sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Ex-policial que matou delegada em SP premeditou crime, diz delegado


SÃO PAULO - Para o delegado Jorge Carrasco, o ex-policial civil Fábio Agostino Macedo, de 33 anos, que matou a tiros a delegada Denise Quioca, de 28 anos, ex-namorada dele, na madrugada desta quinta-feira premeditou o crime. Segundo a polícia, o policial que havia sido expulso da corporação recentemente, vinha ameaçando a ex-namorada desde que eles terminaram o relacionamento de 9 anos em janeiro. Macedo não se conformava com o fim da relação. Para o delegado Carrasco, Macedo foi até o 1º Distrito Policial de Guarulhos, onde ela trabalhava, com a intenção de matá-la.
- Isso ficou claro porque em menos de meia hora após o crime, um advogado do ex-policial apareceu na delegacia para defendê-lo - afirmou o delegado.
O corpo da delegada foi enterrado nesta quinta-feira em Guarulhos.
O ex-policial, que era investigador do Denarc, foi expulso da polícia por abuso de poder, agressão, porte ilegal de arma e tráfico de drogas. Mesmo assim, ele continuava com as pistolas que usava no trabalho e foi com elas que matou a delegada, que levou 17 tiros, a maioria no rosto.
A Corregedoria da Polícia Civil vai apurar o crime e o motivo das armas ainda estarem com o ex-policial, mesmo após a expulsão.
- Ele já vinha atormentando a ex-namorada havia algum tempo porque estava inconformado com a separação. Infelizmente a história acabou em tragédia - disse o delegado corregedor Luiz Rezende.
Segundo informações da polícia, Denise já havia feito dois boletins de ocorrência contra o ex-namorado, um deles depois de ser agredida fisicamente por Macedo.
Nesta quinta-feira, ele chegou ao plantão do 1º Distrito Policial de Guarulhos, na Grande São Paulo, por volta de 4h30m. A delegada estava na sala dela, os dois conversaram, mas começaram a discutir. Em seguida, Macedo pediu para ir ao banheiro e, quando voltou, descarregou as duas armas nela. A delegada morreu na hora .
Em seguida, o ex-policial jogou as duas pistolas no chão e ainda entregou uma terceira arma aos policiais que estavam de plantão no distrito. Com os braços erguidos, ele pediu para não ser morto e se entregou. Ele foi levado à carceragem da delegacia e depois transferido para a Corregedoria da Polícia Civil.


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