quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Caso Joanna Marcenal


Impressões sobre a audiência
A audiência de ontem foi acompanhada por uma das responsáveis pelo blog, que tentou, além de transcrever os depoimentos para que tivessemos maior conhecimento de tudo o que está acontecendo lá dentro, nos passar também suas impressões, seu olhar subjetivo sobre o que se passa durante este tipo de audiência.
No íncio da audiência, ela relatou que o casal se apresentava a vontade, se movimentando com desenvoltura na sala, sem demonstrar a indignação do inocente nem o constrangimento do culpado que se arrependeu. Segue o relato:

"A arrogância predominava, principalmente de Vanessa, o que não chega a causar surpresa e só vem corroborar os relatos feitos por pessoas que os conhecem. Diversas vezes ela encarava as pessoas da platéia e não aparentava nenhum constrangimento em estar ali. A única expressão de tensão se é que era tensão é que travava a boca com gestos compulsivos como que ruminando. Pensei até que estava mascando cliclete, mas não estava.
Em determinado momento levantou sem pedir licença a ninguém e se dirigiu a sala ao lado. Fez o mesmo no intervalo entre duas testemunhas.
No intervalo entre duas testemunhas, Andre se levantou, cumprimentou um policial e depois voltou. Em seguida ia em direção à esta sala ao lado. Alguém reclamou com o funcionário e somente então ele foi barrado por um policial que o acompanhou para a sala das testemunhas, provavelmente para ir ao banheiro.
O casal sentou junto, se falaram algumas vezes, mas não transparecia harmonia.
Chama atenção nesses julgamentos de crimes chocantes a sintonia que existe entre advogados e seus clientes. Enquanto a acusação (a representante do Ministério Público e o defensor público) se manteve durante todo tempo discreta, fazendo perguntas muito objetivas, a defesa procurava chamar a atenção e fazia perguntas repetitivas, confusas, inapropriadas, tendo o Juiz interferido em algumas situações e levado a plateia até a risos.
O leigo, ao assistir aquilo, fica perplexo vendo aquela atuação. Não posso acreditar que seja despreparo de tais profissionais, pois o Andre Marins não contrataria advogados inexperientes. Parecia mais que era algo proposital, para turvar as águas e cansar a testemunha para talvez, quem sabe, ela entrar em contradições. Algumas perguntas bobas outras, típicas “pegadinhas”.
O auge desse comportamento ocorreu durante o depoimento da 1ª testemunha o Dr Sergio Cunha , Perito Médico- Legista que simplesmente durou 2 horas e 20 minutos e cansou a todos desnecessariamente. Ele se manteve todo tempo tranquilo e objetivo demonstrando grande competência.
A defesa quis atingir a Cristiane, mãe da Joanna e foi insistente . Esse comportamento é antigo e infelizmente os advogados de criminosos não aprenderam que essa atitude tem um efeito bumerangue. O Juiz Guilherme Schilling reagiu e disse que não iria permitir a repetição da pergunta porque naquele processo a genitora não era ré. Se a defesa quisesse que entrasse com novo processo contra ela.
Por falar no Juiz Guilherme Schilling a sua atuação foi admirável mantendo-se atento, tranquilo, com controle total da situação e intervindo de modo contundente quando necessário."


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