quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Freezer que eletrocutou e matou menina em hipermercado é periciado



Polícia quer saber se aparelho tinha problema no momento da descarga.
Vítima teria encostado e levado choque; funcionário diz que ela tocou em fio.

O freezer que eletrocutou e matou na terça-feira (21) a menina Eloá Ferreira, de 1 ano e dez meses, dentro de um hipermercado em Campinas, no interior de São Paulo, será periciado pelo Instituto de Criminalística (IC) da Polícia Técnico-Científica. Os peritos vão tentar saber se o aparelho apresentava problemas que ocasionaram a descarga elétrica ou funcionava em perfeito estado. O corpo da vítima foi enterrado na quarta (22) em Pedreira.
Somente após a conclusão desse laudo técnico é que a Polícia Civil poderá determinar os responsáveis pela morte da criança, concluindo o inquérito e apontando eventuais culpados. Isso porque a família da vítima alega que Eloá foi eletrocutada no momento em que pôs as mãos na frente do freezer. Funcionários do hipermercado contestam essa versão, no entanto. Eles dizem que a menina tinha levado um choque no momento em que foi para a parte detrás do aparelho e tocou em fios elétricos. O resultado do exame deve demorar 30 dias para ficar pronto.
Eloá tinha ido ao hipermercado com os pais, uma irmã e a avó. “A avó relata que estava junto com ela, quando viu ela colocar as mãos nesse freezer. E a avó percebeu que ela colocou a mão e parou. Quando a avó percebeu o movimento dela de cabeça, viu que tinha alguma coisa de errado e pegou ela no colo. Quando pegou ela no colo, ela já estava com o corpo mole e a respiração ‘entrecortada’”, disse Márcio Alexandre Pentian, tio da menina, durante o velório em Pedreira, cidade do interior do estado, onde mora a família de Eloá.
Médicos que estavam no hipermercado da Rodovia Dom Pedro I ainda tentaram reanimar Eloá. Policiais Militares e o Serviço Ambulatorial Médico de Urgência (Samu) foram até o local para atender a ocorrência e tentar socorrer a menina. A criança foi levada desacordada dentro de uma ambulância ao Pronto Socorro do Hospital das Clínicas da Unicamp, onde chegou morta. Ela teria tido uma parada cardiorrespiratória em decorrência do choque. O laudo oficial com a causa da morte também deverá sair dentro de um mês. O documento está sendo elaborado pelo Instituto Médico Legal (IML).
Apesar disso, o delegado que investiga o caso afirma não ter dúvidas de que Eloá morreu eletrocutada. “Muitas pessoas que ali estavam viram. Então a prova do choque elétrico já existe, a prova testemunha. Agora a gente precisa de uma prova técnica”, disse o delegado Tadeu Brito de Almeida.
De acordo com a Secretaria da Segurança Pública do Estado de SP, o boletim de ocorrência sobre o caso foi registrado no 4º Distrito Policial, em Campinas. Nele, consta que um delegado e peritos foram ao hipermercado logo após a morte da menina e constaram problemas com a segurança do local.
Procurada, a gerência do hipermercado informou que a empresa não vai se manifestar sobre o assunto.



G1

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