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quarta-feira, 12 de janeiro de 2011
Meses depois da tragédia, ainda há moradores no Morro do Bumba
A tragédia em Niterói, (RJ) aconteceu há um ano. A repórter Mônica Teixeira conferiu como vivem as famílias que sobreviveram ao deslizamento.
“É aqui onde eu moro nos últimos nove meses”, aponta a dona de casa Leandra de Oliveira sobre o lugar que ela passou a chamar de casa. Os poucos móveis foram doados. Ela, o marido e os cinco filhos moravam no Morro do Bumba, em Niterói.
Durante as fortes chuvas de abril do ano passado, o morro desabou levando junto às casas construídas sobre um antigo lixão. Ao todo, 47 pessoas morreram e centenas ficaram desabrigadas.
A casa de Leandra não desmoronou por um triz, mas foi interditada. No abrigo, a família ainda espera pela promessa feita naquela época: ganhar um lugar para morar. “A gente se sente abandonado aqui. Estamos entregues à própria sorte”, disse a dona de casa.
O quartel desativado virou endereço para 180 pessoas expulsas de casa pelas chuvas. Os desabrigados recebem um aluguel social da prefeitura de R$ 400. Com esse dinheiro, o que Aida Torres, representante da Associação de Vítimas do Morro do Bumba, conseguiu foi alugar um apartamento onde mal cabe a família
“Eu moro numa quitinete com um cômodo e um banheiro para mim, meu marido e meus dois filhos”, comenta.
No cenário da tragédia, já não existe mais a cratera que engoliu casas e vidas, mas o Morro do Bumba não está livre do perigo. Casas que foram interditadas e ainda correm risco já voltaram a ter moradores.
Quinze dias depois da tragédia, a dona de casa Maria de Fátima já estava de volta a sua casa. Desde então, a família convive diariamente com o perigo. Quando a terra veio abaixo, deixou o quarto em que o filho dormia praticamente destruído. Ele escapou por pouco.
“Quando chove, a gente sai e dorme na casa do vizinho, que tem mais segurança. Depois a gente volta e assim a gente vai vivendo, fazer o quê”, lamenta a dona de casa Maria de Fátima.
Bom Dia Brasil
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