sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Fogo destrói parte de reserva do mico-leão-preto no interior de SP


Incêndio consumiu cerca de 200 hectares em Euclides da Cunha Paulista.
Chamas começaram no último dia 3 e teriam sido criminosas.


Um incêndio que começou há quase duas semanas consumiu cerca de 200 hectares - o equivalente a, aproximadamente, 200 campos de futebol - da Mata Atlântica da Estação Ecológica Mico-Leão-Preto, em Euclides da Cunha Paulista, no Pontal do Paranapanema. A reserva federal de 6,6 mil hectares, administrada pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), é o último habitat natural desses primatas no estado de São Paulo.
O fogo começou no último dia 3 e teria sido criminoso, segundo o chefe da estação Paulo Roberto Machado, que pediu uma investigação à Polícia Federal. As chamas chegaram a ser contidas na semana passada, mas reapareceram na segunda-feira. Nesta quinta-feira (16), os focos se concentravam no fragmento próximo do Parque Estadual do Morro do Diabo, em Teodoro Sampaio, também atingido pelas chamas.
Uma equipe com 14 brigadistas se revezava no combate ao incêndio. De acordo com a analista ambiental Miriam Rosa Paron, o local é de difícil acesso, em meio à mata densa, e faltam equipamentos. O grupo contava com uma motosserra e um trator de esteira, além de um helicóptero usado apenas para transporte do pessoal, pois não está equipado para lançar água.
A reserva e o parque estadual compõem uma das últimas áreas de preservação da Mata Atlântica no interior paulista e, além de primatas, abrigam grandes felinos, como a onça-pintada e a suçuarana.


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