segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Pai e madastra da menina Joanna terão audiência nesta segunda no RJ



Eles são acusados de tortura e homicídio qualificado por meio cruel.
Joanna Marcenal, de 5 anos, morreu no dia 13 de agosto de 2010.

O pai de Joanna Marcenal, André Rodrigues Marins, e a madrasta da menina, Vanessa Maia Furtado, terão a primeira audiência no processo em que respondem por tortura, no Tribunal de Justiça do Rio, nesta segunda-feira (10). Eles são acusados de tortura com dolo direto e homicídio qualificado por meio cruel.
A menina, de 5 anos, morreu no dia 13 de agosto de 2010, em decorrência de uma meningite contraída do vírus da herpes, em agosto. O episódio, entretanto, envolve acusações de maus tratos à menina e ainda erro médico, já que Joanna chegou a ser atendida por um falso médico.
O pai de Joanna foi preso no dia 25 de outubro. Mas no dia 14 de dezembro a Justiça concedeu um parecer favorável à soltura de André, que é técnico judiciário. Na época, a promotoria pública justificou o parecer alegando que ele tinha residência fixa, presunção de inocência, não tinha condenações anteriores e era funcionário do judiciário.
Antes do casal ser julgado, 12 testemunhas serão ouvidas na audiência. O processo corre na 3ª Vara Criminal da Capital. Outro processo corre na Justiça por conta do caso Joanna. Os réus são a médica Sarita Fernandes Pereria e o falso médico, Alex Sandro da Cunha, contratado por ela.

Médica acusada de homicídio foi solta
Sarita é acusada de homicídio, na forma omissiva, contra a menina Joanna Marcenal Marins e foi solta no dia 16 de dezembro.
De acordo com o TJ-RJ, o juiz condicionou a liberdade provisória da médica à apresentação do passaporte, que ficaria acautelado em cartório. Ele determinou a comunicação da decisão ao Departamento de Polícia Federal de Controle de Fronteiras e Imigração para impedir saída da médica do Brasil.
O falso médico, Alex Sandro da Cunha, está foragido desde setembro de 2010, quando foi denunciado por por exercício ilegal da medicina, com resultado morte em relação à menina Joanna, estelionato, falsificação e uso de documentos e tráfico ilícito de entorpecentes.

Médica negou contratação de falso médico
A médica Sarita afirmou, no dia 6 de dezembro, durante audiência no 3º Tribunal do Júri, no Rio, que não foi responsável pela contratação de Alex, mas sim pela administração do Hospital Rio Mar, da Barra da Tijuca.
Procurada pelo G1 na época, a assessoria do hospital foi a responsável direta pela contratação do falso médico, já que atuava na unidade como coordenadora da pediatria há 5 anos. Ainda segundo o Rio Mar, Sarita teria orientado o estudante a trabalhar somente à noite e, ainda, evitar conversar com outros funcionários para não levantar suspeitas. O hospital informou também que a pediatra já havia trabalhado com o falso médico em outro hospital.

Carolina Lauriano


G1

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