Em Porto Alegre, deverá ser lançada nas próximas semanas uma campanha destinada a combater a má-educação urbana
Em um ano, a Brigada Militar recebe mais de 300 mil trotes no Estado. Todos os meses, 6,6 mil orelhões são danificados. Diariamente, mais de 400 motoristas são multados por estacionar o carro em local proibido.
Os números escancaram como a falta de civilidade conturba a vida de gaúchos e brasileiros, desafiando sociedade e autoridades a encontrar soluções. Em Porto Alegre, deverá ser lançada nas próximas semanas uma campanha destinada a combater a má-educação urbana.
Na semana passada, a pichação da chaminé da Usina do Gasômetro – um dos cartões-postais da Capital – se transformou em mais uma evidência da falta de cuidado da população com o patrimônio público. No mesmo dia, nove toneladas de lixo foram retiradas do Delta do Jacuí, e ladrões furtaram parafusos da canalização do Conduto Álvaro Chaves. Consultas a órgãos públicos e empresas privadas, porém, mostram que o impacto das más ações é bem mais amplo.
Embora não exista uma contabilidade global dos prejuízos financeiros e morais provocados pela incivilidade, é fácil perceber o custo social gerado pelo registro de 37 trotes a cada hora para o telefone de emergência da Brigada Militar – que muitas vezes resulta na mobilização inútil de homens e viaturas, além de ocupar linhas telefônicas prioritárias. Para a historiadora e cientista política da Universidade Luterana do Brasil (Ulbra) Ana Simão, a origem de comportamentos como esse está na relação do cidadão comum com o Estado.
— A sociedade não percebe o que é público como seu. O resultado disso é a necessidade de que o Estado esteja presente em tudo o tempo inteiro — avalia, lembrando que o perfil patrimonialista do Estado brasileiro reforça esse sentimento.
Zero Hora
Os números escancaram como a falta de civilidade conturba a vida de gaúchos e brasileiros, desafiando sociedade e autoridades a encontrar soluções. Em Porto Alegre, deverá ser lançada nas próximas semanas uma campanha destinada a combater a má-educação urbana.
Na semana passada, a pichação da chaminé da Usina do Gasômetro – um dos cartões-postais da Capital – se transformou em mais uma evidência da falta de cuidado da população com o patrimônio público. No mesmo dia, nove toneladas de lixo foram retiradas do Delta do Jacuí, e ladrões furtaram parafusos da canalização do Conduto Álvaro Chaves. Consultas a órgãos públicos e empresas privadas, porém, mostram que o impacto das más ações é bem mais amplo.
Embora não exista uma contabilidade global dos prejuízos financeiros e morais provocados pela incivilidade, é fácil perceber o custo social gerado pelo registro de 37 trotes a cada hora para o telefone de emergência da Brigada Militar – que muitas vezes resulta na mobilização inútil de homens e viaturas, além de ocupar linhas telefônicas prioritárias. Para a historiadora e cientista política da Universidade Luterana do Brasil (Ulbra) Ana Simão, a origem de comportamentos como esse está na relação do cidadão comum com o Estado.
— A sociedade não percebe o que é público como seu. O resultado disso é a necessidade de que o Estado esteja presente em tudo o tempo inteiro — avalia, lembrando que o perfil patrimonialista do Estado brasileiro reforça esse sentimento.
Zero Hora
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