quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Sanguinetti é contratado pela defesa pela defesa de Bruno para contestar provas da polícia


Perito alagoano diz que não há materialidade para provar que Eliza Samudio foi morta

O perito alagoano George Sanguinetti, conhecido por atuar em investigações como a da morte de Isabella Nardoni, confirmou ao R7 na manhã desta quarta-feira (4) que está contratado para contestar as provas da Polícia Civil no caso do goleiro Bruno Fernandes, do Flamengo, suspeito de envolvimento na morte da ex-amante, Eliza Samudio. Apesar da contratação, Sanguinetti diz que não há provas criminais para serem contestadas.
Sanguinetti afirmou que desconhece um laudo técnico que aborde a morte de Eliza. Segundo ele, o inquérito foi fechado em cima provas indiretas e de depoimentos.
- Estou de mala pronta para ir a Belo Horizonte, mas ainda não achei razão para viajar. Não existe materialidade baseada em confissões e depoimentos. Não há prova de morte ou de vida de Eliza, então eu não tenho o que contestar.
O perito também critica a validade do depoimento do adolescente primo de Bruno, alegando que foram dadas várias declarações diferentes.
.- Como [a polícia] atesta morte e asfixia, mediante a declaração de uma pessoa de 17 anos que tem problemas emocionais e que muda o depoimento três vezes?
De acordo com Sanguinetti, a contratação está fechada com o advogado Ércio Quaresma. Ele disse que fará o que a defesa determinar. O perito explicou que, primeiramente, deverá refazer a perícia no carro em que foi encontrado sangue de Eliza e do menor.

Investigação:
As investigações sobre a morte de Eliza Samudio não foram encerradas. Segundo o delegado que preside o caso em Belo Horizonte (MG), Edson Moreira, apesar de entregar o inquérito policial ao Ministério Público, a polícia mineira continuará trabalhando no caso.
Moreira afirmou, na tarde desta sexta-feira (30) durante coletiva na sede do Departamento de Investigações, que as buscas pelo corpo de Eliza irão continuar e, junto com elas a procura de mais alguns subsídios que “venham reforçar ainda mais as provas”.
- Quanto mais, melhor.
Essas possíveis novas provas serão anexadas ao inquérito posteriormente, já nas mãos do Ministério Público, o que legalmente é permitido.
Ele reconheceu que a "materialidade do crime" (descoberta do corpo de Eliza) é importante, mas disse que existem várias provas científicas que comprovam a morte da jovem, como o sangue encontrado dentro do carro de Bruno. Ele falou também que a descrição da morte de Eliza por asfixia dada pelo adolescente de 17 anos, primo de Bruno, em seus depoimentos também está "calçada cientificamente". O delegado citou ainda o resultado de cruzamentos telefônicos dos suspeitos como prova do crime.



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