sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Promotor poderá processar Bruno e Macarrão por tráfico de drogas


Eduardo Paes vai analisar também subtração de documentos de Eliza após a audiência

O promotor do caso Eliza Samudio no Rio de Janeiro, Eduardo Paes, afirmou na manhã desta sexta-feira (17), antes da audiência de instrução e julgamento na 1ª Vara Criminal do Tribunal de Justiça, que vai analisar se inclui os crimes de tráfico de drogas e subtração de documentos no caso envolvendo o goleiro Bruno Fernandes e seu amigo, Luiz Henrique Ferreira Romão, o Macarrão. Após a audiência, ele vai tomar a decisão.
Segundo Paes, na denúncia consta que Eliza teria sido obrigada a ingerir uma medicação e por isso ele vai analisar se a substância era proibida. Eliza também teria dito que perdeu os documentos, e por isso a análise da subtração dos documentos.
Paes afirmou, ainda, que a defesa de Bruno, representada pelo advogado Ércio Quaresma, está querendo fazer uma boa imagem do goleiro, para que ele pegue a pena mínima, que é de três anos. A pena máxima é de nove anos. No processo, eles respondem por sequestro e lesão corporal – supostos fatos ocorridos em outubro de 2009 – contra Eliza.
Na audiência, serão ouvidas sete testemunhas de defesa. Os advogados de Bruno chamaram a presidente do Flamengo, Patricia Amorim, o atual diretor-executivo de futebol do clube, Zico, o goleiro Paulo Victor e o zagueiro Tite, do Vasco. Pela defesa de Macarrão, foram convocados o lateral-direito Leonardo Moura, o lateral-esquerdo Rodrigo Alvim e o zagueiro Álvaro.
O Tribunal de Justiça informou que Bruno e Macarrão só não serão interrogados caso os depoimentos das testemunhas se alonguem demais ou se alguma delas não comparecer, e os advogados da defesa exigirem a presença delas.
A defesa de Bruno também convocou para depor os atacantes Adriano e Vágner Love e a própria Eliza Samudio, que está desparecida desde junho deste ano, mas a Justiça não aceitou o pedido. Bruno e Macarrão também respondem pelo suposto assassinato da jovem.
Na audiência, será exibido um vídeo em que Eliza Samudio concede uma entrevista ao jornal Extra, na época em que relata o que teria acontecido com ela na noite do suposto sequestro.
Além do caso do Rio, Bruno, Macarrão e outras sete pessoas também respondem a outro processo em Contagem (MG) pelo suposto assassinato de Eliza Samudio. Todos foram denunciados por homicídio triplamente qualificado, sequestro e cárcere privado na forma qualificada, ocultação de cadáver e corrupção de menor.

Testemunhas de acusação foram ouvidas na primeira audiência
Na primeira audiência do processo que corre no Rio de Janeiro, foram ouvidas quatro testemunhas de acusação. Foram elas a amiga de Eliza, Milena Baroni, a delegada Maria Aparecida Mallet - que ouviu a jovem na delegacia da Mulher em Jacarepaguá na época do sequestro -, além de Mateus Dantas e Mauro José de Oliveira, porteiros do condomínio no Recreio dos Bandeirantes, na zona oeste, onde Bruno morava.
Em seu depoimento, a delegada afirmou que Eliza lhe relatou que, na madrugada do dia 13 de outubro do ano passado, Bruno foi até a casa de Milena, onde Samudio morava, na companhia de Macarrão e outros dois homens armados. A jovem, que na época estava grávida de cinco meses, passou a ser ameaçada por eles e obrigada a entrar em um carro, segundo o relato, e foi levada para o condomínio do goleiro e forçada a ingerir comprimidos e tomar um líquido, que seria abortivo. Horas depois, Eliza teria dito que concordava em fazer o aborto, mas foi à delegacia fazer queixa das ameaças


R7

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