domingo, 9 de janeiro de 2011

Andar de bicicleta ajuda no diagnóstico do mal de Parkinson


Método pode proporcionar um diagnóstico mais eficiente

Os neurologistas que examinarem um paciente com sintomas iniciais de mal de Parkinson deveriam fazê-lo andar de bicicleta antes de concluir seu diagnóstico, afirma uma pesquisa realizada por médicos holandeses e publicada na revista científica Lancet nesta sexta-feira (7).
Distinguir entre pacientes com Parkinson e portadores de uma doença conhecida como Parkinsonismo Atípico é muito importante, porque as duas condições possuem diferentes causas e tratamentos.
As duas doenças apresentam sintomas parecidos, incluindo o tremor dos membros, os movimentos lentos e a rigidez muscular. Por causa disso, até mesmo a avançada tecnologia médica pode cometer erros ao distinguir uma doença da outra.
Mas, segundo especialistas do Centro de Parkinson de Nijmegen, na Holanda, fazer o paciente andar de bicicleta pode proporcionar um diagnóstico mais eficiente - e barato.
De acordo com os médicos, um portador de Parkinson comum geralmente tem uma incrível habilidade de andar de bicicleta, pois apresenta poucos problemas no equilíbrio e nos movimentos rítmicos exigidos para pedalar.
Esta tarefa, no entanto, exige mais esforços de pessoas portadoras do Parkinsonismo Atípico, enfermidade que envolve uma série de síndromes como paralisia muscular supranuclear progressiva, atrofia sistêmica múltipla e degeneração córtico-basal.
Os médicos holandeses testaram sua teoria em 111 pacientes com sintomas parkinsonianos e que eram capazes de andar de bicicleta no início da pesquisa. Ao fim do estudo, 45 dos pacientes foram confirmados com mal de Parkinson e 64 com Parkinsonismo Atípico.
Durante os 30 meses que foram pesquisados, apenas dois dos 45 pacientes com Parkinson pararam de andar de bicicleta. Já entre os 64 pacientes diagnosticados com o Parkinsonismo Atípico, 34 apresentaram incapacidade de continuar pedalando.
Segundo os pesquisadores, a perda de capacidade de pedalar depois do estabelecimento da doença pode servir como um novo sinal de alerta, indicando a presença de Parkinsonismo Atípico.
O mal de Parkinson tem origem na morte celular de uma parte fundamental do cérebro chamada substância nigra, que é responsável pela produção de um neurotransmissor, a dopamina.
O tratamento padrão é feito com levodopa, medicamento que o cérebro converte em dopamina. Mas o tratamento não é efetivo ou não funciona quando se trata de Parkinsonimo Atípico.




R7

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