao jornal britânico "Guardian" por meio de um intermediário cuja identidade foi mantida em sigilo.
"A resposta é bem simples. É por eu ser uma mulher, é por eles acharem que podem fazer o que quiserem com as mulheres, neste país. Para eles, adultério é pior que homicídio. Mas não todos os tipos de adultério: um homem adúltero pode nem ser preso, mas uma mulher adúltera é o fim do mundo.
É por estar em um país onde as mulheres não têm o direito de se divorciar dos maridos e estão privadas de direitos básicos."
Medo
"Elas [autoridades iranianas] estão mentindo. Estão envergonhadas com a atenção internacional dada ao meu caso e tentam desesperadamente distrair a atenção e confundir a mídia para me matarem em segredo."
Julgamento
"Fui considerada culpada de adultério e absolvida do homicídio. O homem que realmente matou meu marido foi identificado e preso, mas não condenado à morte.
Quando o juiz me entregou minha sentença, nem percebi que deveria ser apedrejada à morte porque eu não sabia o que "rajam" significa.
Eles me pediram para assinar minha sentença e eu o fiz, daí eu voltei à prisão, e os meus companheiros de cela me disseram que eu seria apedrejada à morte e eu, instantaneamente, desmaiei.'
Advogado
"Eles queriam se livrar do meu advogado [Mohammad Mostafaei] para que pudessem facilmente me acusar do que quer que fosse sem que ele denunciasse. Não fossem os esforços dele, eu já teria sido apedrejada à morte."
Prisão
"As palavras deles [dos guardas de Tabriz], o jeito como me olham -uma mulher adúltera que deveria ser apedrejada à morte- é como ser apedrejada todos os dias."
Campanha
"Todos esses anos, elas [autoridades tentaram colocar uma coisa na minha cabeça, me convencer de que eu sou uma mulher adúltera, uma mãe irresponsável, uma criminosa. Mas, com o apoio internacional, uma vez mais me vejo uma pessoa inocente. Não deixem que me apedrejem diante do meu filho."
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