domingo, 26 de junho de 2011

São Paulo tem caminhada de lésbicas


Evento reuniu cerca de 800 pessoas na Avenida Paulista

Foi realizada neste sábado a 9ª Caminhada de Lésbicas e Bissexuais de São Paulo na avenida Paulista, evento que tradicionalmente antecede a Parada do Orgulho LGBT. Uma faixa da via foi interditada, no sentido Consolação para o trânsito. Segundo a Polícia Militar (PM), a manifestação reuniu entre 800 e mil participantes, bem menos do que os 3 mil esperados pela organização. A cantora Vange Leonel participou dos protestos e alertou para a reação "fundamentalista" no Congresso Nacional contra as medidas que favorecem gays.

Integrante da liga lésbica, Marcia Balades, 29 anos, afirmou que o movimento reivindica um tratamento diferenciado para a mulher homossexual e deu como exemplo o suposto preconceito com que ela é tratada ao ir a um consultório médico. "Um ginecologista não pode oferecer um anticoncepcional para uma mulher que claramente não precisa disso por sua opção afetiva", disse. Outra reivindação das feministas é pelo aborto. Uma encenação aludiu à possibilidade de interromper a gravidez com uma atriz e um boneco.

Bissexual ativista, a secretária paulistana Daniela Furtado, 24 anos, reclamou de preconceito contra sua opção dentro do próprio movimento LGBT. "Percebi que a invisibilidade do bissexual acontece até mesmo contra quem combate isso em relação aos gays", disse. Daniela desfilou com uma camiseta na qual está escrito, entre outras coisas, que bissexualismo "não é moda", "não é fase" e "não é homossexualismo".

Alguns participantes da marcha levaram seus cachorros vestidos com as cores do arco-íris, símbolo do movimento LGBT. O analista de sistemas Fabiano Morroni, 29 anos, levou sua cadela São Bernardo Ludmila, que se assustava a cada novo teste com o carro de som.

Terra

Jornale

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