sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Por que as palmadas não educam - Ilan Brenman


Especial reúne argumentos de educadores, psicólogos e outras personalidades. Veja o que diz Ilan Brenman, educador, psicólogo e autor de dezenas de livros pra crianças

A CRESCER acredita que é possível educar sem bater. Mas qual o problema, afinal, em dar uma palmadinha vez ou outra para impor limite? Convidamos diversos especialistas para responder a essa questão. O escritor Ilan Brenman, também educador, psicólogo e autor de dezenas de livros pra crianças como o Até as Princesas Soltam Pum (Ed. Brinque-Book), acredita, claro, mais no poder da palavra do que da palmada. Foi assim inclusive na sua infância, com seu pai. "Nunca senti a mão do meu pai me batendo. O que ele dizia já bastava". Pai de duas filhas, ele sabe que muitas vezes o dia a dia mostra situações difíceis e algo que funciona falar para uma não tem o mesmo efeito com a outra. Mas ainda assim, os conflitos não devem ser resolvidos com violência. Afinal, como o adulto é o mais forte, essa desvantagem não dá sequer chance da criança se defender.
Ele destaca, ainda, que a influência do diálogo é para o bem e para o mal. "A palavra também pode causar uma ferida para o resto da vida", diz Ilan, pedindo muita atenção para que a discussão vá além da agressão física. Ilan ressalta, no entanto, a relevância de uma legislação sobre o assunto. "A meu ver, é algo muito complexo para se decidir em forma de lei. Valeria mais fazer boas campanhas, com personalidades influentes".

Veja alternativas à palmada em nosso especial Palmada, não!



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