terça-feira, 28 de junho de 2011

Bruno chega à Assembleia de MG para ser ouvido por comissão



Advogado do goleiro também deve ser ouvido nesta terça-feira (28).Objetivo é apurar denúncia de tentativa de compra de habeas corpus.

O goleiro Bruno, que vai a júri popular pelo desaparecimento e morte de Eliza Samúdio, chegou a Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) para se ouvido por deputados da Comissão de Direitos Humanos. De acordo com a comissão, o objetivo é esclarecer denúncias de uma suposta tentativa de venda de habeas corpus a favor do jogador.

A sessão começou à 9h35 em sala no térreo do prédio da Assembleia. O advogado Cláudio Dalledone Júnior, acompanha o jogador e foi o primeiro a falar. A noiva de Bruno, Ingrid Calheiros Oliveira, também participa da sessão.

A denúncia foi feita durante um depoimento de Ingrid, na Assembleia. De acordo com a assessoria da ALMG, o goleiro foi convidado a participar da comissão e, caso não compareça, os deputados vão até a Penitenciária Nelson Hungria, em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, onde ele está preso.


Réu pelo assassinato de Eliza Samúdio


Eliza Samudio se mudou para o Rio de Janeiro no início de 2009. Em abril ou maio do mesmo ano, ela conheceu o goleiro Bruno e os dois tiveram um relacionamento. Em outubro, ela fez um boletim de ocorrência por agressão e sequestro no Rio de Janeiro. Nesta época, Eliza relatou a um órgão da imprensa que estaria grávida do goleiro.Em fevereiro de 2010, a jovem deu à luz um menino e alegou que o atleta era o pai da criança.

Segundo a polícia, entre os dias 5 e 8 de junho, Eliza foi levada do Rio para Minas. Ainda segundo a polícia, no dia 9 de junho, ela foi levada do sítio do Bruno, em Esmeraldas, para Vespasiano. Ambas as cidades ficam na Grande BH. A mulher teria sido morta, na madrugada do dia 10, em Vespasiano.Entre os dias 24 e 25, a polícia recebe denúncia de que Eliza teria sido agredida no sítio. Logo em seguida, começaram as investigações sobre o paradeiro da moça.
A criança foi encontrada em Ribeirão das Neves, na Grande BH, e alguns suspeitos foram convocados para depor.

Dia 6 de julho, a polícia ouviu o adolescente que estaria dentro do carro junto com Eliza na viagem do Rio para Minas. A Justiça determinou a prisão de Bruno e do amigo Luiz Henrique Romão, o Macarrão. Neste dia, um exame comprovou que o sangue no carro de Bruno era de Eliza.



No dia seguinte, Bruno e Macarrão se entregaram na Polinter do Andaraí, na Zona Leste do Rio de Janeiro. A Justiça mandou prender Dayanne de Souza, mulher de Bruno, e Sérgio Rosa Sales, primo do atleta.Ainda no dia 7 de julho, a polícia fez buscas na casa do ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, em Vespasiano. O menor foi ouvido outra vez e Bruno foi indiciado como mandante do sequestro de Eliza do Rio de Janeiro para Minas Gerais.No dia 8, Bola foi preso e Bruno e Macarrão foram transferidos para Minas. No dia 9 de julho, Sônia Moura conseguiu a guarda do neto na Justiça. Flávio Caetano, Wemerson Marques, o Coxinha, e Elenilson Vitor da Silva foram presos.

No dia 10 ou 11 de julho apareceu mais um nome no caso: Fernanda Gomes de Castro, que também teria tido um relacionamento com o jogador.No dia 12, o adolescente foi ouvido no Rio e, no dia seguinte, foi transferido para Minas. Ele disse à polícia que foi chamado para um “dar susto” em Eliza, junto com Macarrão.No dia 14, a polícia fez novas buscas pelo corpo de Eliza na casa de Bola, em Vespasiano.

O Flamengo mandou uma carta de demissão de Bruno no dia 16, mas anulou a decisão no dia 20. No dia 29 de julho, polícia indiciou Bruno e mais oito pessoas pelo desaparecimento e morte de Eliza.Em 5 de agosto, Fernanda foi presa em Minas. No dia 6 de outubro, Bruno teve um mal súbito durante audiência em Ribeirão das Neves e é levado para posto médico.No dia 23, o advogado Ércio Quaresma deixou a defesa do goleiro. Quatro dia depois, Flávio Caetano é solto pela Justiça.A Justiça do Rio de Janeiro condenou Bruno no dia 7 de dezembro de 2010 por manter Eliza em cárcere privado.

Em Minas, no dia 17 de dezembro, a Justiça decidiu que o jogador, Bola, Macarrão, Sérgio, Dayanne, Fernanda, Wemerson Marques e Elenilson da Silva vão a júri popular.O goleiro, o amigo Macarrão e o primo Sérgio estão presos e vão a júri popular por sequestro e cárcere privado, homicídio triplamente qualificado e ocultação de cadáver. Bola, que também está preso, vai responder no júri popular por homicídio duplamente qualificado e ocultação de cadáver.No dia seguinte, Dayanne Souza, Fernanda Castro, Wemerson Marques e Elenilson Vitor da Silva foram soltos pela Justiça e respondem em liberdade pelas acusações de sequestro e cárcere privado.Na prisão, Bruno ganhou o direito de treinar com bola no dia 22 de dezembro.

Em 2011, no dia 19 de maio, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) negou o habeas corpus para o goleiro Bruno pedido pelo advogado Cláudio Dalledone Júnior.No dia 20 de abril deste ano, Bola foi transferido da Nelson Hungria para Penitenciária Jason Soares Albergaria, em São Joaquim de Bicas, na Grande BH.

G1

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